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domingo, 20 de março de 2016

Notas sobre debate público

1) Quando o professor Olavo de Carvalho fala de debate público, ele está dizendo que é preciso falar aquilo que é verdadeiro para todos de maneira indistinta, pois isso implica fazer o bem sem olhar a quem. Esta conduta leva não só ao risco da incompreensão, o menor do males, mas também ao martírio moral, tal como vemos hoje. Eis aí que o debate público e o maior dos serviços. Ele depende de soldados vocacionados para essa tarefa. 

2) O problema do debate público numa sociedade descristianizada está no fato de que cada um tem a sua verdade. Como isso nasce numa sociedade onde ninguém crê em fraternidade universal, então a possibilidade de você ser crucificado publicamente por falar a verdade é muito grande. É preciso muita coragem, muito amor ao próximo, de modo a fazer isso. 

3) Para quem tem um senso mais reservado, para quem está dentro do âmbito das catacumbas, o senso de público está na constante ampliação do espaço privado - e para isso ele precisa ter a sua disposição pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo a que possa expandir seus serviços de uma maneira sustentada na verdade. À medida que o exército dos corajosos conquistam territórios, os reservados, os empreendedores que semeiam consciência de modo a que todos possam a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, vão colonizando as almas através da educação e das artes, de modo a Cristo faça nelas Santa Habitação. Como uma fé reta e uma consciência reta dependem de rica formação, esses reservados são exatamente as melhores pessoas para este trabalho, em tempos de paz. Esse trabalho, próprio dos colonos, completa o trabalho dos corajosos, os soldados de Cristo. E o trabalho do colono constrói o verdadeiro senso de público, aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus: pessoas em comunidade amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4) Uma guerra espiritual não será completa se não houver colonos trabalhando ao lado dos soldados. Para cada território conquistado, o colono deve povoar espiritualmente as almas de modo a que o novo território seja tomado como se fosse um lar em Cristo. Ele é um empreendedor na educação e nas artes, base que produz uma fé ainda mais sólida. Ele depende da ação do missionário, do soldado, do conquistador de almas para Cristo, o verdadeiro forjador e destruidor de Impérios.

5) Cristo veio trazer a espada, o trabalho missionário. O que não se vê é que, em tempos de paz, ele também trouxe o arado, a marca do povoamento espiritual por excelência.

6) Tanto o trabalho do soldado quanto o do colono são santificadores. A santidade do corajoso é maior porque ele derramou seu sangue por Cristo, no bom combate. O colono, o menor no Reino dos Céus, ele se torna grande quando serve ou rege seu povo - e ao servir, ele faz com que os últimos se tornem os primeiros, corajosos. São dois trabalhos diferentes, mas extremamente relevantes - cada um serve a Cristo dentro de suas circunstâncias.

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