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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Do anti-olavismo como uma forma de conservantismo

Um mérito não se pode negar à campanha anti-olavista. A sanha devoradora da sociedade antropofágica permaneceu, até recentemente, uma força constante, mas discreta, um mal secreto que rastejava nas sombras em busca das suas vítimas e só se tornava visível pelos seus efeitos de longo prazo, por sua vez nem sempre ostensivos e espetaculares. Escritores, artistas, filósofos e sábios iam definhando e morrendo, sacrificados e servidos na mesa da estupidez sem que se pudesse identificar pelo nome um grupo de culpados. Velascos, Tirapanis e similares, agora, encarnam essa força odienta a maligna com uma presença ostensiva, com uma teatralidade histriônica que jamais poderá voltar ao conforto do anonimato. Pela primeira vez a antropofagia brasileira tem exemplares individualizados que podem ser isolados e colhidos para estudo. São como o abscesso que, traz à flor da pele a infecção longamente escondida no fundo do organismo.

Quem acha que me envolvo em "briguinhas" não entende NADA do que está acontecendo. O anti-olavismo é o fenômeno sociopolítico MAIS IMPORTANTE E REVELADOR DO MOMENTO. Nele está a chave de toda a disputa de poder neste país. Esperem e verão.

Olavo de Carvalho

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