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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Notas sobre o liberalismo, enquanto gênero

1) Se o liberalismo, enquanto gênero, é a ordem fundada na liberdade, no fato de que nenhum homem terá poder sobre outro, então esse gênero se opõe ao despotismo, enquanto categoria de gênero.

2) Erik von Kuehnelt-Leddihn registrou quatro tipos de liberalismo que se deram ao longo da História, sendo o mais recente, fundado no modernismo herético, aquele que restaura o despotismo em nome da liberdade, criando uma mentira em nome da verdade. E foi isso que São Pio X condenou. Esse pensamento se coaduna com a tradição aristotélica de pensar as coisas segundo o gênero e a espécie.

3) Cada espécie de liberalismo se funda na verdade, coisa que se dá conservando o que é conveniente e sensato até chegar àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o que nos remete a dor de Cristo. É conhecendo a dor de Cristo e internalizando-a na carne que se tem o conhecimento definitivo da liberdade - e é este liberalismo, que é universalizante, que se torna ordem definitiva, pois decorre de uma conservadorismo definitivo, fundado em Cristo, que veio ao mundo para nos salvar, seja se o ser amado por Deus é judeu ou pagão, gentio. Ao sermos conservadores, nós somos liberais, pois distribuímos esse senso através da caridade, da benevolência - e quando fazemos isso sistematicamente, isso vira distributivismo.

5) O liberalismo verdadeiro decorre da convergência de três espécies de liberalismo: o romano, o grego e o judaico. É desse casamento de Roma, Atenas e Jerusalém que temos a civilização ocidental.

6) Da Idade Média, surgiu um liberalismo fundado na ordem consuetudinária, que é a filha dessa fusão. Da restauração do mundo neopagão, esse liberalismo uno e trino terminou sendo convertido em um falso e herético, que serve de elemento de transição do liberalismo, enquanto gênero, para o despotismo.

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