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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Como faço a engenharia reversa nos autores que estudo?

1) Houve quem me perguntasse: José, como você faz a engenharia reversa nos pensamentos dos autores que estuda?

2) Geralmente, eu me baseio naquilo que o autor fala - tomo a declaração dele como se fosse coisa e comparo com um outro autor que tenha dito algo semelhante.

3.1) Exemplo: Pasquale Mancini, que é o pai do princípio das nacionalidades em Direito Internacional, dizia que devíamos tomar a nação como se fosse uma segunda religião.

3.2) Borneman, ao estabelecer a distinção entre nacionidade e nacionalidade, dizia que nacionalidade é tomar o país como se fosse religião - e isso se opõe à noção de nacionidade, de país tomado como se fosse um lar.

3.3) Se Cristo é a verdade, então Cristo é a liberdade - e é num país livre em Cristo que fazemos um lar nele. Devemos ver Cristo como nosso amigo, irmão e compatriota. 

3.4) Se tomar o país como se fosse uma segunda religião, este esmagaria a religião verdadeira, até o momento em que se tornaria a primeira, a inquestionável.

3.5) Se o país toma o Estado como se fosse a sua primeira religião, então o ateísmo se torna o eixo condutor da civilização. Como a verdade não existe, então a civilização morreria, pois as coisas não fariam sentido - e as pessoas se matariam com freqüência, por conta do tédio e do vazio que há nessa terra, isso sem contar o assassinato dos que praticam a fé verdadeira, que são tomados como se fossem "dissidentes".

3.5) Kujawski falava que o nacionalismo tende à caricatura. E adorar falsos deuses, feitos de barro, é a caricatura mais perfeita daquilo que Deus falou: "Eu sou seu único Deus - não há outros deuses além de mim"

4) É assim que fui construindo o tema ( o faire le point, como vi no livro O Poder de Celebrar Tratados, de Cachapuz de Medeiros). Este é o segredo de se aplicar engenharia reversa. O fundamento para isso é que eu conheço a verdade e sei o que devo amar e rejeitar tendo por Cristo fundamento.

5) Às vezes, uso métodos nada convencionais: geralmente eu fotografo os meus livros e destaco os parágrafos de interesse - e vou comparando com o que encontro em outros livros de outros autores. Caso eu encontre intertextualidade, monto um texto de ligação - às vezes estabeleço um diálogo entre um autor e outro, como se estivessem num colóquio. Se o Olavo nos mandou sermos ficcionistas imaginários, então eu me valho deste artifício, tendo por base um fundamento concreto.

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