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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Notas sobre as conseqüências da idéia de se chegar às Índias pelo Oeste

1) A idéia de chegar às Índias pelo Oeste, tal como foi proposta por Colombo, não era novidade. A Escola de Sagres, durante o reinado del-rei D. João II, já tinha certeza matemática de que encontraria terra por lá.

2) Quando Cristóvão Colombo teve seu plano de navegação recusado, este decidiu oferecer seus serviços ao nascente Reino da Espanha, que tinha acabado de completar a sua Reconquista. Como uma forma de demonstração de poder, a rainha Isabella empenhou as jóias da Coroa, de modo a financiar a viagem. Terras foram descobertas - por conta disso, Portugal reclamou, já que por força das bulas papais incumbia a Portugal servir a Cristo em terras distantes. Por força dessa questão diplomática, houve o Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494.

3) Como a maior parte das terras do continente americano fica a oeste do Cabo Bojador, a maior parte da América coube a Espanha - no entanto, o plano de chegar às Índias pelo Oeste não foi abandonado. Portugal, no norte da América, tentou descobrir a passagem noroeste, coisa que se faz atualmente com o uso de navios quebra-gelo. Um explorador francês lançou a idéia, ainda no século XVI, da construção do Canal do Panamá - tanto é verdade que os franceses começaram a construção, mas ela não foi pra frente por força das doenças tropicais. Os EUA sucederam a França na construção e conseguiriam fazê-lo com o apoio do sanitarismo, que havia se tornado uma espécie de ideologia.

4) Graças a essa construção, o eixo econômico deslocou-se finalmente para o Pacífico, para as Índias.

5) Os capitalistas americanos, baseando-se na falsa premissa de que liberdade econômica gera liberdade política, investiram pesado na China, o que fortaleceu ainda mais o regime comunista chinês, a tal ponto que o Canal do Panamá acabou fortalecendo esse poder.

6) Como o Brasil, durante o governo Lula, reconheceu a China como uma economia socialista de mercado, isto acabou deslocando o eixo econômico do Centro-Sul para o Centro-Norte, por conta de ser mais próximo do Canal do Panamá. A mudança da capital para Brasília marca exatamente a mudança desse eixo, dessa forma de se pensar o Brasil geopoliticamente falando

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016 (data da postagem original).

Notas relevantes a respeito de uma nova fronteira agrícola que foi aberta

1) O jornalista João Batista Olivi, em recente reportagem ao Canal Rural, disse que a região de Boa Vista, em Roraima, é a mais nova fronteira agrícola aberta.

2) Uma vez colhida a soja por lá, a soja segue até o porto de Georgetown, na Guiana, e em um dia de barco atinge o canal do Panamá.

3) Como esta parte do Brasil fica no hemisfério norte, este seria um bom lugar para se estar e empreender, pois o regime da produção e da colheita é o do Hemisfério Norte. São duas safras por ano lá mais duas safras por ano no Hemisfério Sul, a ponto de gerar quatro safras por ano.

4) Eis aqui alguns dados estratégicos a respeito da nova fronteira agrícola aberta. Afinal, geopolítica deve ser pensada com base em informações estratégicas, de modo a se pensar o país como se fosse um lar em Cristo, já que servir a Ele em terras distantes pede que se conheça o potencial de cada lugar tomado como se fosse um lar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Notas sobre o efeito da rede social no âmbito familiar, quando bem usada

1) Aqui em casa, eu repassei muitas informações importantes aos meus pais. A tal ponto que eles criaram um perfil no facebook e estão sempre buscando informações relevantes.

2.1) Com isso, dentro de casa, uma rede interna corporis acabou se formando, onde as informações são cruzadas.

2.2) Se por um lado, eu acabo informando meus pais onde eles não sabem, por outro eu acabo sendo esclarecido de certas coisas contidas nas informações que recebo, dado que alguns elementos que se dizem de "direita" (mas que são tão esquerdistas quanto os esquerdistas, nas suas posturas) tendem a induzir os sensatos ao erro, por força de seu doutrinarismo e de seu conservantismo maldito. Por conta disso, eu deleto essa gente que não presta.

3) Se eu tivesse uma famíla grande que soubesse usar a rede da forma como se deve, que é para se informar, uma verdadeira cultura de conhecimento acaba se distribuindo por todo o âmbito familiar, seja na própria casa ou nas casas dos nossos outros parentes que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

4) Se as circunstâncias me fossem favoráveis - a ponto de ter um ir e vir seguro, a ponto de não ser alvo de tentativa de assalto -, eu poderia perfeitamente obter o e-mail dos meus pares e repassar as informações que recebo para eles, de modo a que possam se informar melhor. Com isso, nasce uma pequena comunidade, que é a dos amigos, que é tão próxima quanto a da família.

5) É graças a essa riqueza gerada por essas redes que a verdade vai se propagando mais rápido, tão rápido quanto a velocidade da luz. Basta ter uma ter uma vida reta, uma fé reta e uma consciência reta, além de saber usar a rede social como uma ferramenta, bem como circunstâncias favoráveis que você fará um bom trabalho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016. 

Notas sobre minha experiência como aluno em sala de aula, em tempos de rede social (ou como a rede social favorece a nefasta cultura da patota)

1) Quando estava na faculdade, o pessoal usava o orkut para se informar das coisas sem sair de casa. Como na época eu morava longe da faculdade e não havia rede social pelo celular, eu acabava terminando que nem marido traído: eu era sempre o último a saber, dado que ninguém me contava as coisas. Se eu ficasse doente, eu terminava me ferrando.

2) No curso de polonês, os colegas de minha turma sabiam das coisas através do what's app. Como não tinha what's app, eu não recebia a informação antecipadamente - a tal ponto que eu ia à paróquia desnecessariamente, dado que ninguém me fazia a caridade de me informar.

3) É por conta dessas coisas que atualmente estou preferindo cursos online a cursos presenciais, já que colega de turma, estas atuais circunstâncias, mais atrapalha do que ajuda. Nos cursos online eu aprendo no meu próprio ritmo e não fico refém dessas palhaçadas - afinal, ninguém colabora comigo de modo a passar a informação necessária, dado que ninguém se importa com quem se encontra na mesma situação que você, que é a da sala de aula.

4) Ao mesmo tempo em que rede social favoreceu a uma maior circulação de informação, ela favoreceu ao mesmo tempo a cultura da impessoalidade, a cultura do sigilo, mesmo que naturalmente não haja. A tal ponto que aquele que não sabe das coisas, por não ter tempo de se dedicar à rede social, termina sendo prejudicado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Notas sobre a importância de um Código de Honra dos Estudantes nas escolas

1) Nos EUA, as escolas possuem um Código de Honra dos Estudantes - e nele você vê os direitos e deveres próprios do coleguismo, estando numa sala de aula. Para quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, este Código de Honra decorria do fato de que devemos nos amar uns aos outros, tal como Cristo nos amou. Por força disso, não era preciso que isso fosse escrito.

2) Por conta do fato de a ética protestante, fundada da não crença em fraternidade universal, ser uma realidade sociológica, este Código de Honra precisa ser necessariamente escrito, pois virou uma regra de conduta que precisa ser melhor observada, dado que as pessoas não estão se importando com quem se encontra na mesma situação que a dela, em sala de aula. E em tempos de rede social, de individualismo exacerbado, as escolas deveriam ter um Código de Honra dos Estudantes, justamente para se combater a nefasta cultura de patota.

3) Se eu fosse dono de escola, eu criaria um. E quem não fosse um bom colega terminava suspenso, dado que é ato de indisciplina. E da indisciplina sistemática, por força disso, terminaria expulso do colégio. Afinal, para estar em sala de aula, é preciso ser gente primeiro  - e as pessoas estão deixando de ser isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro de 31 de agosto de 2016.

As grandes corrupções nascem das pequenas corrupções

1) É fato verdadeiro que as grandes corrupções nascem das pequenas.

2) Em ambiente de sala de aula, turmas heterogêneas tendem a ser fragmentárias, a ponto de formarem verdadeiras patotas. Essas patotas, ao invés de repassarem informações a quem está na mesma situação que você, elas retêm a informação, criando uma cultura de sigilo onde naturalmente não há, a ponto de prejudicar o progresso estudantil de quem está só comprometido com o estudo, sobretudo quando este está doente ou não pode, por força das circunstâncias, usar da mesma tecnologia de rede social que quase todos usam.

3) O que cria a cultura de exclusão digital não é a tecnologia, mas o efeito corruptor da patota. E esta pequena corrupção produz um efeito gigantesco na alma.

4) De nada adianta lutar contra o atual estado de coisas em que nos encontramos se não combatermos, primeiramente, a corrupção que há em sala de aula, coisa que temos através da cultura de patota. Se minha turma é composta de 30 colegas, então esses 30 colegas são a minha circunstância - e eu devo tratá-los igualmente naquilo que decorrer do curso em sala de aula. Se há alguém que não usa a tecnologia, isso não quer dizer necessariamente que ele não tenha o direito de saber - como colega, eu tenho o dever de informá-lo, de modo a que não fique pra trás. Enfim, o coleguismo deve favorecer uma cultura de caridade - e não posso enxergar o meu próximo como um competidor, enquanto melhor me preparo de modo a servir a quem pede os meus serviços.

5) Enfim, mesmo em âmbito paroquial, existem elementos sociológicos decorrentes da ética protestante que deu origem ao capitalismo - a maior prova disso é a constituição das patotas, coisa que se funda no fato de que as pessoas, no fundo, não crêem em fraternidade universal, fraternidade essa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus. Não é só um aspecto econômico - esse dado é também cultural. E isso é odioso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

Se o amarelo é a cor da atenção, então é a partir dela que conhecemos as outras duas: uma que leva ao céu (azul) e outra que leva ao inferno (vermelho)

1) Se o amarelo é a primeira das cores primárias, é através dela, já que simboliza a razão natural que temos, que conhecemos as outras duas: o azul, que simboliza o Céu, e o vermelho, que simboliza o inferno.

2.1) A partir do estado permanente de atenção e de investigação em que nos encontramos, nós conservamos o que é conveniente e sensato - e por conta disso, passamos a percorrer a estrada por onde Jesus andou. E esta estrada termina quando aprendemos a conservar a dor de Cristo - e é a partir desse senso de conservar a memória dessa dor que compreendemos que Ele é o caminho, a verdade e a vida - logo, a verdadeira liberdade. Como essa liberdade edifica ordem e essa ordem é magnificente, então o verdadeiro liberalismo é edificado a partir do conservadorismo.

2.2) E este é, pois, o verdadeiro conservadorismo liberal de que tanto falo - é preciso que se domine muito bem a linguagem de modo a entender bem o que estou a falar. Como a maioria dos "conservadores" de facebook não faz isso, então acabam conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto que fazem da tradição que herdamos dos Santos Apóstolos tábula rasa, a ponto de criar uma sola traditio nos mesmos moldes da sola scriptura ou da sola fide, a ponto de edificar má consciência sistemática. Não é à toa que o conservantismo é estar à esquerda do Pai no seu grau mais básico, pois nasce de uma escolha que edifica uma falsa ordem, de uma heresia.

3) Quanto mais aprendemos a conservar o que é conveniente e sensato, mais estamos perto do Céu - logo, tudo para nós será azul, já que o fazemos isso tendo compromisso com a excelência; quanto mais nós conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, mais estamos perto do vermelho, do fogo eterno - logo, nós seremos eternamente devedores, a tal ponto que sairemos desse estado quando pagarmos o único centavo. E o começo disso se dá no arrependimento. E é neste ponto que trocamos o inferno pelo purgatório.

4) Como são três as cores primárias, então esta é a trindade mais básica que devemos conhecer, antes de nos aperfeiçoarmos naquilo que decorre da dor de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2016.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Por que a República Brasileira é infinitamente pior do que a República Romana? (ou notas sobre os estágios da evolução da república para a monarquia, enquanto evolução da república)

1) Na República Romana, o cônsul era uma espécie de juiz, voltado para questões políticas, destinadas à promoção e à conservação do bem comum (a res publica). Um sancionava às regras, o que corresponde hoje à figura do primeiro-ministro, e outro vetava, exercendo o Poder Moderador, o que hoje compreende a figura do Rei ou do Imperador.

2) Na República Romana, os cônsules tinham o mesmo status, o que criava atrito entre eles, a tal ponto que a sociedade era dividida entre duas facções: uma, que apoiava os interesses dos cidadãos que não tinham passado de escravidão (os patrícios, os que compunham a aristocracia); e outra, que era composta dos que tiveram no passado marca de escravidão e que foram libertos (os plebeus, que compunham o partido popular). Nos termos da Lei das 12 tábuas, o cônsul que sancionava era ligado ao partido dos plebeus, o que fazia com que a República Romana descambasse num verdadeiro populismo, fonte de todas as corrupções e abusos. E não foi à toa que isso levou o país a uma guerra civil.

3) Depois de uma ditadura, Roma passou a adotar um regime de triunvirato, onde os territórios foram divididos entre três pessoas de mesmo grau hierárquico. Como não havia Poder Moderador, a rivalidade crescia e novas guerras civis surgiram, culminando no nascimento do Império Romano, em que o Imperador exercia o Poder Moderador. Ainda assim, o Poder Moderador sozinho não garantiu todos os problemas; Roma era uma sociedade pagã e pragmática - a cultura de liberdade, do nascimento sem marca de escravidão, era voltada para o nada, dado que o pai tinha poder de vida e de morte sobre os filhos, a mulher era tratada como se fosse coisa e os povos recém-conquistados podiam ser reduzidos a coisa e mortos como escravos - isso sem contar que o divórcio era permitido e que a prostituição era uma atividade de prestação de serviço, sujeita à cobrança de impostos. Só com a vitória do Cristianismo é que o Império Romano passou a deixar um legado relevante para as civilizações posteriores, coisa que desaguou na Idade Média.

4.1) Na República Brasileira, cada estado tem uma bancada de três senadores. Por esta razão, a federação é composta de 27 triunviratos estaduais, todos em pé de igualdade, embora defendam posições ideológicas diametralmente opostas umas às outras, o que favorece o relativismo moral. E onde houver relativismo moral não haverá justiça reinando naquele lugar, o Senado.

4.2) Esses senadores são como os cônsules que vetavam, pois são eleitos diretamente pelo povo e não pelos melhores de sua gente local. Como são juízes, eles serão capazes de cometer decisões teratológicas e não terão a postura própria de juiz, de modo a julgar um presidente por crimes contra a coisa pública (crimes de responsabilidade).  Não é à toa que populismo e oligarquia produzem uma verdadeira sinonimia.

4.3) Se a composição do Poder Legislativo se dá desse forma, então imaginem o Executivo, diretamente eleito pelo voto popular? O Chefe do Executivo, que preside a federação, a união dos estados e dos municípios, é tanto chefe de governo quanto chefe de Estado, tendo um poder muito grande nas mãos de uma só pessoa, a tal que o Poder Executivo está acima do Legislativo e do Judiciário. E um desses poderes é o de nomear ministros dos tribunais superiores - como os senadores são verdadeiros plebeus, uma amostra do que há de pior do povo de seu Estado, eles acabam legitimando as piores escolhas, de modo a fazer com que a liberdade no país seja servida para o nada sistematicamente.

5.1) Enfim, a República brasileira é composta de triunviratos e subtriunviratos. Como os triunviratos não duram muito, então a república é instável, visto que falta alguém para moderar a política de modo a manter o que é conveniente e verdadeiro, fundado naquilo que foi edificado em Ourique.

5.2) A estrutura política brasileira é complexa - e sua complexidade não está devidamente traduzida numa fórmula política prática de modo a fazer frente a isso. A república não passa de um simplismo que não atende a essa realidade.

5.3) A monarquia, que era a verdadeira república, é que conseguia fazer um verdadeiro governo de conciliação e coalizão, dado que o povo como um todo era tomado como se fosse parte da família do Imperador - e ele ouvia a todos do povo, de modo a melhor atendê-lo, de modo a que o país seja melhor tomado como se fosse um lar em Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2016.

O conciliador deve ter múltiplos perfis na rede social, dado os múltiplos papéis sociais que assume

1) Para os não propensos à vida intelectual, o seu perfil deve ser uma escola e deve ser aberto aos sensatos. Por essa razão, é preferível que você conheça os sensatos pessoalmente ou aqueles com que você tem histórico de boas conversas em outras redes sociais onde você não exerce a atividade intelectual. A razão pela qual digo isso é que devemos confiar nos sensatos, pois é para eles que você deve servir, já que o nosso verdadeiro sustento deve vir das mãos dos pios, que são os verdadeiros amantes da verdade, que é Cristo - e a piedade se constrói através da sensatez.

2) Para os que são propensos à vida intelectual, seu perfil deve ser uma universidade de fato.

3) O fundamento da educação é o mesmo do distributivismo. Primeiro, você forma a elite, a aristocracia - e os melhores, pela força do exemplo, distribuem o que você ensina às pessoas comuns, a ponto de a aristocracia se desdobrar em democracia.

4) Por isso mesmo, você precisará necessariamente de dois perfis: um para formar os melhores, que será a universidade de fato, que deve servir tanto de redação de um jornal como também de oficina de idéias onde o intelectual-artesão trabalha; e outro, que deve servir de colégio de aplicação, onde a linguagem dos textos deve ser trabalhada de modo a que os comuns bem compreendam.

5.1) Um dos maiores pecados que há na rede social é reunir diferentes pessoas num único perfil, de modo a atender públicos distintos, com necessidades distintas. Isso cria atritos e conflitos, pois na rede social você não tem aquilo que bem caracteriza a realidade concreta: o uso de máscaras.

5.2) Para cada lugar, você tem uma persona, um modo de ser, um modo de agir, um modo de lidar com as pessoas, de modo a fazer com que as pessoas possam melhor trabalhar com você - como na rede social, você não tem persona, então seu estilo conciliador cai. E a melhor forma de se ter este estilo é ter vários perfis, cada um para atender a uma necessidade específica - e cada papel dever refletir um papel que você assume na realidade, pois no mundo virtual o múltiplo se desdobra em vários unos, embora a essência do ser, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, seja a mesma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2016.

Notas sobre a importância de se ter um perfil específico para fazer as idéias circularem no facebook

1) Da mesma forma como no funcionalismo público, o tempo que você passa na rede social elaborando idéias e debatendo com pessoas do mesmo nível que você ou acima disso pode ser aproveitado na rede social nova ou mesmo num perfil novo. A maior prova disso é que você pode postar mensagens já prontas com o intuito de fazer estas circularem pela rede nos momentos de pico de audiência.

2) Por isso que eu digo, por experiência, que todo usuário de facebook que trabalha com idéias deve, pelo menos, ter duas contas: uma, que deve servir de oficina para as suas idéias, cujo perfil deve ser povoado somente com pessoas com forte propensão à vida intelectual; e outra para fazer as idéias circularem, quando houver pico de audiência no facebook, que deve ser composta só de pessoas comuns, não propensas à vida intelectual.

3) Um dos maiores problemas dos que trabalham com idéias está no fato de que não lidamos com pessoas comuns, o que acaba criando um ambiente muito impessoal. Com isso, perdemos o senso da realidade das coisas - e idéias servidas fora da realidade comum acabam edificando uma liberdade sem ordem, voltada para o nada, já que o abstrato não produz nenhum efeito na realidade, que é fundada na carne, no concreto. Por estar consciente dessa experiência, estou sempre tentando estar em outras redes sociais de modo a lidar com pessoas comuns, de carne e osso. Se eu não souber falar a linguagem comum, o meu pensamento não será eficaz e não produzirá a influência necessária de modo a se tirar os mais sensatos da letargia em que nos encontramos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2016.

Notas sobre o amarelo, enquanto cor primária

flavo - amarelo, em latim

flavor - sabor em inglês

1) Se o homem que sabe prova o sabor de todas as coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, então está dando atenção especial a esta coisa, pois isto pode levar ao que bom, correto, conforme o Todo que vem de Deus. Não é à toa que a cor da atenção é o amarelo.

2) Quando se experimenta algo que é novo, no sentido de que não existe experiência anterior a dele de modo a ser tomada por referência prévia, ele precisa ser prudente. Se a cor preta é a cor da prudência, então ele sai do estado de repouso, já que preto é ausência de cor, e vai direto para o amarelo, que é uma das cores primárias, junto com o vermelho e com o azul. Não é à toa que amarelo é a cor da atenção, da investigação. É a primeira das cores primárias.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2016.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Notas a respeito da minha experiência com gente prepotente

1) Não respeitam o princípio de estudar antes de falar. Para eles, a Constituição deu-lhes carta branca para falarem sobre qualquer coisa, desde que não façam isso sob o manto do anonimato - o que, do ponto de vista da Lei Natural, é uma verdadeira carta de marca, dentro da esfera íntima, privada - e esse comportamento predatório, fisiológico, prepara o caminho para o político inescrupuloso de amanhã, quando estiver na esfera política, fora do espaço da intimidade.

2) São altamente competitivos, a tal ponto que sabotam as boas idéias de seu próximo. Quando estão diante de pessoas que são inseguras, rebaixam as qualidades ou as vrtudes desse próximo, da mesma forma como rebaixam o preço das coisas que vão comprar de modo a maximizar o preço das coisas quando vão vender.

3) Discordam peremptoriamente das coisas quando o que é exposto fere o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que alimenta a sua vaidade natural. Não fazem a caridade de estudar o pensamento de seu próximo, de modo a corrigi-lo fraternalmente.

4) Tal como os protestantes, não crêem, tal como é demonstrado em suas atitudes, em fraternidade universal. São pessoas que só querem desfrutar o agora, pois para eles o amanhã, a vida eterna, simplesmente não existe.

5) Tal como os libertários e conservantistas, crêem fortemente no fato de que cada um tem a verdade que quiser, justamente porque isso é conveniente para eles, ainda que isso esteja dissociado da verdade. E por conta disso, impõem suas verdades, suas crenças e opiniões como se fossem verdades absolutas. Não acreditam no debate racional, dado que são seres autoritários.

6) Dado que muita gente não domina a linguagem, essa gente é incapaz de perceber as nuances que há entre o liberalismo e o libertarismo, muito menos as do conservadorismo e do conservantismo. E por não dominarem essas nuances, para essa gente tudo é reduzido a uma falsa sinonímia, a ponto de terem o horizonte de consciência reduzido - e por conta disso ficam a vociferar o mais odioso doutrinarismo. E não é à toa que isso favorece a manutenção da mentalidade revolucionária que mantém esta república maldita de pé.

7) Se a prepotência, a arrogância precede a queda, então são, por conta de sua natureza, apátridas. O Brasil que tomam por religião, na verdade, é um espectro do Brasil verdadeiro fundado em Ourique, sua negação. E é este falso Brasil, este falso verde-amarelo, que deve cair, pois ele prepara o caminho para o vermelho, para o comunismo, para o totalitarismo.

8) Boa parte da classe pensante do´País está presa na má consciência - e o mau exemplo deles arrastará muita gente para a porta larga do inferno.

9) Quem rezar pela conversão destes seres, que são inimigos muito piores do que os comunistas, estará predestinando sua alma ao Céu. E esta é necessidade espiritual de momento. Afinal, não podemos servir a Cristo em terras distantes se não pudermos converter nossos inimigos, os apátridas, àquilo que se edifica na conformidade com o Todo que vem de Deus. Esta é a mais pura verdade!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de agosto de 2016.

Comentários à lição do professor Alexandre Seltz

1) Levemos em conta o que disse o meu colega Alexandre Seltz. Se não é preciso ser titular de um mandato político de modo a se ter poder político, então o poder que terei será através do trabalho que faço de fato, de modo a semear consciência nas pessoas para que possam viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa essa que se funda no fato de tomarmos nosso país como se fosse um lar em Cristo, por força da missão de servirmos a Ele em terras distantes, as mais estranhas.

2) Olhando em retrospectiva, eu consegui fazer algumas coisas:

2.A) Consegui converter minha colega Ana Rita de Luna à causa monárquica.

2.B) Fiz meu colega Genário Silva perceber que conservador é quem conserva a dor de Cristo e que vive a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Logo, o conservador é necessariamente católico - e quem não for isso só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, dado que o conservantista está à esquerda do Pai no seu grau mais básico. Tanto é que passou adotar o meu jeito de falar as coisas, de modo a passar essas coisas aos seus pares.

2.C) Juliana Miranda voluntariamente está organizando slides do meu trabalho e usou sua influência junto aos contatos dela de modo criar um logo pro meu trabalho.

2.D) Alguns dentre os meus contatos estão contribuindo regularmente para me manter neste bom trabalho que faço.

3) Enfim, não é muito, mas é o que pude fazer, ao longo de 3 anos de muito trabalho, escrevendo quase que diariamente pra vocês todos. Pelo menos, este foi o poder que construí. Não é muito grande, mas é o que pude fazer, com muito empenho e esforço.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2016.

Notas sobre uma lição do professor Alexandre Seltz

1) Não é necessário ter mandato político para se ter poder político.

2) Alunos do Prof. Olavo de Carvalho que ainda não aprenderam esta preciosa lição merecem uma surra de pau mole, pois se  provaram absolutamente despreparados para este tipo de tarefa. Se fossem atentos, acabariam se inspirando no exemplo do próprio professor - ele nunca teve um mandato de vereador numa cidadezinha de interior qualquer, mas exerce tanta influência e tem tanto poder político quanto vários senadores da República ou mesmo vários deputados federais.

3) Toda uma espécie de poder muito maior emana da alta cultura e da vida intelectual - e este poder jamais virá a partir de um mandato político. Um grande filósofo, um grande jornalista, um grande professor podem ter mais poder que milhares de políticos juntos. Basta o leitor olhar à sua volta - muitos esquerdistas jamais tiveram um mandato, mas têm tanto poder quanto presidentes. Eric Hobsbawm, um famoso historiador comunista, é a prova do que falo. Ele nunca foi político - embora já seja falecido, exerce mais influência do que mil Lulas e mil Dilmas juntos.

4) A História é a prova viva do que acabo de dizer. Não podemos descartar o plano político - no entanto, colocar a política no primeiro plano é suicídio.

Alexandre Seltz

Santificação através do trabalho - isto é o que caracteriza a santidade na rede social

1) Foi-me sugerido que eu fizesse uma visita à Opus Dei. Para quem toma o país como se fosse um lar, com base naquilo que foi edificado em Ourique, então isto atende aos requisitos necessários da ordem, que é o da santificação através do trabalho. E o meu trabalho se dá na internet, já que publicar um livro agora é inviável no momento, por conta do patrulhamento ideológico.

2.1) Embora meu amigo Helleno não creia em santidade pela internet, penso que a única maneira de haver esse tipo de santidade se dá justamente por força do trabalho que estou fazendo online, dado que estou tentando, da melhor maneira possível, conscientizar pessoas de modo a saírem do estado de letargia em que se encontram, já que isto desliga as pessoas da pátria do Céu - e é por serem justamente apátridas neste quesito que elas têm uma leitura errada do Brasil acerca das nossas fundações históricas e constitucionais. E é por terem uma leitura errada da realidade e é por fazerem da rede social uma fogueira das vaidades se acham no direito de criticarem todo o trabalho que estou fazendo; como a crítica deve ser construtiva, pia, caridosa - coisa que estes sepulcros caiados de internet são incapazes de fazer -, eu não os levo a sério.

2.2) Tal como o professor Olavo, só quem leu todo o trabalho que produzi pode me criticar - e sinto que a hora de eu abrir o meu blog, onde está o repertório do meu trabalho, está chegando. O número de leitores está ficando grande e isto já é motivo para lerem as postagens anteriores, que se encontram em meu blog, já que recuperar informação no facebook é algo bem complicado.

3) Pouco conheço da Opus Dei, a não ser a campanha de difamação e desinformação que montaram contra ela. E para conhecê-la melhor, vou precisar estudar os escritos de São Josemaria Escrivá. Depois de estudar seu pensamento, assim como o de seus seguidores e sucessores, vou tirar um dia para conhecer a ordem, aqui em São Sebastião do Rio de Janeiro.

domingo, 28 de agosto de 2016

Antevendo algo que um dia acontecerá comigo

1) Chegará um dia em que meus leitores imitarão aquilo que meu amigo Vito Pascaretta fez por mim: vendo que sou confiável e faço um bom trabalho, agendarão 12 pagamentos mensais com contribuições direto na minha poupança, dando-me as coisas do modo mais liberal possível, pois trabalho liberal, fundado na magnificência, na excelência - coisa essa que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus -, deve ser remunerado de maneira liberal, com generosidade, pois quem é servido vê no que serve um irmão - e isso é um ato de bondade, de caridade. Se isso for feito de maneira sistemática, isso vira distributivismo, posto que se funda no amor à verdade, coisa que distribuída através do bom serviço prestado.

2) Como o meu trabalho é feito de maneira aberta aos sensatos, acaba virando um plano de assinatura, ainda que não escrito. Mais do que um contrato de prestação de serviço, isso acaba virando um pacto em que os amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento acabarão mantendo quem serve a eles, de modo a que possam melhor se dedicar ao serviço de semear a verdade, fundada na vida reta, na fé reta e na consciência reta, coisa que é expressa através das artes e do ensino - e este trabalho não é exceção a esta regra de Direito Natural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2016.

Notas sobre a relação entre a verdade e a Santa Religião e a necessidade permanente de discuti-la de uma maneira saudável, conforme o Todo que vem de Deus

1) Há quem diga isto: "eu não discuto religião".

2.1) Se religião é o vínculo que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus, a causa da verdade, então é perfeitamente válido debater sobre este assunto de modo a chegarmos ao caminho mais correto - e o caminho mais correto se dá a partir do momento em que aprendemos a conservar a dor de Cristo desde o conveniente e sensato.

2.2) O fato de a pessoa não querer discutir religião implica necessariamente conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Com isso a pessoa se declara agente garantidora do relativismo moral e acabará permitindo que uma liberdade fora da verdade - que edifica libertinagem, ordem voltada para o nada - seja a ordem por dia - e isso é errado.

2.3) Não é à toa que conservantistas estão à esquerda do Pai no seu grau mais básico e querem impor uma religião mundial fundada na sabedoria humana dissociada da divina, o que é, pois, diabólico. Nada mais gnóstico do que isso.

3.1) Quando vou discutir religião, eu não discuto publicamente, pois isso é chamariz de insensatos, já que moramos numa realidade libertária e conservantista, imitando à estrutura perniciosa da República Americana, que não tem nada a ver com a nossa - além disso, esse conceito de público não me serve, posto que não me é verdadeiro.

3.2) Como eu prezo a verdade, eu prefiro discutir em reservado com os sensatos - e dessa discussão privada sistemática nasce uma nova ordem pública, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa que nos leva a Cristo. Se eu tiver que morrer pela verdade, assim o farei, pois nada calará a verdade.

3.3) É certo que cedo ou tarde eu serei perseguido, por força do mercado moral que estou construindo, pois falar a verdade é um serviço e quem serve merece ser remunerado pelo seu trabalho. Não é à toa que servir a este mercado edifica autoridade neste assunto, dado que é assunto ao Céu. E quando este mercado moral for grande o bastante para competir e destruir aquilo que é falso, certamente, serei perseguido. Se devemos trocar o erro pelo acerto, a maior prova disso está no fato de que aquele que faz um trabalho bom e correto é constantemente perseguido - como a Igreja Católica vive sendo constantemente perseguida, então ela é o caminho correto, já que serve as coisas com fundamento na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2016.

sábado, 27 de agosto de 2016

Dos pressupostos necessários para se discordar do meu trabalho

1) Quando você discorda de mim, eu parto do pressuposto de que você leu toda a minha obra, que está em torno de 2500 artigos escritos, no momento. Se você discorda de mim, eu tendo a partir do pressuposto de que você estudou o meu trabalho, antes de falar o que pensa.

2) Se você não fez essa caridade de estudar o meu pensamento e me corrigir, então por que razão devo ouvi-lo? Não vejo Cristo em você, pois Ele, que sabe tudo, estuda tudo o que digo e me ouve sempre. Ele sabe mais de mim do que você, que pegou o bonde andando, mas já vem me julgando. Ele me conhece antes mesmo de eu nascer, ao passo que você me conhece apenas do facebook - por essa razão, Ele tem autoridade e você não.

3) Como você não vai investir tempo precioso estudando o meu trabalho, visto que é perda de tempo pra você, então suma daqui e não me encha o saco.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

Quando os meus discordantes imitarão os inquisidores da Idade Média?

1) Uma coisa é certa: eu adoraria ser investigado por um inquisidor medieval. Ele estudaria a fundo todo o meu trabalho, faria todas as perguntas necessárias, me assegurando o contraditório e a mais ampla defesa possível, fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Ainda assim, se meu trabalho for condenado, eu aceitarei a pena que me será imposta, dado que a sentença estará suficientemente fundada na verdade, que é Cristo, e em todos os erros que cometi ao longo do meu trabalho, que devem ser combatidos, pois sou um miserável pecador. Afinal, Deus é justo e está sempre certo - e estas almas são instrumentos da vontade de Deus, quando fazem devidamente o seu trabalho.

2) Quando a pessoa discorda de mim, nestes tempos em que me encontro, quer fazer aquilo que os comunistas fazem: julgar-me e condenar-me sumariamente, só porque o meu trabalho desafiou a vaidade do sujeito. Não é à toa que o Olavo tem razão: eu não devo levar em conta quem discorda de mim, nesta rede social: afinal, quem estaria mesmo disposto a fazer aquilo que os antigos inquisidores medievais faziam e muito bem? Até agora, eu não conheço pessoa alguma capaz de agir assim, dado que muitos estão a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Espero ver no discordante a figura do inquisidor: homem bom, santo, preocupado com a verdade e assegurando-me o direito de me defender, dado que a injustiça leva às pessoas ao fogo eterno. Como ele tem consciência disso, eu aceito ser julgado por esta autoridade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

Fundamento da boa discórdia

1) Para se discordar bem, é preciso estudar aquilo que será objeto de impugnação, se isso estiver fora da verdade - e para ver se algo está fora da verdade, você precisa fazer uma leitura de avaliação de toda uma doutrina inteira, coisa que poucos mesmo farão. Afinal, impugnar um simples artigo não significa impugnar uma doutrina inteira, construída em mais de 2500 artigos, escritos entre 2009 até os dias atuais.

2) Eu não comecei a pregar o que prego da noite pro dia. Tomei contato com essas idéias desde 2004 e comecei a escrever sobre isso em 2009, depois de vencer todos os compromissos que me impediam de estudar a sério a questão - mas foi só em 2014 que comecei a pregar publicamente sobre isso, pois estava preparado para fazê-lo, depois de escutar muito as lições do professor Olavo de Carvalho, naquilo que é indispensável.

3) Não é à toa que o professor Olavo fala para não levarmos a sério os discordantes de facebook, dado que isto aqui é uma fogueira das vaidades e muitos não têm classe ou modos de gente - até porque muitos deles são bárbaros de banho tomado, aparentam ser bem comportados e têm até mesmo um diploma de curso superior. Até agora, ninguém, dentre os discordantes com que lidei, teve a bondade de me fazer esta pergunta: "José, você poderia me mandar mais artigos, por favor? Pelo que vejo, seus estudos me parecem relevantes e eu adoraria saber mais sobre isso!". Este tipo de postura caracteriza empatia pela verdade e isso é uma marca de vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - e os poucos que me fizeram isso, quase todos tomistas, até agora não discordaram de mim, pois até agora não viram nada de errado, com base no que tenho mandado até agora.

3.1) Antes de me tornar um filósofo, uma das coisas que pregava é que a verdade estava nos procedimentos. Se o proceder não for caridoso, respeitoso, então isso é marca de soberba - e o discordar dessa pessoa será fundado no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3.2) Uma das características desse discordar está no fato de que muitos fazem refutações peremptórias, dado que de alguma forma eu ofendo as pessoas com o que digo, ainda não tenha a intenção de ofender pessoa alguma. Se o que é rico em sabedoria humana dissociada da divina se sentir ofendido no que digo e partir para a refutação peremptória, sem estudar todo o conjunto da obra antes, então eu venci o debate, o que me estimula a trabalhar ainda mais.

3.3) Afinal, o debate decorre do fato de A conhecer a doutrina B muito bem, bem como B conhecer a doutrina de A da mesma forma - afinal, isso se chama paridade de armas, fundamento para se fazer uma verdadeira justiça, já que a ação de pensar é uma ação humana e Deus deve se valer desta ação de modo a edificar algo sensato e construtivo a todos.

4) Enfim, eis a verdadeira ciência de discordar - ela se funda na arte de estudar o que o outro pesquisou, dado que é preciso explorar as trilhas abertas por outros de modo a abrir outras brechas para os que nos sucederão daqui pra frente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

Ampliando a defesa do conceito de apátrida que adoto

1) Não creio em liberdade sem responsabilidade, sem ouvir o chamado para o qual estamos predestinados desde Ourique, base para todo o nosso preparo enquanto brasileiros. E o fundamento da responsabilidade, desse chamado, é a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, coisa que é fundada numa vida reta, numa consciência reta e fé reta.

2) Não é à toa que defendo a distinção entre nacionidade e nacionalidade - o verdadeiro vínculo com aliança do altar com o trono, coisa que marca a nacionalidade, se dá a partir do momento em que o tomamos o país como se fosse um lar em Cristo, causa da nacionidade, coisa que começa a partir do batismo de uma nação inteira, tal como se deu na Polônia, por exemplo. Embora Deus permita o pecado, de tal modo a que nos arrependamos um dia, ele não tolera a omissão, pois quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade age como um verdadeiro agente garantidor, dado que favorece que a má consciência sistemática, fundada no relativismo moral, acaba destruindo os bons fundamentos da pátria edificada em Ourique. E isso é, além de heresia, apostasia - e pelo que vejo, muito pouca gente se arrependerá disso.

3) Quando uma nação inteira está desligada daquilo que do Céu foi estabelecido, então a apatria está caracterizada, dado o trono está vago. Se o Rei tem a prerrogativa de reger seu povo nesta missão que a ele foi confiada, então ele tem uma chave menor, com poderes específicos pra isso, dado que recebeu mandato do Céu para isso.

4) Das duzentas milhões de almas que há nesta terra, boa parte é alma penada, dado que muitos conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. Da mesma forma como poucos são os crismados, os que são formados de modo a ir servir a Cristo em terras distantes, poucos são os que sabem realmente aquilo que foi estabelecido em Ourique. Por isso que digo que brasileiros somos poucos, pois poucos são os conscientes - e esses mesmos que salvarão o Brasil e repovoarão a terra quando todos os apátridas perecerem por conta de seus pecados sistemáticos, coisa que mantém esta República de pé, bem como o comunismo, cujo caminho este regime maldito tem estado a preparar desde 15 de novembro de 1889, há quase 127 anos.

5) Eu estudei a causa da perversão da nacionalidade, formulada por Mancini e que edifica liberdade para o nada, bem como os efeitos que um muro de Berlim pode causar, de tal modo a que o alemão oriental e o ocidental se enxerguem tal como se fossem uma imagem distorcida quando se está diante de um mesmo espelho, coisa que está no livro Belonging in the Two Berlins. Quem não estudar Mancini, Bornenan, a História da República e a História da Mentalidade Revolucionária - da forma como o professor Olavo tem apontado - simplesmente não compreenderá o que estou a dizer.

6) Quando você for discordar de mim, não o faça por vaidade, pois o que digo está fundamentado neste estudo - e não foi à toa que escrevi, até agora, quase 2500 artigos. Por isso, estude os livros que estudei e aí você compreenderá o que digo. Não só estude isso; é preciso meditar muito também - eis o segredo do meu trabalho

7) Quem só enxerga nacionalidade, sem entender nacionidade, simplesmente não perceberá a perversão do conceito elaborada por Mancini e de que forma isso acabou se tornando uma ideologia política, coisa que marcou as revoluções liberais de 1820, 1830 e 1848 - e é justamente pelo fato de que isso estava em moda que o Brasil acabou fazendo secessão do Reino Unido, tentou fabricar uma história dissociada disso e acabou morrendo de vez.

8) Por isso mesmo, façam como o Olavo falou: estudem a realidade. Nossa realidade está totalmente desligada daquilo que foi estabelecido por força desse milagre. Quem não fizer isso acabará incorrendo em doutrinarismo, acreditando que nós estamos salvos ou livres, quando na verdade não estamos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2016.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Entendendo a lógica do empowr, comparada com a do facebook

1) A posta alguma coisa edificante. B curte suas postagens e passa a compartilhar as postagens de A. Com isso, uma relação de confiança vai sendo construída.

2) Se o facebook fosse algo realmente democrático, A receberia dinheiro toda vez que alguém desse like em suas postagens. Para ele começar receber dinheiro por compartilhamento, ele precisaria curtir as postagens de B, o que constrói uma relação de interdependência, a tal ponto que B representa A no seu compartilhamento, a ponto de agir como se fosse um verdadeiro distribuidor - com isso, A receberia ainda mais dinheiro por suas postagens, criando um verdadeiro distributivismo, pois o que é voltado para a excelência merece ser bem remunerado.

3) É por conta desse tipo de experiência que passei no empowr hoje que aprendi a ficar mais criterioso ao curtir as postagens. O sensato deve edificar e patrocinar o que é sensato, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) De certa forma, uma rede pessoal como empowr poderia ter um bom se houvesse no nosso tempo o que havia no tempo da Renascença: gente rica ou verdadeiros estadistas praticando mecenato. Como a rede social possui um aspecto democrático, então vira distributivismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas provisórias sobre o empowr:

1) Nesta rede social você posta o seu conteúdo e ganha dinheiro a partir da primeira curtida que você recebe. Segundo o site, "trata-se de uma economia construída na confiança, numa economia democrática, própria da rede social". Isso soa tentador demais, mas não é o dinheiro a razão que me fez entrar nesta rede - o que me fez entrar nesta rede foi fazer as pessoas viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus e despertarem desse sono profundo provocado por conta da má consciência sistemática que o mundo costuma semear por aí.

2) Para a pessoa se aventurar neste tipo de rede, tal como decidi fazer, esta precisa necessariamente ter muita maturidade - e um indício de vida amadurecida está no fato de que o dinheiro não pode estar à frente deste difícil trabalho a ser feito. Se isso acontecer, a pessoa postará toda uma sorte de postagens de gosto duvidoso ou de qualidade questionável - como isso atrai mais e mais gente que se interessa pelo rasteiro, pelo superficial, a pessoa que posta isso, servindo liberdade para o nada, ganhará muito dinheiro e deixará o site quando estiver satisfeita; o sensato, o que posta textos com reflexões sérias, profundas, não ganhará o mesmo valor. Só no longo prazo é que ele será bem remunerado, dado que o bom trabalho cresce sustentado na verdade. É este o segredo que faz a pessoa ficar em evidência por tanto tempo.

3) Como bem disse o meu colega Gabriel Viviani de Sousa, o maior prêmio, a maior riqueza de um escritor são seus leitores - os prêmios literários, o dinheiro e a crítica literária não são indicativo de sucesso, pois isso só infla o ego - o que edifica liberdade para o nada. E isso é verdade: as doações que recebo no facebook vêm dos meus leitores mais fiéis, como o Vito Pascaretta, Daniel Gurjão ou o Roberto Smera. Se os outros seguissem o exemplo deles, seria ótimo para mim.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas sobre o facebook, enquanto rede social

1) Se o facebook adotasse o critério de ganho por curtida, certas pessoas estariam milionárias. Eu, que tenho poucos contatos, não viveria mal, pois poderia viver de maneira digna escrevendo para os meus pares e cresceria do modo mais sustentável possível

2) A verdade é que o facebook não nasceu para ser democrático, pois foi fundada com o intuito de ganhar dinheiro em cima do conteúdo alheio. E nós, usuários, somos escravos do Zuckerberg.

3) Somos escravos em duas formas: a primeira é que isto aqui é viciante; a segunda é que criamos conteúdo e não recebemos um centavo por isso, apesar do prestígio que recebemos de algumas almas caridosas. Isso sem contar o fato de que no Brasil não existe a cultura de doação, além de todo o patrulhamento ideológico que há por aqui.

4) Enfim, se há alguma coisa que faça com que o facebook seja derrubado é fazer do usuário uma espécie de parceiro, em que ele ganhe por postagem e por cada curtida que ele recebe de sua postagem. Para quem escreve como eu, isso seria um excelente negócio.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Notas sobre a necessidade de ocupar novas rede sociais que estão nascendo

1) Como o Olavo falou, precisamos ocupar os espaços. Não só no facebook, mas também em novas rede sociais que estão surgindo eventualmente.

2) Uma dessas novas rede sociais é o empowr. Acabei de entrar nesta rede. E nela estou postando o meu trabalho.

Endereço da nova rede: www.empowr.com/pseikone. Caso queiram me acompanhar lá, sintam-se à vontade.

Atenciosamente,

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

Notas sobre o comunitarismo


1) Comunidade vem do latim communitas, da qual decorre o conceito de comunhão. Comunitarismo é voltar aos tempos em que a vida em comunidade fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus era não só um ideal de vida, mas uma realidade própria para se viver a vida cristã.

2) A base da comunhão implica amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Além disso, é uma forma de se viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, pois o local prepara o caminho para o universal.

3) Aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, não só vivem junto como também trabalham junto, onde um trabalha em função do outro, gerando uma verdadeira interdependência, pois quem serve ao seu semelhante tem o direito de colher o fruto do seu trabalho - e o fruto do seu trabalho acaba sendo usado não só para o seu bem-estar ou aprimoramento pessoal como também para o bem-estar de sua família, além de ser aproveitado para beneficiar a própria comunidade, dentro daquilo que ele, o indivíduo, é capaz de fazer, pois empreender é um apostolado de serviço, uma vocação.

4) A noção de distributivismo abraça necessariamente a idéia de comunidade. Se essa noção de comunidade cristã não for resgatada, não for uma coisa viva, verdadeira, então a gente não sai dessa ordem econômica e social baseada no utilitarismo e na liberdade servida para o nada, que nega a fraternidade universal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

É preciso aproveitar a vida, pois as atuais circunstâncias exigem isso

1) Houve quem dissesse que a vida é longa demais para ser aproveitada e curta demais para ser desperdiçada.

2) Dentro destas atuais circunstâncias, não me sinto no direito de desperdiçar a vida falando futilidades ou me dedicando a assuntos que inviabilizem meu progresso intelectual e o meu dever de servir ao próximo, de modo a edificar uma consciência reta nele, o que o fará viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso mesmo, dentro do facebook, você não me verá falando de outros assuntos senão aquilo que é bom e relevante, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo, tal como foi edificado em Ourique.

3) Afinal, política é dever do católico. E cobri-la é meu ofício. Se a pessoa quer desperdiçar a vida nestas ilusões que são servidas e que edificam liberdade para o nada, só tenho a lamentar. Como a escolha foi feita, eu não posso fazer nada, pois o conveniente e dissociado da verdade foi escolhido. E isso inviabiliza qualquer amizade - afinal, não posso ter por amigo quem rejeita aquilo que mais prezo: a verdade, fundada no fato de se conservar a dor de Cristo, dado que Ele morreu por mim na cruz, para salvar do pecado.

4) Eis aí uma razão para se rejeitar o mundo, o diabo e a carne. Por isso que, fora do meu meio, eu não encontrarei os amigos adequados, aqueles tão necessários ao meu progresso pessoal e intelectual.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2016.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Da vassalagem pessoal como causa de enriquecimento geral da sociedade

1) Uma coisa que o sistema jurídico condena é o enriquecimento sem causa.

2) No caso de uma empresa que estimula seus melhores empregados a abrirem empresas de modo a colaborarem com a empresa-mãe de modo a dar conta da demanda, o patrão não está criando rivais, mas vassalos, já que seus empregados são seus protegidos. Esses vínculos pessoais, fundados na nobreza da pessoa que deu poderes para que crescessem e progredirem, deram causa ao enriquecimento geral da sociedade - e dentro deste fundamento a vassalagem estabelece uma liberdade mais sólida do que a deste mundo, onde todo mundo tem a verdade que quiserem . E isso foi um tipo de distributismo, pois o empresário deu liberdade para eles serem empresários menores e colaborarem com seu antigo patrão.

3) Numa sociedade que ama mais o dinheiro do que a Deus, essa medida seria uma verdadeira loucura, uma loucura fundada no amor, pois os homens devem ser livres de modo a servirem seus semelhantes, naquilo que podem fazer de melhor. Por isso que aquilo que o homem como loucura, para Deus, no entanto, é algo louvável. Só numa sociedade que ama mais o dinheiro do que a Deus é que preza algo que é detestável: a rivalidade e a competição, fundados na inveja e na ganância

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro 24 de agosto de 2016.

Fundamentos do bem governar, tendo por base aquilo que foi edificado em Ourique

1) Servir a Cristo em terras distantes significa encontrar terras onde o Cristianismo possa ser semeado e nelas prosperar.

2) E povoar esta nova terra com almas cristãs é fundamento de um bom governo.

3) Como o Rei é vassalo do Rei dos Reis, ele cuida segurança e patrocina que as cidades produzam seus próprios recursos, de modo a que possam favorecer a economia do Reino de tal modo a que a balança comercial seja sempre favorável.

3) Para que as pessoas das províncias se integrem e passem a tomar o Reino como também parte de seu lar, governar é também abrir estradas - como estrada é fundamento da segurança, é prerrogativa do Rei fazê-lo.

4) Governar é também abrir escolas e hospitais. Como o país é tomado como se fosse um lar com base na Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique, então incumbe a Igreja educar os filhos e cuidar da saúde dos mesmos, já que o doente é um irmão necessitado.

5) Num país em que o Estado é tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora ou contra ele, nada será bem feito, apesar das ambições. Até porque tudo é mudado de uma vez a cada quatro anos, isso quando não tem um escândalo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

Da importância das guildas para o comércio internacional

1) Historicamente falando, para a cidade ser um centro de comércio, a cidade precisa ser conhecida pelo produto que fabrica.

2) Como a divisão do trabalho se distribui por toda a extensão da cidade, a partir das diferentes guildas que estão na cidade, o produto passa a ser o símbolo da cidade, pois toda a comunidade esteve envolvida no processo industrial, já que as guildas possuem relação de boa vizinhança uma com a outra e uma colabora no trabalho da outra.

3) E quanto mais produtos elas produzirem, mais estratégica esta cidade se torna. A mesma coisa também pode se dar por regiões em que uma cidade produz uma peça e numa outra, a mais importante da região, ocorre a síntese de tudo, até virar produto final. E ao final de tudo, as cidades repartem o lucro do comércio, já que foram todas sócias.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

Por que a guilda não é uma terceirização?

Róger Badalum: As guildas seriam terceirizações? Se sim, não seria a causa que levaria a grandes empresas a serem o que são, que nunca deveriam ter sido impessoais?

José Octavio Dettmann Na verdade, a guilda é um tipo de distributivismo. O empreendedor deve ensinar seus empregados a serem empreendedores também. E quando estiverem prontos a ir servir seus semelhantes naquilo que a empresa-mãe não é capaz de fazer, recebem mandato do patrão para ir cumprir sua missão e se tornam patrões vassalos do patrão que é rei. Trata-se de colonização econômica, fundada no fato de se tomar a empresa como se fosse um lar, da mesma forma como houve com as cidades antigamente.

José Octavio Dettmann: A terceirização é quando há impessoalidade dentro da mesma organização social, pois vários grupos, várias classes profissionais, estão reunidas na mesma empresa - e lá ocorre uma divisão de trabalho de tal forma que várias empresas ocupam o mesmo espaço, de modo a que a empresa principal possa fazer melhor o seu trabalho. Isso não é próprio da natureza da guilda, que abrange pessoas dentro de um mesmo grupo. A grande empresa abrange vários tipos de grupos ou classes profissionais.

José Octavio Dettmann: Numa mesma cidade, há várias guildas e elas fazem a divisão do trabalho com base no direito de vizinhança. Como todos se conhecem, então a figura da cidade e de uma fábrica terminam sendo a mesma coisa. Na terceirização, a fábrica é uma cidade, pois a escala gigantesca do empreendimento faz com que haja uma espécie de miniaturização das coisas, de alguma forma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

Da relação entre centralismo e individualismo desenfreado

1) A centralização está relacionada à cultura do individualismo desenfreado. Geralmente, isso se dá a partir de pessoas que se acham capazes de fazer qualquer coisa, tal como se fosse um Deus.

2) É a partir dessa ambição estúpida de querer ser um Deus que as empresas se tornam gigantescas e a relação entre patrão e empregado passa a ser pautada por relações sociais impessoais. E a terceirização das atividades é um dos desdobramentos da cultura de impessoalidade que há nas organizações sociais.

3) O Direito tomou este fato como se fosse coisa: a grande empresa é a base para o desenvolvimento econômico nacional (da nação tomada como se fosse religião) - e isso levou a que as cidades se tornassem verdadeiras megalópoles, pois partiu-se do pressuposto de que cidades grandes são melhores, do ponto de vista econômico, do que cidades pequenas ou médias, onde todos se conhecem. A verdade é que um ambiente social impessoal é um verdadeiro deserto - como esse deserto não é árido, isso faz com que o indivíduo se sinta atomizado e destruído por dentro.

4) Sociologicamente e economicamente, houve a republicanização da sociedade - e isso favoreceu a formação de apátridas em massa, de indivíduos sem vínculos, vivendo a vida fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

A guilda é como se fosse uma espécie de reino, fundado na noção de serviço pessoal e sistemático

1) O que acontecia com as cidades, quando chegavam num certo patamar em que os recursos começavam a ficar escassos? Ela estimulava os seus cidadãos mais empreendedores a irem em busca de novas terras e fundarem uma outra cidade. E a cidade nova tinha vínculos com a cidade antiga - e isso é um tipo de colonização. E da colonização sistemática, um reino é fundado - e a cidade-mãe de todas as outras se tornava naturalmente a sede da corte do Reino.

2) Se a empresa lembra em certos aspectos uma cidade, o que acontece quando a demanda é muito grande e a organização não dá conta da demanda? Ela incentiva a seus empregados mais empreendedores a abrirem sua própria empresa, de modo a dar conta da demanda. A empresa nova mantém seus laços com a empresa antiga, como se fosse uma família. E se isso é feito sistematicamente, a associação de empresas da mesma área se torna uma guilda, pois nela há uma relação familiar que transcende as relações financeiras

3) A guilda é, pois, um reino fundado no fato de se servir ao próximo naquilo que o próximo estiver precisando.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

Muito cuidado com as generalizações

1) Eu nunca levei a sério este argumento que é defendido por muita gente que se diz de "direita" no facebook: o caráter do brasileiro é propenso ao crime. Como já falei, isso é generalizante e injusto - além disso, nega a responsabilidade individual. Por isso que não levo a sério esse holismo animalizante - isso cheira a determinismo e é irremediavelmente esquerdista.

2) Eu sou brasileiro e faço de tudo para semear uma boa consciência, neste país. É verdade que uma andorinha só não faz verão, mas pelo menos eu pude despertar a consciência de alguns sensatos neste país - e estes, por sua vez, semearão a consciência de outros tantos, naquilo que não sou capaz de fazer. É um trabalho de formiguinha, mas estou certo de que este país sairá deste estado de apatria em que se encontra. Afinal, é ação de longo prazo - como tenho 35 anos, estou disposto a passar muitos da minha vida fazendo esse trabalho.

3) É verdade conhecida e sabida que nações virtuosas nasceram a partir de um homem só. E isso é só uma boa razão para se crer na responsabilidade individual, fundada no fato de se conservar a dor de Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida, base para o conservadorismo e para a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Se vocês querem ver um país livre, então dominem a linguagem a tenham consciência de falar coisas no sentido de edificar uma boa consciência nas pessoas. Falem as coisas de modo edificante, caridoso. Fora disso, o que vocês plantarem será voltado para o nada - e isso é causa de ira divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Da relação entre ensino público e o senso de se tomar o país como se fosse religião, a ponto de matar a religião verdadeira

1) Há gente que prega que a educação pública é a base para se edificar o senso de nacionalidade.

2) Esta visão de escola casa perfeitamente com o conceito de nacionalidade pregado por Mancini: de que devemos tomar o país como se fosse uma segunda religião.

3) Ora, este conceito é claramente herético, pois tomar o país como se fosse uma segunda religião só vai levar a que a religião verdadeira seja eliminada, pois isso acabará levando ao caminho de que tudo está no Estado e nada pode estar fora ou contra ele.

4) Além disso, a combinação destes conceitos leva ao chamado direito à educação. Se o país é tomado como se fosse religião, então vira doutrinação - e isso é um incentivo à abolição da família.

5) Em países afetados pela chaga libertário-conservantista, como os da Europa, o conceito de jus sanguinis foi pervertido, pois o nacional é aquele que toma o Estado por seu Deus - e quem não prestar culto a este estado vira apátrida. Esse conceito de jus sanguinis moderno esvaziou o tradicional conceito de jus sanguinis decorrente da conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) Em países que romperam com a matriz civilizacional européia, de modo a criar uma nova, como a acontece com os países do Novo Mundo, o critério do jus solli decorre do fato de que é preciso se criar um homem novo, já que o homem é uma folha de papel. E acaba criando apátridas, dado que repúblicas são verdadeiras utopias.

7) Por isso que sou contra o ensino público, fundado dentro desta concepção libertário-conservantista, já que isso edifica liberdade fora da liberdade em Cristo, dado que tem fins vazios. O verdadeiro ensino público deve e precisar ser ministrado pela Santa Igreja Católica, dado que educação é prerrogativa de mãe - e a Igreja é a esposa de Cristo, o Rei dos Reis. E foi o Rei dos Reis que fez do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, seu fiel vassalo - e o povo que ele regeu estará aos cuidados da esposa de Cristo, a mestra da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Por que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade?

1) Ter um vínculo com a pátria precisa necessariamente do fato de tomá-la como se fosse um lar em Cristo. Você precisa estudar a História do Brasil, dominar a língua do seu povo, estudar suas leis, seus costumes, conhecer a história do seu lugar de modo a que ela seja uma escola para a pátria, já que a província é um microcosmos da pátria tomada como se fosse um lar. Por isso que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade.

2) Se eu não for plenamente capaz de cumprir meus deveres para com os meus semelhantes, então eu sou incapaz de tomar a terra como se fosse um lar em Cristo. Por isso mesmo, o vínculo nasce com a maioridade, com o homem pronto, disposto a servir a pátria, pois aprendeu a tomá-la como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

3) É mais provável que o filho aprenda a ser brasileiro, no sentido verdadeiro do termo, um pai preparado, conhecedor de tudo aquilo que deve ser sabido, dado que verdade conhecida, sabida, é verdade obedecida, posto que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

Defendendo o conceito de apátrida que adoto

1) Houve quem dissesse que a fundação de um Império Cristão de Além-Mar, como o Brasil, foi com o intuito de nos preparar para a pátria no Céu. E neste ponto, eu estou de acordo com o Werner Nabiça Coêlho.

2) Apenas discordo de um fundamento: o conceito de que brasileiro é quem nasce no Brasil, pois o fato de nascer, no sentido vegetativo do termo, não nos prepara necessariamente para a responsabilidade de servirmos a Cristo. Até porque o conceito objetivo de nascer na terra pede necessariamente uma confiança cega nas instituições, a ponto de tirar dos pais a responsabilidade de preparar seus descendentes para esta missão tão nobre - como nós lidamos com homens ricos em sabedoria humana dissociada da divina, é bem provável que esta gente traia a Aliança edificada em Ourique e estabeleça todo um Estado que deva ser tomado como se fosse religião, a ponto de competir e exterminar a religião verdadeira. E foi o que aconteceu com a República, ao romper com a aliança.

3) Tal como houve em Israel, Deus consagrou um povo, consagrou um direito de sangue e um dever de sangue. A mesma coisa aconteceu com os portugueses e com todos os seus herdeiros, em especial os brasileiros. A partir do momento em que o sentido de pátria foi perdido, caímos na apatria. Hoje, o brasileiro, o que nasce no Brasil, tem uma visão errada de seu país, o que gera um vínculo voltado para o nada, pois está adorando um espectro de Brasil, um espectro de verde-amarelo fora de seu verdadeiro significado, coisa que não passa de um verdadeiro bezerro de ouro. Olhando por essa via, é apátrida - e isso é um dado sociológico. E é também um dado político, pois governo do país é revolucionário e está comprometido até a medula em fomentar a apatria em todo o povo.

5) Quando digo que são poucos os que têm consciência da missão herdada e do que deve ser feito, isso não é brincadeira, pois é a mais pura verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.