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quarta-feira, 4 de maio de 2016

O costume nasce do senso de se tomar o lugar onde se vive como se fosse um lar

1) Quando um lugar é tomado como se fosse um lar, as pessoas, por conta do senso de fraternidade universal, buscarão resolver seus conflitos de maneira amigável. 

2) Os primeiros acordos se fundarão na boa convivência, a partir dos direitos de vizinhança e nos direitos decorrentes da sociedade conjugal - esses acordos devem se pautar na conformidade com o Todo que vem de Deus e nenhum governo fora dessa conformidade com o Todo deve interferir naquilo que é sagrado, uma vez que tomar o país como se fosse religião é completamente incompatível com o senso de se tomar o país como se fosse um lar.

3) Para que essa cultura de acordo e colaboração surja, é necessário que o povo seja recristianizado novamente. E uma vez recristianizado o povo, devemos ter a garantia de que o governo não perverterá aquilo é de mais sagrado - e eis o verdadeiro fundamento da constituição escrita: ser subsídio de algo que se dá na carne. Ela deve ser feita de modo a garantir aquilo que será estabelecido por costume entre as pessoas que tomarão este país como se fosse um lar em Cristo. Eis o fundamento de uma verdadeira magna carta.

3) O processo será lento - e é através do tempo e das gerações que todos os vícios da mentalidade revolucionária serão decantados de modo a que haja uma ordem consuetudinária e foraleira. Esse processo durará gerações, mas é melhor do que uma invencionice modernista, pois a boa vida pede estabilidade e estrutura - e não instabilidade, fundada no amor ao dinheiro. 

4) O princípio da não-traição à verdade revelada observa um outro o princípio: nenhuma inovação legislativa será introduzida sem o consentimento de todos aqueles que tomam o país como se fosse um lar em Cristo, posto que as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Toda mudança que não seja fundada em uma boa razão, fundada na lei natural, é traumática - isso sem contar que gera entropia. E essa entropia é que faz com que as pessoas percam o senso da fraternidade universal e passem a tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

5) Sempre que surgir alguma circunstância nova, em que o conjunto das pessoas, por força do costume, não puder oferecer uma solução para aquele problema em particular, a lei municipal resolve o problema; se do conjunto dos municípios não houver uma solução, o Estado resolve; se do conjunto dos Estados nada puder ser resolvido, a federação resolve, com a moderação do Imperador. É por meio da subsidiariedade que se tem o senso de nacionidade.

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