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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Notas sobre a nobreza, classe decorrente da realeza

1) São Pedro, ao receber a chave do céu, passou a ter o poder de criar cardeais como parte de sua jurisdição - a nobreza que honra o sangue dos mártires. Se o vigário de Cristo é Rei enquanto Cristo não volta, então os cardeais são nobres que seguem a sorte de seu principal, que é uma figura provisória.

2) Por analogia, se Cristo fez de D. Afonso Henriques rei de Portugal e deu a ele uma chave menor, fundada no fato de que Cristo também quis um Império para Ele, então a nobreza decorre da realeza.

3) A realeza não pode realizar casamento morganático, pois o Chefe da Nação e do Estado não deve se casar com pessoas que nunca tiveram passado de nobreza, que não têm histórico de preparo ou experiência para a vida fundada nos deveres de Estado, já que reger um povo, de modo a que este tome o país como se fosse um lar em Cristo, é um sacerdócio. Tal qual o Papa em relação aos cardeais, o Rei é o chefe da nobreza - o conselho dos nobres, que constitui a câmara alta do Parlamento e que tem o dever de assessorar o Rei no exercício do Poder Moderador, tal como os cardeais fazem nos cargos da Cúria Romana.

4) A nobreza, que se constitui da melhor gente do povo escolhida de modo a ajudar o Rei em seus deveres de Estado, esta não tem problemas quanto ao casamento morganático - como ela decorre do próprio povo, os membros desta classe podem se casar com um membro do estrado baixo, o próprio povo, se houver gente de qualidade e de virtude no estrado mais baixo da camada social. Quem se casa com um nobre não só ganha a honra de ser amado por alguém reconhecidamente nobre, mas também a responsabilidade de servir ao país de modo a que este seja tomado como se fosse um lar em Cristo - e isto implica sacrifício. Geralmente, as mulheres que vêm do estrado mais baixo da população são as escolhidas, pois a natureza da mulher é favorável ao sacrifício, ao passo que natureza do homem é a do serviço.

5) Tal como há após o fim de uma dinastia, a próxima Casa Real a suceder a antiga Casa Reinante será escolhida dentre os membros da nobreza. Da mesma forma como o Crucificado escolheu D. Afonso, o Crucificado escolherá alguém dentre os melhores do povo que decorre de Ourique. É uma espécie de Conclave. E este Conclave terá a bênção apostólica. O sucessor de D. Afonso Henriques precisa honrar a chave que este recebeu de Ourique e pô-la a serviço da Igreja, que tem a chave mestra que confirma ou desliga todos os mandatos do Céu, os quais se fundam em Cristo.

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