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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Notas sobre a economia editorial fundada no distributivismo

1) Se no distributivismo cada um é proprietário dos próprios meios de produção, então é perfeitamente possível que eu possa fazer editorações artesanais, mais ou menos como as digitalizações artesanais que faço. Se eu encontrar um contato com alguém com formação em jornalismo, que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eu já terei a possibilidade de aprender com ele esse negócio de editorar um livro - faço a revisão, a copidescagem, preparo os originais e ainda faço o registro do mesmo na Biblioteca Nacional, de modo a que o livro fique protegido da contrafação.

3) Comprarei máquinas para imprimir material e contratarei um capista. E aí começarei a fazer pequenas tiragens - o primeiro livro comporá o acervo da família, como parte do conhecimento ancestral, que não pode ser perdido. À medida que vou encontrando gente que ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, eu vou dando livros, de modo a que esse conhecimento seja compartilhado, mais ou menos dentro da mesma lógica quando se tem uma horta familiar - você vai trocando seus serviços pelos serviços de outros e laços vão se fortalecendo por conta disso.

4) Como conhecimento de família é algo que implica uma tradição, uma ligação permanente com o passado, a sua apropriação será perpétua. Logo, os direitos autorais fundados neste saber são perpétuos, por força da lei natural, uma vez que isso decorre do fato de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

5) Os direitos autorais temporários, tal como temos hoje, se fundam numa economia comercial e de massa - e a individualidade do autor acaba sendo devorada pela massa, numa verdadeira antropofagia cultural - e isso mata a tradição, a individualidade, a criatividade, pois a impessoalidade é a regra neste regime revolucionário. Isso existe por conta da ética protestante e do espírito do capitalismo, que é uma cultura de morte, pois o dinheiro é mais amado do que a Deus.

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