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domingo, 17 de julho de 2016

Pesquisas com células-tronco versus pesquisas com células somáticas - uma meditação embrionária sobre isso.

1) Até onde pude compreender, a Igreja Católica é favorável à pesquisa com células somáticas, essas que encontramos em tecidos.

2.1) Células do tecido adiposo são muito diferentes das células nervosas, do chamado tecido cerebral, da mesma forma em que o grafite é muito diferente do diamante, embora ambas sejam compostas de carbono. Se o grafite pode ser convertido em diamante mudando a o organização do carbono, então é perfeitamente possível converter uma célula de um tecido para outro. A maior prova disso é que já vi uma reportagem noticiando o fato de que espermatozóides podem ser convertidos em óvulos - se para Deus nada é impossível, então a fungibilidade de uma célula em outra é perfeitamente possível - o segredo é investigar as causas.

3) Além disso, eu ouvi falar - conrrijam-me, se estiver errado - que tecidos podem ser convertidos em órgãos. Se uma pessoa perdeu um órgão, a melhor forma de reconstituí-lo sem haver o risco de rejeição, é extrair células de tecido e criar o órgão a partir das células do tecido, a partir da clonagem. Até mesmo ossos podem ser reconstituídos desde o tecido ósseo - se todas as células têm DNA, então reconstituir um órgão perdido não deve ser problema, pois basta cloná-lo. Se já clonaram uma ovelha, então não deve ser difícil clonar órgãos e tecidos.

5) Esse negócio de fazer pesquisa a partir de células-tronco, coisa que se encontra em fetos, só aumenta o risco de abortos, pois transformar o aborto em direito é só mais um incentivo para se fazer trabalhos pseudocientíficos ou anti-éticos. Afinal, só existem dois meios para se obter fetos para essas pesquisas: com abortos e com fabricação de bebês de proveta. Como isso tudo é fabricado de maneira artificial, então eles se tornam coisas - e não seres, tal como eles na verdade o são. Assim como não se deve especular com comida, posto que é vida, também não se deve especular com fetos, pois a vida não é uma coisa, mas um mistério próprio da criação de Deus e a constituição essencial de todas as coisas. 

6) Manipular algo que é um mistério de modo a querer ser um Deus - ou aumentar o poder que nós temos sobre todas as coisas, materialmente falando - gerará conseqüências desconhecidas. Desnudar o desconhecido é desrespeitar o mistério, o que acaba relativizando a verdade, o que é um atentado contra a Criação, contra a bondade de Deus. E Deus não perdoa isso.

7) Enfim, desde que deram  à Imprensa, a agenda da pesquisa de células-tronco é só mais um incentivo para o relativismo moral, coisa que é movida pela descristianização da sociedade. E quanto mais descristianizada é a sociedade, mais materialista, hedonista e utilitarista ela se torna, a ponto de a vida se tornar algo mercantilizado, um bem relativo que passa a estar dentro do comércio e a atender toda a sorte de necessidades humanas fundadas em sabedoria humana dissociada da divina.

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