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terça-feira, 29 de março de 2016

Notas sobre o tempo pascal

1) No Antigo Testamento, a páscoa representava o primeiro mês do ano do calendário hebreu. Como o calendário era lunar, então a páscoa se dava na primavera, na época do plantio.

2) A primavera é o começo da revolução, pois é o começo do ciclo produtivo, do ciclo agrícola. Se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então é na Páscoa que se dá a renovação de nosso ciclo espiritual. Por isso a páscoa é também renovação constante no sacrifício de Jesus, coisa que se dá todo domingo. 

3) Neste tempo pascal, nós passamos 50 dias como se fossem um grande domingo. Não um domingo no sentido polonês do termo, em que não se faz nada, mas no sentido russo do termo, pois domingo é o dia da ressurreição do Senhor, o dia do Senhor por excelência. Vivamos esses 50 dias na esperança de trabalhar duro e fazer do Brasil uma nação digna ser tomada como se fosse um lar com base no Cristo Crucificado de Ourique. Pois se Ele é a verdade, então Ele é a razão para sermos o que somos: a Terra de Santa Cruz. 

Sobre o perigo de se posicionar politicamente tomando os fatos como se fossem coisa

1) Ser de direita ou esquerda tomando estes fatos sociais que nós vemos hoje como se fossem coisa é aceitar o argumento de que o Estado tem a sua verdade e que tem o direito de não estar submetido à Lei Natural, coisa que se dá na carne até mesmo do governante eleito.

2) Como o libertarismo prepara o caminho para o totalitarismo, então não podemos, como católicos, escolher entre o conservantismo (estar à esquerda do pai de maneira moderada, ainda que muitos chamem isso de "direita" no sentido mais falso, pervertido do termo) e o extremismo revolucionário (estar à esquerda do pai de maneira radical, agindo tal qual um progressista que cava cada mais fundo a sua cova de modo a ir pro inferno de vez). A escolha entre um e outro é malminorismo e isso é uma conseqüência grave do pecado da omissão, pois não estamos ocupando o espaço.

3) Se numa democracia o governante deve respeitar as leis, então comecemos pela única que os legisladores humanos não podem perverter, por ter sido elaborada pelo próprio Deus: Os Dez Mandamentos. Estar à direita do Pai implica obedecer os Dez Mandamentos, o que nos leva a estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus - e esses mandamentos têm pleno cumprimento naquilo que Cristo disse: amai a Deus sobre todas as coisas e amai-vos uns aos outros como Cristo nos tem amado, base para a fraternidade universal.

4) Ser de direita sendo utilitarista e relativista é tão-somente nominalismo. Como o libertarismo se funda numa visão de mundo protestante, que não crê em fraternidade universal, então  preocupar-se em posicionar-se politicamente diante de tais circunstâncias é sabedoria humana dissociada da divina. E isso é estar a um passo da excomunhão ou da apostasia.

domingo, 27 de março de 2016

Notas sobre o Império Romano

1) No Direito Romano, o parentesco se dava por relações de culto e não por relações de sangue. O pater familias era o microcosmos do sumo pontífice - e ele é quem oferecia sacrifícios ao deus da família e aos antepassados. O animal de sacrifício mais usado era o agnus, o cordeiro.

2) Geralmente essas famílias eram a base moral de toda a pátria, pois elas nunca tiveram mácula de escravidão, fundada no pecado de não se honrar os compromissos familiares para com a civitas romana. Quem não fosse honrado era escravizado por dívidas e seu corpo era vítima de castigo corporal, a ponto de este ser retalhado em tantos pedaços quantos fossem os credores. Essa prática era animalesca e partia do pressuposto de que o corpo era uma propriedade - se na propriedade temos os poderes absolutos de usar, o gozar e dispor, então naturalmente isso implicava poder de vida e de morte. 

3) O pater famílias era tido como se fosse um deus vivo dentro da família, a ponto de ter poder de vida e de morte sobre os seus filhos. Esse poder de vida e de morte causava muitos conflitos sociais - a tal ponto que manter o culto doméstico dentro do sangue era difícil. Por isso, os romanos adotavam membros de outras famílias, de modo a dar continuidade ao culto doméstico, no nome do pai antecessor.

4) A cultura familiar romana, por sua própria natureza, não permitia que um homem de família tivesse poder de vida e de morte sobre outros pais de família - por isso que a república foi o regime natural dentro de um regime culturalmente totalitário. Roma se expandia constantemente em guerras, de modo a manter sua economia doméstica, fundada numa economia agrária e latifundiária - e para isso, eles precisariam tomar terras e mais terras, bem como conseguir escravos. Os filhos passaram a ser senhores de família, uma vez que o soldo lhes permitia terem bens e uma vida livre da autoridade paterna. Esses eram os bens do pecúlio castrense.

5) Como nenhum pai de família podia dominar outro pai de família, os pactos de família eram algo corriqueiro. As filhas, junto com uma importância em bens e dinheiro, eram dadas como se fossem coisa para os varões mais ilustres da família aliada, geralmente soldados destacados que serviam à causa de Roma. Os casamentos eram todos fundados no dote, uma vez que Roma era uma sociedade pagã e extremamente materialista  A família que fosse rica em filhas se tornava cliente da outra que tinha mais filhos homens. Isso criava laços de servidão, por força do casamento - e a família rica em filhas era considerada algo acessório que seguia a sorte do principal, a família rica em varões. Como envolvia um grande número de indivíduos, isso gerava um verdadeiro culto doméstico. E quanto mais esse varão servisse à causa romana, mais digno de culto doméstico ele se tornava.

6) À medida que Roma crescia, mais complexa se tornava aquela sociedade - eram povos diferentes, com religiões diferentes e costumes, que por força da conquista e da proteção imperial romana precisavam conviver uns com os outros. A república, por conta da corrupção e dos abusos, gerava o poder de um homem livre sobre outros. Isso precisava ser moderado - e o Império Romano surgiu com base nessa natureza. Pouco depois da formação do Império, Cristo nasceu. E quando o Cristianismo conquistou o Império Romano, toda a cultura republicana romana foi transformada de modo a que ficasse em conformidade com o Todo que vem de Deus.  

Notas sobre cultura, comércio e tecnologia

1) Lugares diferentes possuem ecossistemas diferentes - e cada ecossistema diferente produz recursos diferentes.

2) Seres humanos são seres técnicos - tendem a adaptar o ecossistema às suas circunstâncias de vida, ao seu modo de viver. Seres humanos habitando ecossistemas diferentes tendem a desenvolver diferentes tipos de adaptação ao meio ambiente. 

3) Ainda que duas tribos morem no mesmo ecossistema, o processo de adaptação nunca é igual, uma vez que os indivíduos são diferentes e cada um olha para o mesmo problema de uma maneira diferente - por conta disso, acabam encontrando uma solução diferente para o mesmo problema.

4) Quando tribos se encontram e fazem trocas, as individualidades são compartilhadas - não só a linguagem é desenvolvida como também as soluções são compartihadas.

5) O conceito de tecnologia só pode ser compreendido tanto dentro do conceito de cultura quanto dentro do conceito de técnica - e ele abrange também a questão da troca.

6) Quando uma tribo A adquire um arco e flecha da tribo B, esse arco será comparado com o arco e flecha que a cultura A produzia, se houver um - se ele for melhor do que o outro, aí ocorrerá a engenharia reversa desse B e esse arco B será adaptado àquilo que puder ser encontrado no lugar A, de modo a ser melhor do que o arco B ou tão efetivo quanto ele.

Continuação da reflexão sobre o parentesco agnato

1) Num conceito mais estrito, agnato é todo aquele que é parente por parte de Pai. No Direito Romano, é todo aquele que estava sujeito à autoridade de um pater familias.

2) O conceito de parente agnato se transformou completamente a partir do cruzamento desse conceito romano com a moral cristã. Como o pai de Adão e o pai de Eva são o mesmo Deus criador, o divino Pai eterno, então nós somos parentes por força agnatícia, pois amamos e rejeitamos tudo aquilo tendo por Deus fundamento. Como Jesus veio a salvar a todos os povos, então o conceito se tornou universal, elástico, distribuído. Isso formou não só uma nobreza, como também a democratizou, de modo a imitar aquilo que decorre da excelência, fundada no mais alto dos céus.

3) Através de Nossa Senhora - que gerou um segundo Adão - e São José, seu castíssimo esposo, esse parentesco agnato se aperfeiçoou em um novo parentesco cognato, tendo por modelo à Sagrada Família Cristã, dando às mulheres um papel que antes não tinham, na vida em sociedade.  Na Idade Média, a mulher tinha uma liberdade sem precedentes - e isso se perdeu a partir do renascimento do Direito Romano e da autoridade do pater famílias, base para o neopaganismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de maio de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre o parentesco agnato

1) Em latim, "agnus" quer dizer "cordeiro".

2) Agnato é tudo aquilo que é próprio do cordeiro. E o cordeiro definitivo é Cristo, pois na cruz Ele pagou pelos nossos pecados.

3) Parentesco agnato é, pois, a grande família de batizados. Embora não tenhamos laços de sangue (parentesco cognato), o amor ao irmão, fundado em Cristo, gera um novo homem e uma nova mulher, a ponto de gerar uma nova família.

4) Como escravos foram batizados e puderam se casar, então estes puderam legar bens aos seus filhos.

5) Como nobres foram batizados, estes podiam se casar com gente de condição inferior (casamento morganático) sem perder aquilo que decorria do título de nobreza. Com isso, o escravo, por força do casamento, era considerado livre.

6) O conceito de abolição de família, fundado na mentalidade revolucionária, se dá por escalas. Primeiro, ocorre a abolição da família agnatícia, coisa que se deu com o protestantismo, que não crê em fraternidade universal. Como o protestantismo preparou o caminho para o libertarismo, o qual, por sua vez, preparou o caminho para o totalitarismo (comunismo), o próximo passo foi acabar com a família cognata, através do amor livre, sem compromisso. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2016 (data da postagem original).

A indiferença é fruto do casamento entre o igualitarismo e a impessoalidade

1) Se a impessoalidade foi consagrada como princípio, então a indiferença, uma das conseqüências diretas da cultura de negação da fraternidade universal em Cristo Jesus, foi tornada a ordem do dia.

2) Se o libertarismo preparou o caminho para o totalitarismo, então o hábito de se atacar constantemente a autoridade da Igreja Católica e promover mentiras contra ela como se algo verdadeiro partiu do protestantismo e preparou o caminho para o libertarismo. E eles usaram a imprensa, recém-inventada, para isso - por conta disso, inventaram a propaganda.

3) É no protestantismo que vemos a promoção da riqueza, do amor pelo dinheiro, como sinal de predestinação, de salvação eterna. E é isto que promove o capitalismo, o amor pela acumulação de capital em si mesma - como isso promove a eficiência como se fosse uma segunda religião, então o mundo é reduzido a um verdadeiro mecanicismo, criando uma solidariedade mecânica, forçada. E isso é arbítrio, pois promove o totalitarismo.

4) Não é à toa que Calvino estabeleceu uma verdadeira ditadura na Suíça - e os príncipes protestantes praticaram um absolutismo de fato  e de direito, fundando igrejas nacionais em que o rei é o corpo temporal e místico da nação, fazendo com que o país fosse tomado como se fosse religião, coisa que promove o totalitarismo. Por isso, o anglicanismo, que é protestantismo, prepara o caminho para o totalitarismo.

5) Também é verdade sabida que quem elegeu Hitler foram os protestantes. Lutero era hostil aos judeus - ele advogava a solução final, coisa que Hitler efetivou, ao matar seis milhões deles.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2016 (data da postagem original).

O igualitarismo é filho dileto da impessoalidade

1) Se o libertarismo prepara o caminho o totalitarismo, então o igualitarismo, coisa que os comunistas tanto pregam, é conseqüência direta do princípio da impessoalidade, coisa que os libertários tanto pregam.

2) Como o igualitarismo é conseqüência da impessoalidade, então tentam transformar o bom em ruim e o ruim em bom. Exemplo disso é o argumento de que todas as religiões são boas, partindo-se da premissa de que todos têm a sua verdade. E isso acaba promovendo um verdadeiro relativismo moral, uma indiferença sistemática, pois corrói tudo aquilo que é mais sagrado, fundado naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

3) Enfim, a busca da liberdade fora da liberdade em Cristo produz um Goebbels, ao dizer que uma mentira dita infinitas vezes se torna uma verdade.

sábado, 26 de março de 2016

Notas sobre a necessidade de aprender sozinho

1) Esse negócio de democratização do ensino é uma grande furada. Num colégio onde não há divisão dos alunos por conta do nível de conhecimento, a vontade de aprender do melhor acaba sendo moderada e até mesmo esmagada pela má vontade dos medíocres, que constituem a maioria da turma, por conta da presença obrigatória, fundada na falácia do direito à educação.

2) A maior prova disso é que, quando a turma de polonês, debandou, o meu padrinho desistiu de ensinar, Eu, que estava realmente interessado em aprender a língua, acabei sendo prejudicado, pois por força dos medíocres o meu desejo sincero de aprender foi esmagado.

3) Eu me inscrevi no São Bento para o curso de inglês, um ano após a debandada da turma de polonês. Ao ver que a turma sabia muito menos do que eu, eu decidi largar o curso, pois a minha vontade de querer sempre mais terminaria esmagada pelo baixo nível dos meus colegas. E eu não tenho tempo a perder com algo que vai ser prestado abaixo daquilo que demando.

4) Não tem jeito - se eu quiser aprender mesmo, eu vou ter de aprender sozinho. Para isso, vou ter de me associar com todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.  

5) Quando começar a viajar pelo país afora, eu vou atrás dos que têm conhecimentos em línguas estrangeiras. E vou passar o máximo de tempo possível com os meus pares até ter um domínio mínimo do idioma. O resto, eu completo com literatura e com o lidar constante com nativos dessa língua. Prefiro agir dessa forma - cursinhos nunca mais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2016 (data da postagem original).

quinta-feira, 24 de março de 2016

Notas sobre ser escritor

1) Escritor, na foma imperial, é escriptor.

2) O escriptor extrai daquilo que está criptografado aquilo que decorre da dor de Cristo. É um sacro ofício - e ao escrever, ele esculpe em texto as suas impressões em autênticas letras d'or, de ouro. Daí que seu ofício é uma vocação - e se isso é feito em língua portuguesa, então isso fica na conformidade com o Todo que vem do Cristo Crucificado de Ourique.

3) Ao morrer, quando o escritor vai pra tumba, pra cripta, sua conversa se estende por gerações a fio - e com isso vai semeando consciências, de modo a que todos tomem o país como se fosse um lar ao conservar a dor de Cristo. Eis um segundo sacerdócio, fundado na ordem da eternidade, que é a ordem dos cronistas.

Notas sobre tomar um país como se fosse um lar por força do destino

1) Para quem nasceu no terceiro ano de pontificado de São João Paulo II;

2) Para quem tem por padrinho de crisma alguém que foi ordenado padre por esse mesmo santo, quando arcebispo de Cracóvia.

3) Para quem tem uma dentista de ascendência polonesa.

4) Para quem aprendeu a língua polonesa, ainda que parcamente, com o próprio padrinho, em paróquia perto de sua casa.

5) Para quem resolve puxar conversa com o padrinho na língua dele e dá de cara com outros da mesma terra dele e não sabe o que fazer, por conta do conhecimento parco e limitado da língua do padrinho.

Eu só posso dizer uma coisa: 

6) A Polônia é parte do meu ser porque esse país de algum modo me escolheu, tal como Deus escolheu meu padrinho para ser sacerdote para sempre, da ordem de Melquisedec. Eu não nasci na Polônia e nem tenho sangue polonês, mas tudo isso por que passei decorre do fato de que este país está implorando para que eu o tome como se fosse um lar, tal como tomo o meu amado Império do Brasil. 

7) Quando estudei polonês, eu o fiz com afinco, tomando o país do Mons. Jan Kaleta como se fosse meu lar, tal como Ruth tomou a terra de sua sogra Naomi. Se não fosse tudo o que aprendi estudando nacionismo, eu teria desistido, tal como os outros fizeram. 

8) Tomar o país como se fosse um lar requer persistência, coragem. Isso que fiz, e faço até hoje, parece que agrada a Deus, pois esses que fazem isso têm o sangue consagrado pelo Senhor - de Ruth veio a Casa Davídica; e desta, o Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Se o meu padrinho me tiver a honra de me ensinar mais um pouco da língua dele, de modo a que eu me sinta pronto para lidar com poloneses, eu vou ficar muito agradecido.

terça-feira, 22 de março de 2016

Notas sobre dote e o processo de formação de princesa

1) Um pai de família é um microcosmos do rei, em sua casa - por essa razão, seus filhos e filhas são um microcosmos dos príncipes e princesas. Eles precisam aprender com o pai a servir à comunidade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Certas famílias têm a propensão de ter mais princesas do que príncipes. Por essa natureza, o pai de família precisa ser necessariamente um formador de princesas - trata-se de um trabalho para a vida, pois formar alguém do zero aos 18 anos não é tarefa fácil.

3) Quando um pai de família é muito honrado e sua família tem uma excelente reputação no meio da comunidade, é muito comum que certas famílias queiram arranjar casamento com as princesas que ele forma, de modo a que sejam boas rainhas do lar. É por essa razão que o dote é uma compensação, um prêmio para o pai que forma moças com excelente caráter, de modo a que sirvam ao marido para toda uma vida.

4) O dote não é comprar uma pessoa, mas recompensar o pai de família com todas as despesas que ele teve de modo a preparar suas filhas para serem excelentes mulheres. Não existe um valor preciso, mensurável, de modo a se apurar as despesas que se têm de modo a se preparar alguém para a vida virtuosa. Por isso, é natural que o dote, a compensação por todo esse trabalho, seja de elevada monta.

5) Famílias grandes, com mais propensão de terem filhas a filhos, passam a vida inteira formando princesas ou adotando crianças do sexo feminino de modo a formarem princesas. O pai que forma princesas, dando-lhes cultura e instrução religiosa, é uma vocação como outra qualquer. Esses pais geralmente são pessoas de altíssima reputação e são as pessoas mais pias da paróquia. O desaparecimento desse tipo de família está muito relacionado à ascensão do feminismo enquanto ideologia, um fruto do utilitarismo inglês.

Algo extraordinário está acontecendo

1) Indiquei pro meu amigo Felipe Marcellino a leitura do livro de Zacharias de Góes e Vasconcellos, o livro que trata Da natureza e dos limites do Poder Moderador. E coisas extraordinárias estão acontecendo em Évora, Portugal.

2) Zacharias de Góes e Vasconcellos foi o primeiro presidente de província do Paraná, o primeiro governador. Foi o mais importante primeiro-ministro do Império. Tinha vida austera - era quase um monge leigo, isso sem mencionar que foi advogado pro bono de D. Vital na chamada Questão Religiosa. 

3) Zacharias de Góes e Vasconcellos foi primeiro-ministro quando nosso senhor, o Imperador D. Pedro II, reinava no nosso país. Além de ser governador do Paraná, ele foi governador de outras duas províncias do Império.

3) Lula diz que teme a República de Curitiba (Província Imperial do Paraná, na verdade). Esses ventos de mudança que vêm do Paraná parecem obra do Zacharias de Góes e Vasconcellos, pois ele está intercendendo por nós. Quando formos rezar, peçamos a intercessão de Zacharias de Góes e Vasconcellos para que o comunismo caia, com as coisas que estão vindo da tal "República de Curtiba". Peçamos a Nossa Senhora das Graças e ao Cristo Crucificado de Ourique também.

Mais detalhes da segunda carta de meu amigo



Caro José,

Pedi a um colega, que tem um telefone mais avançado, que tirasse uma fotografia da janela por onde passou a senhora. Está em anexo.

Vê-se, do outro lado da rua, o antigo Carmelo de Évora. Infelizmente, encontra-se abandonado. Mas a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, ao lado, está sacralizada e em funcionamento normal.

Tenho uma série de registos pessoais, de eventos místicos, que ocorreram aqui. A minha atenção foi chamada ao carmelo desde que uma pomba branca (a única que vi na cidade até hoje) começou a aparecer no parapeito, por horas a fio.

Felipe Marcellino

Segunda carta de meu amigo Felipe Marcellino a mim

Caro José,

Hoje, mais uma vez, não acreditei no que se passou.

Pelo que lhe contei no último e-mail, fiquei com tanto entusiasmo que comprei um caderno para fazer os apontamentos necessários, durante a leitura do livro. Estou a aproveitar a minha hora de almoço diária para o ler com disciplina, tendo começado ontem.

Assim que abri o e-book que me enviou, olhei para a janela, e vi passar naquele exacto instante a senhora do Paraná! Penso que não é mais um sinal, mas um milagre explícito. Parece que o Sr. Zacharias de Góes e Vasconcellos já está no céu a interceder por todos nós.

O que estou a contar tem ares de absurdo, mas eu posso confirmar. Trabalho no andar térreo de um edifício do centro da cidade, e a tal senhora mora por estas bandas, não muito perto mas também não muito longe. No entanto, foi a primeira vez que a vi por aqui. Ainda tenho de lhe contar pessoalmente tudo que está a acontecer.

PS. Conheço a senhora há pouco mais de dois meses; encontramo-nos pela primeira vez na Igreja de Santa Clara, onde fazemos voluntariado pela Fundação AIS.

Felipe Marcellino

Mais sobre a verdadeira expansão empresarial

1) Se a liberdade é uma prerrogativa que decorre da verdade, então o fato de servir de modo a conquistar a confiança de seu semelhante é um tipo de evangelização - e é isto que faz com que a teoria da produção em círculos concêntricos esteja em conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso que o empresário deve ser como um Cristo: deve tratar seus empregados como se fossem seus irmãos e estar presente na comunidade de modo a servir a todo aquele que precisar de seus serviços, tal como São José servia, quando exercia o ofício de carpinteiro.

2) Ao contrário das projeções econômicas que só apontam uma tendência que pode vir ou não a se tornar uma realidade, a verdadeira expansão de uma empresa se funda na estrutura da realidade e das circunstâncias, pois a empresa é parte da comunidade daqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. O atendimento da demanda depende do surgimento de uma oportunidade real, vinda de uma pessoa de carne e osso - e é preciso atendê-la dentro daquilo que é possível, já que isso é próprio da vocação empresarial. Quando uma demanda é bem atendida, outras demandas surgirão, por força da indicação - e para atendê-las, é preciso se organizar de tal modo a que possa atender ao maior número de pessoas do melhor modo possível. 

3) Cada cliente bem atendido dá ao empresário o incentivo para que possa se expandir e passar para escala seguinte, pois a legitimidade dá á permissão necessária de modo a que possa atender a uma clientela diferente, com poder aquisitivo diferente e de um lugar diferente.

Na ordem do amor ao dinheiro, a ordem da escala de produção se dá em círculos secantes

1) Na economia fundada no amor ao dinheiro e na ambição desmedida, a busca pelo sucesso e pela expansão rápida dos negócios a qualquer custo faz com que a teoria das escalas de produção se reduza a verdadeiros círculos secantes, pois, por conta da sabedoria humana dissociada da divina, o empresário inescrupuloso estará manipulando o tempo de modo a que tenha um lucro maior.

2) Nesta economia, os juros arbitrados serão confundidos com juros livres, uma vez que são fundados na especulação, na manipulação das coisas para o fim específico de lucrar sempre mais. Como a especulação implica necessariamente a não participação num investimento, então a economia tende a ser impessoal, indiferente à real demanda das pessoas, uma vez que os produtos serão todos baseados em algo genérico e padronizado, algo abstrato e sem compromisso com a excelência, coisa que funda em Cristo.

3) Na teoria dos círculos secantes, o tamanho da empresa está medido na ambição do empresário - o que faz com que a economia alcance um caráter subjetivo, psicológico. O que vemos como algo pequeno, na verdade, é um vir-a-ser grande para o empresário ambicioso. Ele se valerá da cultura do "jeitinho" de modo a obter vantagem em tudo - além disso, tenderá a escolher as coisas pelo que é conveniente e dissociado da verdade. Tenderá comprar a tudo e a todos de modo a que tenha ainda mais poder de modo a usar, gozar e dispor das coisas como mais lhe aprouver - e os empregados serão vistos como acessórios, que podem ser dispensados, já que o ser humano é algo que nunca será levado em conta.

4) Esta é pois a ordem da economia descristianizada, fundada na acumulação do capital como um fim em si mesmo, como se fosse uma máquina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de março de 2016 (data da postagem original).

A verdadeira expansão de uma empresa se funda na verdadeira confiança

1) A produção em pequena, média e larga escala está compreendida em círculos concêntricos. Cada círculo só pode ser preenchido com trabalho duro e serviço fundado na confiança. Isso demanda tempo - e esse tempo será preenchido de maneira lenta, gradual e segura, como é próprio da vida virtuosa, pois essas coisas se dão no tempo de Deus.

2) A verdadeira confiança, marcada pela presença da pessoa do empresário no meio da comunidade dos que estão em conformidade com o Todo que vem de Deus, se dá maneira de pessoal - e ela só pode ser conquistada de maneira discreta, reservada. Por isso, não existe substituto para a indicação e para o boca-a-boca.  Trata-se de um microcosmos da monarquia - o empresário deve ser não só uma espécie de Cristo para os seus empregados como também deve estar na comunidade servindo a todos aqueles que precisam de seus serviços. E enquanto serve, ele vai preparando a família desde o berço para sucedê-lo nesse trabalho - e a empresa tende a crescer naturalmente com o passar das gerações.

3) Se a expansão da empresa se der através de publicidade em meios de comunicação em massa, então a confiança será falsa. A relação econômica será utilitária, impessoal, fundada no amor ao dinheiro. Assim que o empresário falecer, o sucessor da empresa não será necessariamente alguém da própria família, mas alguém tecnicamente capacitado para gerir os rumos da empresa e por um tempo determinado, pois a economia da empresa será uma república em microescala.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Notas sobre o princípio de que o juiz conhece o Direito

1) Se o juiz conhece o Direito, então ele deve conhecer a lei que se dá na carne - e não pode julgar as coisas fora desta linha.

2) Ainda que a legislação positiva seja omissa, ele pode julgar as coisas com base na Lei Natural, de modo a suprir as eventuais lacunas da lei positiva - e ele pode julgar fundado em boa razão, conforme o Todo que vem de Deus.

3) Julgando sob o amparo da Lei Natural, ele estará encontrando a verdade contida nas relações humanas, a partir do conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. Ele não estará legislando, mas buscando uma solução.

4) O julgamento fundado na Lei Natural não exclui a possibilidade de se aplicar a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito. Mas a aplicação da analogia, dos costumes e dos princípios gerais do Direito só é válida se for feita de modo a não trair aquilo que decorre da verdade revelada - esses julgamentos devem ser fundados em boa razão e de maneira bem fundamentada, coisa que pode ser feita de maneira breve, sucinta. Como a sentença tem força de lei, então uma sentença contrária à Lei Natural é inconstitucional - e seus efeitos práticos são nulos.

Notas sobre o princípio da non reformatio in pejus no âmbito legislativo

1) O princípio da não-traição à verdade revelada implica também o princípio da non reformatio in pejus no âmbito legislativo.

2) Se o legislativo reforma as leis com o intuito de prevenir conflitos de interesses qualificados pela pretensão resistida, então ele não pode legislar de modo a criar conflitos na sociedade, de modo a perverter tudo aquilo que há de mais sagrado, fundado na Aliança do Altar com o Trono.

3) O princípio da non reformatio in pejus implica, no âmbito da ordem política dos cidadãos livres, se funda no princípio do desenvolvimento do dogma. Tal como ocorre com a Igreja, certos institutos jurídicos podem ser criados, aperfeiçoados ou extintos de modo a atender às circunstâncias sociais, desde que não traiam aquilo que decorre do Todo que vem de Deus. 

4) A reforma dos institutos jurídicos implica uma constante readequação das formas de modo a atender à missão que o Cristo Crucificado de Ourique nos legou: servir a Ele em terras distantes. Como no legislativo há, por natureza, a cultura do debate, então a legislação vai sendo elaborada de modo a conciliar e resolver todas as contradições, de modo a que tudo fique em conformidade com o Todo que vem de Deus. 

5) De certo modo, o Congresso é também um tribunal de relação, mas de modo a prevenir um conflito de interesses. E a prevenção pede um debate racional e sensato, fundado na boa-fé - todas as partes são convidadas a debaterem a questão, de modo a encontrar uma solução sensata e conforme o Todo que vem de Deus. E essa conciliação é também garantida pelo Poder Moderador, exercido pelo Imperador, o Pai da Pátria que rege a nação de modo a que ela se tomada como se fosse um lar em Cristo.

Examinando a constitucionalidade de uma reforma legislativa

1) Dizem que uma norma B, mais e recente e tratando da mesma matéria, revoga norma A.

2.1) Se olharmos para a coisa em si, isso é verdade - contudo, as coisas devem ser vistas sob o prisma da Lei Natural, que é a verdadeira Constituição, base sob a qual se funda o senso se de se tomar o País como se um lar em Cristo, causa de nacionidade. 

2.2) Se a norma B tratar da mesma matéria que a norma A com o intuito de perverter ou trair tudo aquilo que é mais sagrado, então isso é inconstitucional, pois tenta revogar por forças humanas aquilo que foi divinamente instituído ou que decorreu disso - seria uma reformatio in pejus no âmbito legislativo, pois a ordem piorada se funda no pecado, que é fruto de sabedoria humana dissociada da divina e esta está querendo impor à falsidade entre nós em lugar da verdade, a partir do momento em que se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. A norma não terá efeito enquanto sua constitucionalidade não for confirmada por autoridade competente para isso: o Tribunal Constitucional. Basta que se mova uma ação de suspeição quanto à medida tomada que o efeito legal produzido pela norma B será suspenso até que se verifique se isso é ou não conforme o Todo que vem de Deus, a verdadeira Constituição. A recepção dessa ação de suspeição precisa estar fundada em boa razão, para ser recebida. E a boa razão é o fundamento para litigância constitucional de boa-fé

3) Quando há suspeita de que a norma B contraria a Lei Natural, a presunção de legalidade não se opera, pois o Estado não pode trair  aquilo que é mais sagrado. Se a apresentação desta alegação se funda em má-fé do litigante, o proponente estará permanentemente proibido de pleitear qualquer coisa no Tribunal Constitucional, pois não agiu de maneira honrosa. O litigante de má-fé será tomado como se fosse um apátrida - e perderá seus direitos de cidadão por conta disso, uma vez que litigância de má-fé é crime contra o justo exercício da justiça, enquanto serviço público, coisa que dignifica a pátria. Trata-se, pois, de crime de lesa-pátria.

Carta que recebi de meu amigo Felipe Marcellino

Caro José Dettmann:

Um dia após ter recebido a sua recomendação da obra de Zacharias de Góes e Vasconcellos, falei com uma senhora paranaense que também mora em Évora, tendo ela me dito que nunca votou no PT e que a maior parte das pessoas que ela conhecia, no Paraná, era anti-petista.

Mais tarde, em casa, espontaneamente fui movido a abrir uma lista de governadores do estado do Paraná, e fiquei admirado ao ver que o primeiro presidente dessa antiga província foi justamente o Zacharias de Góes e Vasconcellos!

Faço a questão de notificá-lo sobre essa ocorrência, que considero um sinal do Pai para a relevância e continuação do estudo dessa obra.

Um abraço e um santo dia para si!

Felipe Marcellino

Pós-escrito:

Zacharias de Góes e Vasconcellos - Da natureza e dos limites do Poder Moderador (1978):
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domingo, 20 de março de 2016

Espírito feudal x espírito mercantil

1) Se o espírito feudal se funda na aliança do colono com o soldado, que por sua vez se funda na Aliança do Altar com o Trono - coisa que se funda na liberdade em Cristo -, durante a época das Grandes Navegações tivemos de conviver com outro espírito, trazido com o Renascimento Comercial: o amor ao dinheiro, coisa que leva à economia fundada nos monopólios, fundada no pecado da ganância. 

2) Se tudo se reduz ao dinheiro, então qualquer coisa pode ser mercantilizada. Os comerciantes portugueses compravam os escravos das tribos guerreiras africanas e os revendiam na América, como se fosse coisa. A Igreja combateu duramente a ação nefasta dos que praticavam a mercância, esta atividade marginal, fora daquilo que foi estabelecido em Ourique.

3) O espírito mercantilista se aperfeiçoou na economia de larga escalada trazida por conta da Revolução Industrial. Usando ´tecnicas publicitárias e associações com a atividade bancária. Esse mercantilismo gerou um verdadeiro modernismo, destruindo todas as fundações decorrentes do verdadeiro espírito Cristão.

4) A ordem fundada no amor ao dinheiro é essencialmente mercantil e não crê na fraternidade universal - além disso, quer poder absoluto sobre tudo e todos. A atividade mercantil, fundada no amor ao dinheiro, é uma atividade marginal, pois ela relativiza tudo o que é mais sagrado. 

5) Não existe uma luta de classes, mas uma luta de espíritos: o espírito da vida feudal, liberal e conservador, revolucionário no sentido romano do termo (já que a vida se dá em ciclos, como na agricultura), e o espirito da vida mercantil, libertário, conservantista e revolucionário, no sentido germânico do termo, fundado na corrupção e na violência, própria dos bárbaros. Este espírito bárbaro é que prepara o caminho para o comunismo, para o totalitarismo.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 20 de março de 2016 (data da postagem original).

Se a vida é feudal, ela começou a ser globalizada em Ourique

1) Se Cristo veio nos trazer a espada - e com a espada, o arado, em tempos de paz - então a vida, dentro do contexto Cristão, é essencialmente feudal.

2) É no feudalismo que vemos de maneira mais clara a aliança entre o colono e o soldado. Esta vida se espalhou para outros continentes, a partir do momento em que Cristo, na Aliança do Altar com o Trono edificada em Ourique, deu aos portugueses a tarefa de servir a Ele em terras distantes. 

3) Povos inteiros de continentes diferentes foram chamados a servir a Cristo em outros continentes, por força da missão edificada em Ourique. Africanos lutaram como soldados do Império Português, seja como guerreiros ou missionários - alguns foram servir em Portugal também como colonos. A mesma coisa também se deu na Ásia. Na América, tribos inteiras serviram aos portugueses nesta mesma qualidade. Enfim, Portugal globalizou o espírito feudal, próprio do Cristianismo, fundado na aliança do colono com o soldado, coisa que foi edificada na aliança do altar com o trono.

4) A noção de Império, em que há a aliança de povos inteiros, de continentes diferentes, fundada no Deus feito Homem, criou uma verdadeira continentalização das almas - um trabalho sem precedentes na história da humanidade. Estudar este império pedirá muitos anos de análise, de modo a que seja restaurado e tomado como se fosse um lar em Cristo. É um tesouro inestimável que merece ser restaurado. Eis o próximo desafio para a teoria da nacionidade. Por enquanto, não estou à altura dessa tarefa.

Notas para uma economia de larga escala fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus

1) Quando se é um bom servidor e quando se é famoso por conta da qualidade do serviço prestado, então é licito organizar-se de modo a produzir em larga escalada e de um jeito que não se perca a boa qualidade da produção, quando o método era artesanal.

2) Antes de você dizer sim a esse serviço, é preciso estudar e se preparar, ainda quando se é pequeno, e fazer as coisas quando a hora chegar, quando houver uma efetiva demanda por seus serviços para isso. Como isso implicará aumento dos custos, isso implicará um preço maior pelos serviços prestados. Eis a inflação de demanda - a única inflação verdadeira.

3) O segredo da economia de larga escala implica não impessoalizar os serviços, não deixar o dinheiro falar mais alto do que aquilo que se funda naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus - como os valores de Deus se fundam na bondade, na excelência, então isso pede relações empresariais fundadas no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo, bem como no senso de se trabalhar junto, pois a empresa é também comunidade.

4) Servir em larga escala é um tipo de evangelização. E só é lícito fazer dessa forma se você for chamado a fazer isso, por conta do bom trabalho prestado. Como isso é trabalho típico de colono, então a divulgação dos serviços se fará de maneira reservada e no boca-a-boca, pois publicidade é ilusão, é fazer mentira tornar-se verdade, aplicada à economia de mercado - e o capitalismo, fundado no amor ao dinheiro, é também economia de guerra. Eis a ordem dos extrovertidos, dos verborrágicos, dos que falam sem agir de maneira comedida e fundada na caridade.

Notas sobre a falsa noção de sustentabilidade

1) Na ordem libertário-conservantista, o termo "sustentabilidade" está servido de maneira vazia. Como todos têm a sua própria verdade, a sustentabilidade será uma utopia, pois o servir aos outros é uma evangelização vazia, de modo a gerar um verdadeiro relativismo moral. Vocês já reparam que muitas empresas adotam discursos revolucionários e anticristãos?

2) Onde se ama o dinheiro, a economia fundada na prestação de bens e serviços não trará valor agregado, uma vez que se funda no fato de que as coisas não são feitas com amor e com carinho de modo a fazer do seu próximo, aquele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, seu cliente. Onde se ama mais o dinheiro do que a Deus, as coisas são servidas de maneira genérica e padronizada - e nada é feito para durar.

3) Como nada é feito para durar, a legislação, a regulação tende a substituir o bom senso das pessoas, pois a verdadeira lei se funda na carne. Isso não só limita a liberdade como também a criatividade empresarial, além de aumentar os custos.

4) Não é com libertarismo econômico que se combate o totalitarismo - é com cristianismo puro e simples, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, que se cria a verdadeira ordem econômica liberal e conservadora: o distributivismo, coisa que é fundada no comunitarismo.

Obs: Liberal aqui está no seguinte fato: se Cristo é a verdade, Ele é a liberdade. Se Ele deu pleno cumprimento à lei mosaica através do amor, então Ele foi liberal, magnânimo. E as coisas são dadas na bondade, na caridade. E o dar sistemático implica distribuir. Logo, é distributivismo.

Notas sobre debate público

1) Quando o professor Olavo de Carvalho fala de debate público, ele está dizendo que é preciso falar aquilo que é verdadeiro para todos de maneira indistinta, pois isso implica fazer o bem sem olhar a quem. Esta conduta leva não só ao risco da incompreensão, o menor do males, mas também ao martírio moral, tal como vemos hoje. Eis aí que o debate público e o maior dos serviços. Ele depende de soldados vocacionados para essa tarefa. 

2) O problema do debate público numa sociedade descristianizada está no fato de que cada um tem a sua verdade. Como isso nasce numa sociedade onde ninguém crê em fraternidade universal, então a possibilidade de você ser crucificado publicamente por falar a verdade é muito grande. É preciso muita coragem, muito amor ao próximo, de modo a fazer isso. 

3) Para quem tem um senso mais reservado, para quem está dentro do âmbito das catacumbas, o senso de público está na constante ampliação do espaço privado - e para isso ele precisa ter a sua disposição pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, de modo a que possa expandir seus serviços de uma maneira sustentada na verdade. À medida que o exército dos corajosos conquistam territórios, os reservados, os empreendedores que semeiam consciência de modo a que todos possam a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, vão colonizando as almas através da educação e das artes, de modo a Cristo faça nelas Santa Habitação. Como uma fé reta e uma consciência reta dependem de rica formação, esses reservados são exatamente as melhores pessoas para este trabalho, em tempos de paz. Esse trabalho, próprio dos colonos, completa o trabalho dos corajosos, os soldados de Cristo. E o trabalho do colono constrói o verdadeiro senso de público, aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus: pessoas em comunidade amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4) Uma guerra espiritual não será completa se não houver colonos trabalhando ao lado dos soldados. Para cada território conquistado, o colono deve povoar espiritualmente as almas de modo a que o novo território seja tomado como se fosse um lar em Cristo. Ele é um empreendedor na educação e nas artes, base que produz uma fé ainda mais sólida. Ele depende da ação do missionário, do soldado, do conquistador de almas para Cristo, o verdadeiro forjador e destruidor de Impérios.

5) Cristo veio trazer a espada, o trabalho missionário. O que não se vê é que, em tempos de paz, ele também trouxe o arado, a marca do povoamento espiritual por excelência.

6) Tanto o trabalho do soldado quanto o do colono são santificadores. A santidade do corajoso é maior porque ele derramou seu sangue por Cristo, no bom combate. O colono, o menor no Reino dos Céus, ele se torna grande quando serve ou rege seu povo - e ao servir, ele faz com que os últimos se tornem os primeiros, corajosos. São dois trabalhos diferentes, mas extremamente relevantes - cada um serve a Cristo dentro de suas circunstâncias.

sábado, 19 de março de 2016

Por que uso os Partidos Português e Brasileiro como modelos teóricos, de modo a descrever o que penso?

1) Mesmo que os insensatos não criem o Partido Português e o Partido Brasileiro, pelo menos servem de modelo teórico para a teoria política do Império que estou construindo.

2) Ao contrário das teorias políticas que se fundam na abstração, esta teoria política é uma reconstituição acerca da nossa experiência política.

3) Se existe arqueologia política, o estudo dessa cultura política há muito perdida com a República, então é isso que estou fazendo.

Bibliografia para estudos inciais

Alguém me perguntou: qual bibliografia você me indica para estudos iniciais sobre isso?

Eis o que indico:

Da natureza e dos limites do Poder Moderador, de Zacharias de Góes e Vasconcellos.

Crônicas de D. Afonso Henriques, do Frei Antônio Brandão.

A Democracia Coroada, de João Camilo de Oliveira Torres.

A Pátria Descoberta, de Gilberto de Mello Kujawski, que foi um dos mentores do Olavo.

História Constitucional do Brasil, de Aurelino Leal

Teoria Geral das Cortes, de Antônio Sardinha

Muito conhecimento sobre a História do Brasil (Política do Primeiro e Segundo Reinado)

Aulas do Olavo sobre mentalidade revolucionária

Videos do Conde, sobretudo os mais recentes.

Textos meus sobre nacionismo e nacionalismo.

Partidos Português e Brasileiro enquanto partes da técnica das tesouras, no sentido contra-revolucionário do termo

1) O Partido Português e o Partido Brasileiro são parte de uma técnica das tesouras, no sentido contra-revolucionário do termo. Se na revolução a tesoura corta, edita e distorce o documento, de modo a destruir o passado, na contra-revolução a tesoura, junto com a linha de costura é parte do processo de tecer toda uma ordem fundada no de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

2) Conciliando as contradições, por força das nossas circunstancias históricas e políticas, e moderando-as racionalmente por meio do debate e por meio do exercício do Poder Morador, então nós temos fundamento para produzir ago muito verdadeiro e sólido.

3) Eis aí porque devemos restaurar não só esses dois partidos, bem como todas as fundações necessárias que davam sustentação a esses dois partidos. E isso pede não só muito senso de cristianismo, como também amplo conhecimento de História do Brasil e de Portugal.

Da natureza do regressismo do partido português

1) Se o Partido Brasileiro é o partido progressista, o Partido Português é o partido regressista. 

2) O sentido de regressismo não tem relação com o fato de promover o atraso, mas sim de promover o debate político necessário de modo a que a restauração do Reino Unido volte a ser uma possibilidade histórica a ser considerada, uma vez havendo circunstâncias favoráveis para isso - enfim, será o verdadeiro regresso à casa do Pai, após os pecados do nacionalismo e do quinhentismo. Se Portugal conseguir destruir tudo aquilo que se funda na Revolução Liberal do Porto e restaurar todas as verdadeiras fundações daquilo que foi edificado em Ourique, então o parlamento brasileiro, por meio do partido português, se torna um outro tipo de Itamaraty, pois este fará toda uma diplomacia parlamentar de modo a que haja a reunificação dos dois Reinos num Império só.

3) Esse tipo de coisa tenderá a engrandecer ainda mais a pátria - e o continente americano como um todo. Será a vitória definitiva do Império do Brasil sobre os EUA nesta guerra fria que se faz dentro do continente americano, pois as almas todas do continente americano se unificarão numa grande União Ibérica, sob a presidência do Império do Brasil.

Das razões para se aparar constantemente as arestas do partido brasileiro

1) Sobre a questão da necessidade de se moderar constantemente o gênio dos componentes do Partido Brasileiro, isso se deve ao fato de que a nefasta influência do liberalismo fez com que o Império do Brasil renegasse aquilo que foi edificado em Ourique e abraçasse o quinhentismo, ao adotar um símbolo inventado, falso, chamado indianismo.

2) Se o nosso imaginário político se funda desde a literatura, então escritores como José de Alencar prestaram um verdadeiro desserviço à nação. O indianismo renega Ourique - e como a República se funda no fato de se tomar o país como se fosse religião, já que todo um caminho foi preparado para isso, o modernismo, que é o sucessor literário do romantismo, criou um macunaíma, um retrato decaído do bom selvagem de Rousseau. Ele é a consagração da insinceridade que é o nacionalismo, fundado num modelo inventado, fingido - ele é uma caricatura, algo ridículo.

3) A contestação cultural serviu de modelo para a contestação política de modo a destruir todos os fundamentos políticos do Império do Brasil. E o caminho foi todo preparado para o totalitarismo do Estado Novo - quanto mais se abraçou uma falsa brasilidade, fora daquilo que foi edificado em Ourique, mais o Brasil se decaiu. 

4) O Brasil necessita de doses moderadas de Portugalidade, de modo a que sirva como se fosse um exemplo para todo o Novo Mundo Civilizado. Se as republicanas bananeiras do continente americano precisam  ter juízo, elas encontrarão no Império do Brasil a sua razão de ser, de modo a restaurar as Espanhas que foram perdidas, pois o Brasil foi por um tempo possessão espanhola, apesar de fortes elementos da fundação portuguesa.

Da razão da necessidade de se restaurar os partidos português e brasileiro

1) O fato de escrever o que escrevo a respeito dos partidos brasileiro e português se dá por conta de um chamado à realidade espiritual desta terra. Como no presente eu tendo a fazer uma reflexão mais profunda acerca dos fatos do passado, uma vez que as paixões do passado não me afetam, então eu me torno um elo entre esse passado e o futuro, por conta do meu trabalho de analista da História Política e Constitucional desta terra, um dos meus trabalhos enquanto jurista. 

2) A necessidade de restauração desses partidos e de toda aquela circunstância se faz necessária. O parlamentarismo verdadeiro se funda no diálogo dessas duas facções históricas concretas - e esse debate não se da por cunho ideológico, mas por força dos reais destinos da pátria. Esses partidos são por essência a tensão dialética que se opera no âmbito do país, cujo destino foi marcado por conta da secessão a tudo aquilo que se fundou em Ourique, em razão de Portugal ter sido tomado pelas forças da mentalidade revolucionária. A secessão foi uma forma de preservar as verdadeiras fundações da pátria, em face do avanço da ideologia liberal, que prepara o caminho para a mentalidade totalitária. A secessão se funda na nossa sobrevivência enquanto civilização.

3) Como somos do continente americano, a nossa circunstância pede que sejamos a única verdadeira república no continente americano, fazendo um contraponto àquela falsidade estabelecida lá nos Estados Unidos da América. Dentro do nosso continente, há uma guerra fria entre o EUA e o Império do Brasil - uma guerra pela conquista das almas. 

4) O partido brasileiro se tornará grande se fizer o Brasil servir-se de contraponto ao Estados Unidos. E para isso precisará da constante colaboração do partido português, de modo a que o exemplo do Brasil se espalhe por todo o continente.

5) Se a América é dos americanos, ela não deve se fundar na mentalidade revolucionária e modernista dos EUA, mas do exemplo da única república verdadeira que havia na América - o Império do Brasil. E isso se faz dialogando constante com a herança estabelecida em Ourique, que é tanto européia, quanto americana, africana ou mesmo asiática. Por conta disso, o mundo inteiro se funda no Brasil, no sentido mais universal e cosmopolita do termos. Enquanto os EUA se isolaram, o Brasil foi-se integrando, por conta do gênio português. E isso foi interrompido com a República - e à medida que a ordem foi entrando em metástase, ela desaguou no totalitarismo nazi-petista.

Notas sobre a política enquanto ciência do possível

1) Se a política é a ciência do possível, então ela se funda naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. E um dos fundamentos mais básicos disso se dá na regra de que ninguém é obrigado ao impossível. Só o fato de prometer o impossível é fugir da realidade, coisa que caracteriza a mentalidade revolucionária.

2) Se o direito se pauta no que é concreto, naquilo que se funda na realidade, a política deve ser pautada naquilo que é possível dentro da realidade e das nossas circunstâncias, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar, em Cristo. Isso implica dialogar e negociar constantemente com todas as classes profissionais que colaboram de modo a que a pátria progrida tanto espiritualmente quanto materialmente.

3) Do ponto de vista da pátria, duas são as verdadeiras facções deste país: o partido brasileiro e o partido português. 

3.1) O partido brasileiro é um partido novo, que se vale do contexto da secessão de modo a que o Brasil progrida materialmente e espiritualmente - ele tem sua origem por força do conselho de D. João VI a seu filho D. Pedro de que esta terra deve seguir seu próprio destino, porque havia maturidade política para isso, pois, se continuasse unida a Portugal, a Revolução Liberal do Porto mataria esse destino.

3.2) O partido português se funda naquilo que se edificou em Ourique. Esse partido, por ser composto da reserva moral do Reino Unido nascida no Brasil, sempre lembrará ao parlamento de que o legado de Ourique não pode ser jogado no lixo, seja por força do quinhentismo, seja por fora do senso de se tomar o Brasil como se fosse religião. Da cultura de debate e de colaboração constantes surgirá um parlamento fundado nisso.

3.3) Dentro do sentido histórico, o partido brasileiro sempre será um partido mais progressista - e se esse espírito progressista não for moderado, ele será revolucionário, a ponto de se desaguar nesta república apátrida. O partido português é um partido conservador, pois as fundações estabelecidas em Ourique não poderão ser esquecidas jamais. Esse partido é a base da aristocracia - e deverá ser composto por pessoas com forte vocação de historiador, pois eles terão o trabalho de lembrar o que não pode ser esquecido. É deste quadro que surgirão os que atuarão no exercício do Poder Moderador.

4) Quando um partido e outro se moderam no debate, conduzido por conta do Poder Moderador, o resultado será progresso material e espiritual, sem rejeitar as verdadeiras fundações ibéricas.

Notas sobre políticas nestes tempos atuais

1) Se a amizade é a base para a sociedade política, então o primeiro passo para se tomar o país como se fosse um lar é unindo-se a pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento - ainda que estas pessoas estejam dispersas pelo país afora, elas vão te ajudar de algum modo. É o que acontece comigo no facebook sempre.

2) No corpo da pátria, tomada como se fosse um lar, muitas são as vocações. Eu, enquanto escritor, contribuo para a comunidade política semeando consciência quanto à necessidade de se tomar o país como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique - pessoas como meu amigo Márcio Gualberto atuam na política de modo a servir ao bem comum, pois política organizada leva à promoção da caridade, da ordem fundada no amor ao próximo. Embora nossas vocações sejam diferentes, todos nós colaboramos de modo a que o país seja uma grande nação, apesar de todos os vícios.

3) Enquanto escrevo, eu vou me associando aos melhores, ainda que estejam dispersos pelo país afora. À medida que vou recebendo doações, de modo a continuar o meu trabalho, de tempos em tempos farei viagens de modo a me encontrar pessoalmente com os meus pares. Segundo o preffosr Olavo de Carvalho, os ventos da mudança acontecem quando esses contatos dispersos online se encontram pessoalmente, formando uma verdadeira ágora. Eis o Congresso Nacional de verdade - é onde o povo está realmente reunido.

4) A capital é um foro de eleição - é o domicílio por onde o povo costuma ser encontrado de modo a responder por suas obrigações para com a pátria e para com a Cristandade como um todo. E essa capital, por conta dessa natureza, não se dá em Brasília - essa capital, por conta de toda nossa história, é São Sebastião do Rio de Janeiro - basta ver que ela ainda é a capital espiritual de fato de nosso povo. Brasília, por conta da natureza anticristã desta República, é o foro de eleição onde todos os revolucionários e apátridas se encontram, de modo a que o senso de país se reduza a uma religião totalitária de Estado, onde tudo está nele e nada pode estar fora dele. Rio de Janeiro ainda é a capital onde as melhores cabeças da nação poderão ser encontradas - esta cidade tem uma vocação aristocrática e é disso que nós precisamos.

5) Desde que me tornei católico, eu comecei a perceber a dimensão espiritual da minha cidade. E vi a importância dela para o Brasil a partir da minha relação com as melhores mentes que encontro na minha paróquia. Se houver uma onda de renovação nacional, ela ressurgirá de cada paróquia em nosso país. E se o facebook me permite que eu me encontre com os melhores, então por extensão posso conhecer mais gente por força do ambiente paroquial, tal como aconteceu com o meu amigo Helleno De Carvalho. E é assim que a coisa ocorre.

Notas sobre a alegação de que a lei prevalece sobre o costume

1) Há quem alegue que a lei prevalece sobre o costume. Para que isso seja verdade, a lei precisa ter pleno cumprimento no amor - e não é à toa que Cristo é Deus feito homem, pois Ele nos ensinou isso. Todos os bons costumes decorrem do fato de que a lei mosaica se fez na carne e seus valores foram ensinados a todos através do bom exemplo, coisa que se dá na vida reta, na fé reta e na consciência reta.

2) Se o costume decorre desse fato, então a lei positiva não pode se valer da alegação de que está acima do costume, de modo a moldar o mundo e a sociedade segundo o bel-prazer de todos aqueles que usam a sabedoria humana dissociada da divina, de modo a ter poder absoluto sobre todos. A simples alegação da lei positiva estar acima do costume, dentro de um ponto de vista positivista, é um argumento totalitário e inconstitucional, pois viola o princípio da não-traição à verdade revelada, fundada no verbo que se fez carne.

3) É por conta desse absurdo que existem leis que pegam e leis que não pegam. O povo é maciçamente cristão - a lei mosaica já está internalizada na carne de cada brasileiro. Ainda que o Estado esteja separado da Igreja há 127 anos, esses valores permanecem vivos. 

4) O próprio descompasso da ciência jurídica moderna, pregada em universidades descristianizadas, e os valores do povo são a causa desse fenômeno. Esse fenômeno não pode ser tomado como se fosse coisa, no sentido de destruir os valores cristãos. A existência desse fenômeno a aponta a necessidade de se restaurar a Antiga Aliança do Altar com o Trono, coisa que foi firmada em Ourique e que fundou o Brasil. E a monarquia, que é fruto dessa aliança, é o caminho para isso.

Como a auto-educação ajudou a traçar o meu destino

1.1) Desde 2012, desde que passei a me dedicar quase que exclusivamente à vida online, eu aprendi muita coisa, por minha própria conta e risco. Melhorei meu inglês por streaming, comecei a fazer o COF do Olavo de Carvalho, assisti videos do youtube de gente interessante, de modo a aprender mais. Enfim, desde que comecei a seguir meu próprio ritmo, a questão do curso presencial se tornou uma coisa desnecessária para mim, a ponto de ser um verdadeiro atraso de vida.

1.2) A alegação de que a convivência com os colegas é própria do aprendizado é desnecessária para mim. Eu fiz curso presencial na minha vida por muitos anos - e só encontrei gente medíocre que só sabia encher o meu saco. A grande questão do bullying está relacionada ao fato de que o ensino em escola, o presencial, é obrigatório - por isso, sou obrigado a ter de conviver com todo tipo de gente, exceto os melhores. Com o advento da internet, sujeitar-se a isso se tornou desnecessário - foi na Internet que encontrei pessoas do meu nível, ainda que dispersas pelo país afora.

1.3) Além disso, há a questão do trânsito, nos dias úteis, ou a escassez de condução, nos fins de semana. Do jeito como é estressante, é muito esforço e muito pouco resultado.

2.1) Estava conversando com os meus pais e achei melhor continuar as coisas da forma como venho fazendo, já que é mais jogo pra mim fazê-lo dessa forma. Embora eles tenham ficado decepcionados com o fato de que decidi desistir do curso de inglês no São Bento, coisa que esperamos por três anos, sinto que o tempo que passei online me deu uma visão muito ampla das coisas. Ganhei uma liberdade sem precedentes aqui - e foi com base nessa liberdade que passei a empreender, fazendo o que melhor sei fazer: escrever reflexões de qualidade. Quando eu quiser fazer um curso presencial, eu contratarei um professor particular e ele virá até a mim, de modo a que possa aprender as coisas no meu ritmo, sem pressa; num primeiro momento, o contato com o professor é importante para tirar as dúvidas, coisas essas que são próprias dos neófitos. As aulas se darão no meu lar - e o professor terá café, um lugarzinho onde dará aula e será tratado como se fosse um amigo da família. E isso é próprio do distributivismo, coisa que aproxima pessoas.

2.2) Se houver gente próxima a mim interessada em estudar junto com esse professor particular que contratei, podemos rachar o custo com o professor. É muito melhor do que mercantilizar o ensino e impessoalizar as coisas. Desde que comecei a viver a vida paroquial, estar sempre próximo à comunidade, com pessoas que amam e rejeitam as mesas coisas tendo por Cristo fundamento, se tornou algo muito importante para mim. É esse tipo de coisa que eu gosto - e vejo que isso realmente funciona. Pelo que sei, esse negócio de se adaptar ao mundo, fundado na sabedoria humana dissociada da divina, é uma perda de tempo. E o meu trabalho me permite que eu evite o mundo, o diabo e a carne - quanto à questão de estar no mundo, a vida online supre. Se houver gente excelente, eu dou um jeito de conhecer essas pessoas pessoalmente, se houver tempo e circunstância favoráveis. Se amigos são os escolhidos, então são os escolhidos de Deus que suprirão aquilo de que necessito. Sem o  Espírito Santo para me guiar, eu faria a pior escolha possível.

2.3) Além disso, a alegação de que o curso oferece certificados, de modo a me garantir um emprego futuro, não é conforme o Todo que vem de Deus - o mundo moderna preza o papel, mas não o homem de carne e osso. A sociedade brasileira é uma sociedade impessoal por excelência - e a cultura do diploma favorece a cultura da mediocridade. Eu dancei conforme essa música por muitos anos - e só me dei mal. Desde que segui o exemplo do Olavo, eu estou progredindo com a ajuda da internet.

3) Estamos vivendo um novo tempo - o que a internet fez pelo Brasil ajudou a quebrar muitos vícios de nossa cultura. Pela primeira vez os melhores, ainda que dispersos pelo país inteiro, estão se juntando - se a sociedade política começa pela amizade, então a internet criou uma nova forma de amizade, coisa que não havia antes. O determinismo geográfico foi rompido - e a aproximação das pessoas por conta do conteúdo se tornou algo real. É essa revolução na amizade que está renovando a sociedade  brasileira pra melhor - se somarmos esse trabalho do Olavo, então os frutos serão ainda maiores.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Confiar em estatísticas é não ter imaginação

1) Em estatística, a contagem dos números se dá partir do fato tomado como se fosse coisa. Essa realidade só olha apenas o lado material - ela não olha o lado que não se vê.

2) 60 mil pessoas são vítimas de homicídio, todos os anos - isso é o que se vê. O que não se vê é que essas pessoas, enquanto fossem vivas, poderiam gerar novas pessoas. A justiça não ama os não nascidos - por isso, não é capaz de perceber a dimensão espiritual da pena de morte, tal como está atestada no Antigo Testamento. Ela faz isso porque o Estado não está aliado àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, uma vez que o modernismo rompeu essa aliança sagrada. Se essas 60 mil pessoas fossem pessoas jovens, pelo menos umas 180 mil pessoas foram mortas, uma vez que se negou o direito de os não-nascidos nascerem, ao matarem o seu genitor, que não teve a chance de conceber um novo ser ao mundo.

3) Há ainda o princípio da causalidade - cada milhão desviado em maracutaia e falcatrua é menos um milhão faltando nos hospitais. Como as pessoas morrem sem assistência, esse homicídio decorre do dinheiro desviado. Como a morte de um gera a morte de muitos que poderiam decorrer dele, então a corrupção é genocídio. Eis aí coisas que não são vistas, mas que decorrem da lógica.

4) Embora digam que os números governam o mundo, na verdade o que governa o mundo é o princípio da causalidade, bem como o senso de eternidade, pois são essas coisas que nos levam à conformidade com o Todo que vem de Deus. A estatística, dentro do âmbito público, é um atestado de pobreza em face da gravidade que isso representa. É um indício de falta de imaginação, de senso de humanidade.

A história da república é um verdadeiro genocídio que se dá ao longo das gerações

1) Muita gente defende corrupção como um crime hediondo, pois ela leva ao genocídio. Não só o homicídio de um ser, singularmente falando, é genocida, pois mata todos os que poderiam decorrer dele - há ainda o homicídio sistemático de vários seres no presente, com o propósito de despovoar o mundo no futuro - e isso é parte da agenda globalista. E a corrupção no governo, em nome da causa revolucionária, é o caminho pra isso.

2) A rigor, crime hediondo é quando o sangue da vítima é derramado por fins fúteis e vãos. E se o sangue da vítima foi derramado, o do agressor, ainda que seja o de uma organização criminosa, também deve ser derramado - isso é o que o Antigo Testamento dizia.

3) Se nossa constituição não permite pena de morte. então a nossa lei de crime hediondo é fora daquilo que se dá na Lei Natural. Por isso é inconstitucional, pois o acessório segue a sorte do seu principal, a inconstitucionalidade deste artigo da Carta de 1988, pois atenta contra a Lei da Boa Razão.

4) Além disso, existem dois tipos grau: a corrupção praticada pelo PMDB, que é fisiológica e egoísta, e a corrupção do PT, que prepara o caminho para o totalitarismo. Como a fisiologia é conservantismo e isso prepara o caminho para o totalitarismo, então esses dois partidos já derramaram o sangue de muitas pessoas no Brasil, além das 60 mil vítimas de homicídio por ano. E o PSDB é cometeu crime comissivo por omissão - sua covardia permite o assassinato de muita gente.

5) Esse é o retrato da Nova República - uma verdadeira necrologia.

6) Se o socialismo é morte, então os 127 anos de república geraram o assassinato de centenas milhões de pessoas no Brasil - por isso, a república, ao matar o futuro e a esperança, matou tanto quanto o comunismo. E olha que isso não é contabilizado em estatística.

Notas sobre o método ucraniano

1) Na Ucrânia, eles pegaram um político e o atiraram literalmente na lata do lixo.

2) Existe uma deputada petista que é lixão até no nome: Moema Gramacho. Seria mais sensato pegar essa mulher e atirá-la na lata de lixo, que é o seu lugar. Ela veio do lixão de Gramacho - e ao lixão de Gramacho voltará.

4) Aqui no Rio, seria mais sensato fazer isso com esse viado e maconheiro do Eduardo Paes. Atirem esse FDP no lixão de Gramacho. E em caso de reincidência, atirem-no do alto da Pedra da Gávea, só pra ver se ele quica.

5) Como não temos Rocha Tarpéia, então ela quebra o galho. Essa era a antiga pena que os romanos davam para os que praticavam a rapinagem - roubo sistemático dos cofres públicos na calada da noite. Os revolucionários não têm escrúpulos - até mesmo à luz do dia fazem isso, pois é verdade sabida que, por trás de um superfaturamento, pessoas morrem por conta disso. Basta ver o que ocorre nos nossos hospitais, onde as pessoas morrem sem assistência.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Expondo um erro do Olavo

1) Olavo, certa ocasião, falou que D. Luiz não quer ser coroado. Esse argumento é um verdadeiro absurdo - isso só favorece o argumento boçal de que a monarquia está morta. A luta pela restauração da monarquia se funda na eternidade, com base no Cristo Crucificado de Ourique - se Deus não for o centro de todas as coisas, nada mais fará sentido.

2) Mesmo que o Olavo saiba muita coisa, a declaração dele já desqualifica a opinião do Olavo como opinião abalizada para estas questões específicas.

3) No momento em que estava explicando essa questão a um colega monarquista, houve gente chegando ao debate de maneira arrogante, dizendo que estou a dizer bobagem. Se o Olavo fosse mesmo monarquista, ele faria uma defesa séria da monarquia nos mesmos moldes como faço, sem perder a qualidade de suas reflexões. O Olavo não parece ter a dimensão daquilo que se funda em Ourique - pelo menos, é o que vejo em seus textos.

4) A própria postura de certos alunos do Olavo, de ofender quem discorda dele, é criminosa. Bloquearei a todos, sem dó nem piedade. Não sou contra o Olavo, mas não tolerarei quem o toma como se fosse religião.

A facção intervencionista é conservantista e apátrida

1) Quem está a dizer que isto que estamos presenciando vai acabar em pizza não está dizendo a realidade - na verdade, essa gente está repetindo um chavão que foi treinado para dizer a vida inteira. E não é à toa que estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - esta república revolucionária, fundada por milicos positivistas.

2) Essa turma sempre está com uma bandeira da República como foto do Perfil e apóia a intervenção militar. Como já apontaram, a intervenção constitucional, nos termos da Carta de 1988, só ocorre se tiver anuência dos poderes constituídos - como todos os poderes constituídos são ilegítimos, então a intervenção militar não ocorrerá. Isso sem contar que os militares tomam o país como se fosse religião e também colaboraram com o desarmamento do País, historicamente falando. Agora que o Alto Comando está na mão de apaniguados petistas, é melhor que nem se conte com o apoio da caserna.

3) Ou saneamos esse Exército ou façamos um novo Exército, pois este também acabou - e isso já faz muito tempo, pois não combateram os comunistas nas universidades. Eles ficaram com a Teoria da Panela de Pressão, do Golbery do Couto e Silva.

Quem toma o país como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique, tem fibra

1) Há quem diga que brasileiro não tem fibra, mas eu discordo desse fundamento. 

2) Como já falei antes, brasileiros, tal como os crismados, somos poucos. A restauração do Brasil verdadeiro, do Brasil fundado na Aliança do Altar com o Trono, tal como foi edificada em Ourique, começa se pondo Deus como sendo o centro de todas as coisas. Por isso, precisamos consagrar o Brasil ao Sagrado Coração de Jesus e ter uma devoção verdadeira por nossa Senhora das Graças, de modo a que esta esmague a cabeça da serpente por todos nós, como forma de reparação de todos os pecados que foram cometidos ao longo de todos estes 127 anos de República, incluindo o dos pastores omissos, que não fizeram nada para brecar a ação da teologia da libertação, de modo a corromper a Santa Igreja de Deus nestas terras. Até agora, poucos têm essa consciência quanto a necessidade disso.

3) Quem não tem fibra tende a imitar o exemplo do imperador romano Cômodo, filho do Imperador Marco Aurélio. Esse não lutará - esse se perderá nesta vida sem sentido, fundada no hedonismo e no modernismo. Como a maioria só tende a pensar em samba, cerveja e carnaval, a maioria é APÁTRIDA. Os comodistas são conservantistas - e é por essa razão que são todos apátridas. 

4) Pensar que esses apátridas são brasileiros, ao tomar como se fosse coisa o fato de que estes também nasceram nesta terra, tal como o virtuoso aqui nascido, é primarismo mental. Como já falei em artigos anteriores, quando Deus quer consagrar a nobreza do povo, ele consagra o seu sangue, através do exemplo das gerações anteriores - e esse caráter forma a estirpe. É mais natural e mais conforme o Todo que vem de Deus o jus sanguinis - o jus solli nasce do fundamento de que o homem é uma folha de papel, cujo vínculo com a pátria se dá por outra folha de papel. Como o senso de se tomar o país como se fosse um lar não se dá na carne, ele se acomoda e se torna apátrida, ao conservar tudo aquilo que é conveniente e dissociado da verdade - e com isso acaba ficando à esquerda do Pai no seu grau mais básico. 

quarta-feira, 16 de março de 2016

O Brasil será restaurado pelos poucos que são crismados

1) Enquanto eu vejo o pessoal se sentindo covarde e inconstante, sentindo luto pelo país e com forte desejo de ir embora no exato momento em que o PT deixou sua máscara cair - o que é uma importante vitória nossa -, eu, iluminado pelo Espírito Santo, fiquei cada vez mais empolgado, pois, amparado no Santo Espírito de Deus passei a ter uma atitude contrária a da maioria apátrida: passei a falar mais, a escrever mais e a especular cada vez mais sobre a necessidade de se restaurar a monarquia, o Antigo Regime que fazia com que tomássemos nosso país como se fosse um lar, com base no Cristo Crucificado de Ourique. O resultado é que mais gente começou a me pedir indicações de livros para estudar o assunto. 

2) Se o Cristo Crucificado de Ourique elegeu nossos ancestrais de modo a servir a Ele em terras distantes, uma vez que Ele queria fundar um Império voltado para a salvação do mundo, então não podemos ser covardes. E quanto mais estivermos em conformidade com o Todo que vem do quinhentismo, que é fruto de sabedoria humana dissociada da divina, pois toma o Brasil como se fosse religião de Estado totalitário, mais apátridas seremos. E apátrida não é brasileiro - é apenas um ser humano covarde que nasceu nesta terra e que não luta contra tudo aquilo que vai contra a realidade, conforme aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, pois passa de um espectro de homem, cujo destino é perecer voltar ao pó de onde veio, após passar a vida no hedonismo e amando as coisas materiais mais do que a Deus.

3) Lembrem-se de uma coisa: brasileiros, tal como os crismados, somos poucos. Fui crucificado uma vez por falar essa verdade - meu amigo Vito Pascaretta, em particular, é testemunha disso. Se todos devem ir à rua, isso significa dizer que todos os que são herdeiros de Ourique devem ir às ruas - todos aqueles que têm vocação para ser guerreiros, todos os que puderem portar armas de modo a proteger a sua própria família e todos aqueles que não têm a mesma vocação que eles têm. Quanto aos colonos, os que semeiam consciência através dos escritos, eles farão o seu trabalho, tal como eu faço. Eles não covardes - trata-se de uma vocação diferente que o próprio Senhor garantiu de modo a que as coisas fossem orgânicas. O que seria de um exército se não houvesse o trabalho do agricultor, que fornece o alimento necessário, de modo a manter as tropas saciadas quanto á fome? Na guerra se gasta muita energia - e os soldados precisam dormir e se alimentar, pois são seres humanos, pois não são máquinas.

4) Esse lugar comum que espalham por aí de que todos devem ir às ruas não passa de pensamento metonímico. Na verdade, a parte vocacionada para a guerra, a parte militante, é que vai pra rua - a parte que coloniza, a que pensa as coisas, esta cuidará dos seus afazeres e fará tudo o que for necessário, de modo a sustentar a guerra por muitos anos. Afinal, não existe uma guerra sem uma economia de guerra organizada - e não pensar isso é primarismo mental.

Quando o apelo é extremo, a solução é recorrer à Nossa Senhora

1) Se a Jararaca fundou a estrela da morte, a estrela vermelha, então sua cabeça será esmagada por uma mulher que usa na fronte uma coroa de 12 estrelas.

2) Essa mulher que usa uma coroa de 12 estrelas é a Rainha dos apóstolos, dos mártires, dos confessores e dos patriarcas. É a mãe de Nosso Salvador. Não é à toa que 12 é conseqüência do 13-1. A santa tradição edificada pelos apóstolos expulsa tudo aquilo que decorre da serpente, tudo que decorre do demônio, de tudo aquilo que decorre do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Se o princípio do ad Iesu per Mariam é o fundamento que efetiva todas as coisas na conformidade com o Todo que vem de Deus, então peçamos à Nossa Senhora Aparecida a expulsão de tudo aquilo que decorre da serpente: o Lula e esta república maldita, que já dura 127 anos.

Crise se resolve com trabalho

1) A única forma de se vencer a crise, que é política e espiritual, é trabalhando naquilo que se funda na Aliança do Altar com o Trono, edificada desde Ourique. E estudar, da forma como faço, é parte do trabalho.

2) Tal como falei, não existe monarquista sem estudo. Da mesma forma, não existe conservador sem conservar a dor de Cristo - além da fé, você precisa ter uma boa razão para acreditar naquilo que está em conformidade com o Todo que vem de Deus. E para isso você precisa estudar a natureza e a realidade dos fatos que decorrem da nossa vida em sociedade.

3) Para conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, não é preciso estudo - basta se contentar com o que está disponível. Não é à toa que os professores fazem doutrinação em sala de aula - e fazem um belo de um estrago por conta disso.

Quem nasceu primeiro: o PT ou a Jararaca?

1) Há quem me pergunte : quem nasceu primeiro: o PT ou a Jararaca?

2) Do ponto de vista da realidade: Lula, a Jararaca, fundou o PT. Do ponto de vista bíblico-teológico, o diabo, o pai da mentira, se fez carne numa serpente - e em nossas terras, está na forma da Jararaca.

3) Lula decorre da mesma Jararaca que induziu Eva e Adão a comerem do fruto da árvore do conhecimento e da vida. Não é à toa que Deus pôs inimizade entre o que decorre da Jararaca, o comunismo, e a mulher, fundado naquilo que decorre de Nossa Senhora de Fátima, que seria a segunda Eva. E da segunda Eva, um segundo Adão foi gerado: Nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 15 de março de 2016

Notas sobre como a prevaricação é uma forma de manipular a justiça

1) A fraude do plebiscito de 1993 já começa no próprio atraso - Deodoro da Fonseca prometeu esse plebiscito logo que enxotaram do país a Nossa Família Imperial. Esse plebiscito viria com 104 anos de atraso.

2) Quando se prevarica um ato, a finalidade é fazer a justiça não valer mais, pois as coisas flagrantes foram consumidas de tal forma a se tornarem ruínas, pois decisão de fatos pretéritos já prescritos não têm efeito moral nenhum, se não tiver o respaldo da tradição ou do conhecimento da História. Quando se entrega a uma geração despreparada e incompetente o futuro do país, que não aprendeu a história da pátria através do exemplo dos mais velhos, isso é um claro sinal de que essas eleições do plebiscito de 1993 seriam nulas, pois estaríamos julgando matéria prescrita. Quem tinha competência para julgar aquela matéria era a geração da época do golpe de 1889 - ela foi testemunha de todos os fatos; logo, tinha competência para julgar os fatos, pois ela testemunhou tudo. 

4) Ao se prevaricar quanto ao plebiscito, a República sorteou os juízes, no caso o povo, para que este julgasse a seu favor, pois essa geração foi doutrinada com a mentiras da República.

5) Isso sem falar que anteciparam o dia do plebiscito para 21 de abril, data de um feriado fake da República: o dia de Tiradentes, esse Cristo de araque.

Assim como o referendo sobre o desarmamento, o plebiscito de 1993 foi fraudado

1) Há quem diga que o plebiscito de 1993, onde o presidencialismo venceu, foi legítimo. Errado! Até mesmo esse plebiscito foi fraudado. No youtube, a começar por D. Bertrand, há falas claras sobre o tema.

2) A República nunca respeitou a vontade popular - sempre a viu como se fosse um grande órgão consultivo, sem poder algum de decisão. Se o povo decide contra o desarmamento, basta contornar a decisão por medidas administrativas; se o povo rejeita maciçamente o presidencialismo e a República, apesar da doutrinação por que passou durante mais de 100 anos, então está patente que o máximo que a República faz é protelar e prevaricar. Mas nada calará a verdade - esse regime maldito vai cair e nós, o povo, poremos no seu devido lugar o Imperador que a República tirou da gente. 

3) Há quem diga que a monarquia está morta, mas eu creio na ressurreição do mortos. E a hora desse milagre já chegou!

Os fundamentos do verdadeiro liberalismo se dão no verdadeiro homem, que é Cristo

1) Se Cristo é verdadeiro homem, feito à imagem semelhança de Deus, então Ele é verdadeiro operário, verdadeiro administrador, pois é honesto, e verdadeiro banqueiro, pois o messianismo organizado faz com que as ações de caridades sejam organizadas e sistemáticas.

2) Se o liberalismo, aquilo que decorre da liberdade em Cristo, decorre do trabalho duro para se ter o pão de cada, da poupança e do investimento, então todos os fundamentos estão na ética daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus e que se funda na fraternidade universal. A ética desse liberalismo se dá por distributivismo, no dar generoso, coisa que vemos no dízimo todo santo dia, assim como no uso instrumental da riqueza de modo a fazer com que as pessoas possam progredir na vida dia após dia.

3) O verdadeiro livre mercado decorre do princípio da reserva. Encontrar gente neste mundo amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento é algo escasso, difícil de encontrar. E ao encontrar um tesouro vivo desses, seu trabalho deve ser pago a peso de ouro. Pois todo homem bom é um bom operário e um bom administrador - como serve bem ao patrão, ele deve ser bem recompensado 

4) Como a economia de livre mercado é uma economia pessoal, coisa que se dá no lar, então ela edifica nacionidade, pois ela passa necessariamente pela Igreja doméstica.

Notas sobre a diferença entre empréstimo e investimento aplicadas ao contexto do dízimo

1) A doação que se faz à Igreja, de modo a manter o trabalho salvífico fundado naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, deve ser vista como um investimento. 

2) O messianismo de serviço é um serviço organizado - trata-se de um empreendimento cujo trabalho é feito de tal modo a salvar a nós todos do pecado. Se a primeira vinda do Cristo foi feita com base nisso, então a Ele todas as honras são devidas - como doações sistemáticas são feitas em todo o lugar e em todas as circunstâncias fundadas na Lei Natural, a riqueza da Igreja está diretamente relacionada ao fato de ela fazer caridade no mundo inteiro, no sentido de fazer com que o País seja tomado como se fosse um lar com base na Pátria do Céu - e isso é natural, pois a Igreja é a embaixada por excelência. Todo investimento gerado gera dividendos, graça em abundância, benção sobre bênção - e isso é a base da capitalização moral.

3) Quando se dá o que se sobra, a doação é feita com más intenções - toda sabedoria humana dissociada da divina tende a amar mais o dinheiro do que a Cristo. Neste caso, a doação tende a ser vista como um empréstimo, já que o doador não participa do serviço evangelizador. Como ele não faz parte do serviço evangelizador, então ele não recebe juros, na forma de bênçãos. Deus olha para o coração dos homens - por isso, ele devolve o que foi dado com más intenções sem juros, pois a graça não pode ser comprada, mas servida.

4) Eis aí um dado muito importante da diferença entre empréstimo e investimento, explicada em Santo Tomás de Aquino, aplicada à questão do dízimo. Dito por todas as formas, isso faz da Igreja um banco por excelência, por conta do messianismo de serviço de Jesus. Ela é o verdadeiro banco, tecnicamente falando.

Notas sobre História Política e Direito Constitucional

1) A maior evidência de que a História Política de um País não deve ser contada a partir das constituições escritas está no próprio número de constituições já escritas. Quanto maior for o número, maior a probabilidade do conservantismo, do senso de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade em Cristo. Como o conservantismo é estar à esquerda do Pai no seu grau mais básico, isso é um atestado claríssimo da presença da falsidade humana entre nós - trata-se do falso tomado como se fosse verdadeiro, o que é uma evidência de ordem totalitária.

2) Outra evidência está no próprio sistema de numeração das leis ordinárias. Atualmente, nós estamos na casa das 13 mil leis, contando desde a Constituição de 1946, quando o atual sistema foi instituído. Se contarmos as cartas de 1967, 1969 e 1988, houve pontos de continuidade e ruptura - o que é uma marca de constante salvacionismo. E esse salvacionismo gera muita entropia, pois aquilo que poderia ser bem aproveitado da carta revogada termina virando letra morta e esquecido - e no lugar, algo ruim e nefasto acaba tomando conta da realidade, por conta de sabedoria humana dissociada da divina  A combinação de tudo isso só produz mais instabilidade política.

3) Como já falei anteriormente, sábio foi o conselho do pai da Imperatriz Leopoldina ao seu genro, D. Pedro I. A verdadeira constituição, marcada sob o selo da Santa Cruz e da conformidade com o Todo que vem de Deus, basta  - e o resto decorre disso. Todas as leis do Rei ou do Imperador são leis orgânicas - e se elas estão em conformidade com o Todo que vem de Deus, então elas se tornam natural rights, gerando frutos ainda mais nobres - e o estudo sistemático de tudo isso leva àquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Eis o verdadeiro constitucionalismo.

4) Antes de se estudar Direito Constitucional a sério, o jurista precisa passar por um verdadeiro processo de metanóia, de conversão. É preciso internalizar a Lei Natural, coisa que se dá na carne - e o primeiro passo é conhecer a lei mosaica e de que forma Jesus deu pleno cumprimento a essa lei, com base no amor a Deus sobre todas as coisas e no amor ao próximo como se fosse a si mesmo. Uma vez isso estabelecido, aí vem a Aliança do Altar com o Trono estabelecida desde Ourique.