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segunda-feira, 4 de abril de 2016

Para se tomar um país como se fosse um lar, é preciso que o outro seja descoberto constantemente

1) Para você aprender de um escritor como eu, o que você precisa fazer é aprender a tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Ou seja, você precisa ver o Cristo Crucificado de Ourique falando com o Rei D. Afonso Henriques e dando a ele e a todo o seu povo a missão de servir a Cristo em terras distantes. Para isso, a leitura das Crônicas de D. Afonso Henriques, do Frei Antônio Brandão, é indispensável. Para você fazer isso, você precisa se pôr no lugar do outro - e isso implica estar tanto na pele de D. Afonso, ao ter aquela visão, ou entrar na minha pele, enquanto escrevo tudo aquilo que escrevi sobre nacionismo, no campo teórico.

3) Quando se lê um autor, a leitura é um encontro - e para compreendê-lo, você precisa ler o texto como se fosse um escritor. E isso é um exercício permanente de pôr-se no lugar do outro.

4) Na sala de aula é a mesma coisa - o professor precisa pôr-se na pele do aluno de modo a que possa saber aquilo de que ele necessita. Assim, o professor aprende aquilo que é demandado, coisa que é sempre específica, e o aluno sai aprendendo, pois tem o que precisa dentro de suas circunstâncias. Por isso que o ensino deve ser o mais personalista possível - em sala de aula, isso é impossível por conta da impessoalidade. E a padronização em matérias estanques, acríticas, é a consagração disso, da impessoalidade como sendo a ordem de todas as coisas. Nada mais totalitário do que isso, o que favorece a entropia, a perda de informação essencial, por ser única e relevante.

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