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sábado, 14 de maio de 2016

O presidencialismo não necessita de democracia, mas de estado de compromisso

1) Se Temer fizer um bom governo, vai ficar provado que eleger presidente diretamente nunca será solução. Temer será comparado com o Itamar Franco, que fez uma boa presidência.

2) Isso acabará confirmando a tendência de que presidentes acidentais são melhores do que os eleitos, dentro do contexto da Carta de 1988 - em suma, a verdade é que o presidencialismo, para funcionar, não necessita de democracia. Ele necessita é de um estado de compromisso, de modo a que as coisas sejam feitas.

4) O problema desse estado de compromisso é que ele é fundado no calor do momento, pois não se tem visão de longo prazo. E um governo de longo prazo pede uma chefia de Estado permanente, que modere as coisas de modo a que o executivo possa concretizar o que a lei aprovada no Parlamento estabelece. É a prova cabal de que a monarquia é extremamente necessária, por conta de suas vantagens óbvias. A chefia do Estado, que exerce o poder moderador, não tem partido e deve governar o Brasil tomando-o como se fosse um lar, com base na missão que herdamos em Ourique - e a chefia de governo vai gerindo o pais de acordo com as necessidades públicas de momento, coisa que vai se renovando enquanto este gestor estiver bem servindo à pátria, dentro da circunstância em que ele foi eleito.

4) A circunstância de uma escolha não se mede num recorte arbitrário de quatro anos - ela dura enquanto for esta a situação do país. Quando as circunstâncias mudarem, o chefe de governo deve dar lugar a outro que esteja pronto essa circunstância B, que será enfrentada por alguém mais preparado do que ele, que lidou com a circunstância A. O chefe de governo precisa ser o mais preparado para governar o país dentro da circunstância para a qual previamente se preparou, através dos estudos - as circunstâncias, se tiverem ocorrido em outro país, numa época anterior, poderão ocorrer perfeitamente neste país, pois estamos num mundo globalizando, o que faz com que estas coisas se repitam, só que num lugar diferente. Trata-se, pois, de trabalho técnico e político.

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