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domingo, 31 de janeiro de 2016

O estrangeiro se separa do apátrida por conta das atitudes

1) Eu não diferencio estrangeiro de apátrida por conta do nascimento. Eu o diferencio por conta de suas atitudes.

2) O estrangeiro, por força de circunstância, pode nascer fora do território brasileiro ter toda a sua vida formada no estrangeiro. Quando ele toma o seu país como se fosse um lar em Cristo e é chamado a servir a Cristo em terras distantes, ele leva essa experiência para esta terra - por isso é tão brasileiro quanto alguém nascido aqui e que toma este país como se fosse um lar em Cristo. E enquanto bem servir a Cristo, ele será um bom brasileiro tanto quanto é um bom polonês. Por isso é um cidadão universal, súdito do Rei do Universo, Nosso Jesus Cristo.

3) O apátrida, quando conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, ele está negando o país em que nasceu, pois não o está tomando como se fosse um lar em Cristo, mas como religião de Estado totalitário, próprio desta República.

4) Se devemos defender nosso país do que é ruim, devemos nos defender dos apátridas, desses bárbaros que estão tanto dentro da fronteira quanto vindos de fora. O mal está no caráter e não no nascimento.

Deus me cumulou de graças neste mês de janeiro

Ao longo deste mês, recebi a graça de escrever mais de 100 artigos em menos de 30 dias.

Ao longo desta semana, recebi outras duas: 

1) A de ver meu padrinho de novo, que andou viajando por este país, ao longo das últimas três semanas.

2) A de conseguir me inscrever no curso de inglês instrumental da Faculdade do Mosteiro de São Bento, aqui no Rio de Janeiro. Há anos queria estudar lá - minha mãe é testemunha disso.

3) Agora, uma avenida está aberta, de modo a traduzir meus pensamentos para o inglês, de modo a que atinja os americanos.

4) Quando tiver domínio pleno da língua inglesa, vou prosseguir nos estudos de língua polonesa, que é praticamente minha segunda língua, por conta de todas as minhas circunstâncias de vida, marcadas pela presença constante de São João Paulo II na minha vida.

Mais argumentos refutando a noção liberal de que corpo é propriedade

Há quem me pergunte: Dettmann, se não somos donos do próprio corpo, por que seríamos donos de nossos bens materiais? Em que sistema cairíamos?

Respondo:

1) O corpo, dentro da tradição cristã é, morada da alma. Devemos cuidar de nosso corpo da mesma forma como cuidamos do templo que é consagrado a Deus.

2.1) Tudo o que conquistamos, as propriedades, decorrem das nossas faculdades. As propriedades, fundadas no direito das coisas, são perpétuas, pois admitem sucessão - eis aí porque propriedade é um complexo de bens adquiridos por conta do trabalho acumulado ao longo do tempo.

2.2) Aquilo que decorre da faculdade decorre do espírito e deve ser distribuído, com base na bondade e na generosidade. Devemos usar nossos bens de modo a nos prepararmos para a vida eterna - eis o sentido da utilidade das coisas, pois o trabalho, o exercício das nossas faculdades a serviço da comunidade, é causa de santificação.

2.3)  O corpo, por não ser perpétuo, não admite sucessão - logo, não é propriedade, mas morada. Por isso, não existe reencarnação.

3.1) Cada alma tem seu próprio invólucro, marca da sua individualidade - a verdade não precisa ser minha ou sua para ser nossa. Eis aí porque Cristo, quando voltar, prometeu ressuscitar os que estiveram em conformidade com o Todo que vem de Deus ao longo da vida.

3.2) Jesus prometeu reerguer o templo em três dias - ele estava falando do templo de seu corpo. Se somos imitadores de Cristo, então tomemos o nosso corpo como se fosse templo do senhor e não como propriedade.

3.3) Se o corpo for tomado como se fosse propriedade, teríamos o poder de usar, gozar e dispor de nosso corpo, podendo até mesmo destruí-lo e isso é dizer que temos poder divino, coisa que não temos.

3.4) Quem tem o poder usar as coisas tenderá a abusar, pois a propriedade é um direito absoluto, quase divino. Por isso que existem limites dentro da lei natural que disciplinam a relação do homem com as coisas.

3.5) E como já falei, corpo não é coisa, mas morada. Se fosse coisa, haveria escravidão, coisa que é contra a tradição cristã.

3.6) Só o Deus verdadeiro tem o direito de nos escravizar, pois Deus é bom. Só Ele tem o poder de vida e de morte sobre nós.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

sábado, 30 de janeiro de 2016

O que é uma tradução?

1) O que é uma tradução senão uma cópia de um pensamento em uma língua A e convertida para a língua B, com todas as suas nuances, virtudes e defeitos?

2) Como toda cópia, tem seus altos e seus baixos - elas revelam a natureza imperfeita do ser humano. Eis aí que ele é criatura e não Deus, tal como o libertarismo quer nos impor, através de políticas públicas que fomentam o relativismo moral.

3) Se eu quiser ser um tradutor perfeito, então eu devo conhecer o pensamento do autor que pretendo traduzir. Conhecer sua vida, suas angústias, as dificuldades epistemológicas com as quais ele teve de lidar, de modo a produzir aquilo que pretendo traduzir depois.

4) Se o estilo é o homem, então a  vida, a personalidade, as circunstancias de vida do traduzido são parte do cabedal que compõem a tradução. Converter tudo isso de um modo mais fiel possível ao original não é tarefa das mais fáceis.

5) Há quem advogue que os livros não devem ser traduzidos, de modo a honrar as tensões da realidade que resultaram na produção desse livro. E que o ideal seria que todos lessem na língua original. Eu estou de acordo - o problema é que na nossa sociedade não existe uma cultura de liberdade, de modo a que pessoa busque o conhecimento por si própria. Ter uma família está cada vez mais sendo desincentivado - e mesmo que você forme a sua família, você será forçado a ter de pôr seu filho na escola, de modo a que ele vire rato de laboratório das pedagogas, que ensinam tudo o que não presta e que decorre dessa República maldita.

6) Outro fator que inviabiliza essa cultura de liberdade está no fato de que muitos tomam o país como se fosse religião de Estado. Se o país é tomado como se fosse religião de Estado, então a verdade decorrerá da lei positivada do Estado, fundada em sabedoria humana dissociada da divina. E todos os subsídios econômicos e civilizatórios que instituirão a ordem do bem-estar social dependerá de todas essas políticas públicas - e isso é caro e vazio. Não é à toa que essa falsa nacionidade, fundada num amor a um falso Deus, está entrando em colapso. E é justamente isso que está matando a civilização fundada no Deus verdadeiro - ela criou um vácuo de poder, que está sendo aproveitado pelos muçulmanos.

7) Enfim, sem essa cultura de liberdade, fundada no Deus verdadeiro, jamais haverá preservação, tradução, muito menos desenvolvimento cultural e civilizatório.

Método para se traduzir um livro

1) Copie as frases de um livro (em inglês, em francês ou em outra língua qualquer) e tente traduzir as frases do parágrafo. 

2.1) Se o parágrafo seguinte atualiza ou contextualiza o parágrafo traduzido, atualize a tradução. 

2.2) Se o entendimento do parágrafo depender de uma informação complementar, de modo a entender o que está sendo escrito, então vá para a bibliografia indicada pelo autor.

3) Do texto traduzido para o português, refaça o estilo, de modo a ficar o mais simples possível. Se necessário, faça a análise sintática dos termos da oração, de modo a entender o que está sendo produzido.

Da importância de se copiar à mão para se traduzir um texto melhor

1) Se ao copiar o livro à mão você imita o estilo dos escritores, você tende a aprender os erros e acertos do escritor, que é um ser humano tal como todos nós - um ser imperfeito.

2) Da posse do conhecimento dos altos e baixos do livro, você faz uma tradução para o vernáculo e uma versão melhorada desse autor, de modo a que na sua língua os vícios desse autor sejam corrigidos.

3) Como escritor de língua portuguesa, você deve ser às vezes o autor da língua original, de modo a dizer as coisas de modo a que um falante da língua portuguesa possa entender. E o método mais natural de imitação que se pode conceber é copiando sentenças à mão e traduzindo, de modo a ficar o mais simples e completo possível.

Da importância de copiar textos de modo a imitar o estilo dos grandes escritores ou melhorá-los

1) Inspirado numa matéria que vi sobre uma estudante do ABC que copiou a Bíblia, tratei de copiar os Princípios de Economia Política, de Carl Menger, não só para praticar a caligrafia como também para extrair informações importantes do livro que estou copiando.

2) O lado bom de estar copiando à mão é que você está honrando todo o esforço intelectual de quem escreveu o livro - você passa a raciocinar da forma como o escritor pensou e passa a ver outras maneiras de introduzir um texto mais simples, de modo a que fique mais claro e objetivo.

3) Além disso, se os parágrafos forem enumerados, você terá uma referência do que pode ser tirado do livro e comentado. Até mesmo as notas de rodapé, coisa que muitos não notam, passam a ser vistas com mais detalhes. A leitura fica mais ativa e você tende a aproveitar mais o trabalho.

4) Quem acha isso atraso de vida não passa de um débil mental. Se é preciso imitar os grandes escritores, então a melhor forma de se desenvolver o estilo é copiando os textos dos grandes escritores e vendo a sua viabilidade literária. Se o estilo faz o homem, então o homem se só se torna um escritor quando imita os melhores e os sintetiza num só corpo - o dele próprio, que serve a todos os outros dentro de suas circunstâncias.

Matérias relacionadas: http://adf.ly/1WBXmz

Como os antigos e os modernos enxergavam os bens?

A) Definição dos antigos sobre os bens:

1) Aristóteles (em seu livro sobre a Política) define a natureza dos bens como tudo aquilo que visa ao bem-estar e à felicidade dos homens, sem o qual a vida humana seria impossível. 

2) Essa definição está relacionada aos aspectos éticos da finalidade dos bens. Isso influenciou decisivamente o pensamento medieval, que passou a relacionar os bens com a vida eterna. Tudo o que nos prepara para a vida eterna e para conformidade com o Todo que vem de Deus é útil - e por essa razão é um bem, pois atende as nossas necessidades humanas, tanto carnais quanto espirituais.

B) Definição de Bens segundo Forbonnais (princípio da definição moderna sobre os bens):

Bens: tudo aquilo que não produz receita anual (frutas e móveis preciosos)

Riqueza: tudo o que produz receita anual, produto interno bruto

1) Tudo aquilo que não produz receita anual é um bem escasso, difícil de ser produzido em massa, difícil de ser impessoalizado, pois o seu custo elevado não compensa a iniciativa de massificá-lo. Justamente por ser um bem escasso, valioso, esse bem tem um valor bem elevado.

2) Todo bem escasso é um bem servido, voltado para todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Um bem servido é um bem a serviço do bem comum, destinado ao bem-estar e à felicidade dos homens. Logo, um bem públco. Por ser um bem fora do comércio, por não produzir renda regularmente, em todas as épocas do ano, não está sujeito á tributação.

3) Todo bem que produz receita regularmente, que possui um ciclo econômico definido, é um bem econômico, pois produz riqueza. Essa riqueza se dá através da produção bens móveis destinados ao atendimento das necessidades da população (economia massificada) e através dos frutos decorrentes dos rendimentos da terra, seja na forma de aluguéis ou arrendamento, para o caso da agricultura. A riqueza produzida por essas duas atividades - uma, de natureza econômica, e outra, fundada em direito real - gera o direito de o Estado tributar essa riqueza, através do imposto de renda.

4) Enfim, o começo do socialismo começa na definição moderna de Forbonnais, que leva em conta a relação entre a riqueza e os interesses de Estado - algo já relacionado aos tempos renascentistas.

5) A partir do momento em que a definição deixou de levar em conta os valores da vida eterna, tudo se reduziu ao mais puro utilitarismo. Como a intervenção do Estado na economia se dá por vias utilitaristas, pragmáticas, então a relegação da vida eterna gerou a noção de materialismo, base para o totalitarismo.

Fontes: Princípios de Economia Política, de Carl Menger - nota 1 do Capítulo 1

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

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Ninguém quer o bem do Brasil

1) Ninguém quer o bem do Brasil, pois este renega as suas origens. Como deliberaram as coisas sem consultar professores de história - ao eliminar praticamente tudo o que vem antes de 1500 ou de 1789, para a doutrinação gritante e das brabas -, agora o "conselho comum" quer eliminar as letras da terra lusa, berço do idioma falado no Brasil.

2) O objetivo é idiotizar, manter as pessoas na ignorância invencível. "Divide e dominarás" - Quem controla o conhecimento, mesmo para o mal, controla o rebanho.

3) É doutrinação bananeira pura! A mais descarada. E os imbecis ligados a área de educação... bem, todos devem ser iletrados comunistas do MEC ligados ao Foro de SP!

4) Precisamos urgentemente acabar com o Foro, com os partidos ligados ao mesmo, com a deforma ortográfica lulista e com o MEC.

Arthur Benderoth de Carvalho​

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Todo conservantista comete crime comissivo por omissão

1) Não opor-se ao erro é aprová-lo - é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. 

2) Quem fica reclamando demais e nada faz não é digno de ser conservador, pois por omissão está permitindo que se atente contra tudo o que se funda na verdade, em Cristo. Por não estar conservando dor nenhuma e ajudando, com a omissão, a ver o mesmo Cristo ser crucificado repetidas vezes, ele está se tornando conservantista.

3) Por isso que eu digo que o inimigo mais temível no movimento não é nem o comunista ou o libertário, mas o conservantista. O moderado conserva o que conveniente e dissociado da verdade - e só por conta disso já prepara o caminho para o radical, totalitário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre a filosofia japonesa

Para o filósofo japonês Tetsuro Watsuji, a única escolha moral verdadeira do indivíduo é a do auto-sacrifício em prol da comunidade. Este filósofo confrontou a filosofia ocidental apontando para o individualismo a que tendem assumir na ética - para ele, a ética não é uma questão de ação individual, mas de esquecimento ou sacrifício do próprio eu, de modo que o indivíduo possa trabalhar em benefício de uma comunidade mais ampla. Ele chamou a isto de "estar entre".

Em seus primeiros escritos (entre 1913 e 1915), ele introduziu o trabalho de Søren Kierkegaard e Friedrich Nietzsche, mas em 1918 voltou-se contra esta posição, criticando o individualismo filosófico ocidental e atacando a sua influência sobre o pensamento japonês e a vida no Japão. Isso levou a um estudo das raízes da cultura japonesa.

Flávio Fortini

Facebook, 29 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Do anti-olavismo como uma forma de conservantismo

Um mérito não se pode negar à campanha anti-olavista. A sanha devoradora da sociedade antropofágica permaneceu, até recentemente, uma força constante, mas discreta, um mal secreto que rastejava nas sombras em busca das suas vítimas e só se tornava visível pelos seus efeitos de longo prazo, por sua vez nem sempre ostensivos e espetaculares. Escritores, artistas, filósofos e sábios iam definhando e morrendo, sacrificados e servidos na mesa da estupidez sem que se pudesse identificar pelo nome um grupo de culpados. Velascos, Tirapanis e similares, agora, encarnam essa força odienta a maligna com uma presença ostensiva, com uma teatralidade histriônica que jamais poderá voltar ao conforto do anonimato. Pela primeira vez a antropofagia brasileira tem exemplares individualizados que podem ser isolados e colhidos para estudo. São como o abscesso que, traz à flor da pele a infecção longamente escondida no fundo do organismo.

Quem acha que me envolvo em "briguinhas" não entende NADA do que está acontecendo. O anti-olavismo é o fenômeno sociopolítico MAIS IMPORTANTE E REVELADOR DO MOMENTO. Nele está a chave de toda a disputa de poder neste país. Esperem e verão.

Olavo de Carvalho

Notas do Olavo de Carvalho sobre o libertarismo

Os termos "direita" e "esquerda" têm vários níveis de significado, que correspondem a fenômenos reais especificamente diferentes, que os nossos lindos doutrinadores e comentaristas de mídia confundem até chegar à alucinação completa. 

1) Desde logo significam “ideologias”, isto é, modelos gerais de sociedade, documentados historicamente em textos e justificados por interpretações da realidade histórico-social modeladas numa linguagem aparentemente científica, mas criadas propositadamente para justificá-los. 

2) Vêm em seguida as auto-imagens justificadoras dos grupos políticos ativistas, as quais só correspondem às ideologias muito esquematicamente, apelando não raro à imitação da linguagem adversária, como por exemplo quando uma facção direitista se apresenta como defensora da “justiça social” ou o esquerdista apela a “valores cristãos”. Esses dois níveis não podem, de maneira alguma, ser descritos e analisados com os mesmos conceitos. 

3) Num outro nível, existem os grupos e partidos reais, liderança e militância. Suas ações só coincidem com a auto-imagem e com a ideologia de maneira remota e hipotética, pois, mesmo supondo-se que tenham o sincero desejo de realizar as metas ali delineadas, têm de primeiro tomar o poder. Estratégia e tática de tomada do poder confundem ainda mais os vários níveis de discurso, por causa das exigências imediatas da disputa, das alianças e da propaganda. 

4) Temos, portanto, não uma oposição dual, mas uma complexa dialética de SEIS elementos que se combinam das maneiras mais imprevistas em cada situação concreta. A confusão leva os observadores mais inexperientes a desistir de saber o que são direita e esquerda e, portanto, até a negar que elas existam. 

5) Essa incapacidade camufla-se, com freqüência, numa afetação de superioridade olímpica, onde o sujeito, justamente por não conseguir entender o fenômeno, acredita que o “superou”. O dr. Feuerstein destaca, entre as principais deficiências da inteligência humana, a dificuldade de seguir DUAS linhas de raciocínio ao mesmo tempo. Imaginem agora o que os nossos iluminados doutrinários e comentaristas conseguiriam fazer com SEIS linhas simultâneas. Anos de treino no modelo dialético da cruz de seis pontas são o mínimo necessário para fazer de alguém um verdadeiro cientista político.

6) Tanto a “direita” quanto a “esquerda”, por sua vez, subdividem-se em vários fenômenos especificamente diferentes, que só podem ser descritos por conceitos criticamente elaborados e distintos. Só para dar um exemplo, o “liberalismo” é um termo que abarca no mínimo seis correntes ideológicas distintas, às quais correspondem na esfera política real não sei quantos grupos entremesclados e confundidos. Não posso explicar isso aqui por extenso e, portanto, só vou dar, a título de amostra, os nomes de seis ideologias liberais:

6.1) Liberalismo econômico teórico de Adam Smith (que só tardiamente viria a ter alguma encarnação política).

6.2) Liberalismo antimonárquico.

6.3) Liberalismo anticatólico.

6.4) Liberalismo anti-estatista. (austríaco).

6.5) Liberalismo católico (herético), condenado em várias encíclicas papais, e antecessor, não raro colaborador, de uma corrente esquerdista, a teologia da libertação. 

6.6) Liberalismo pós-moderno (misto de economia de livre-mercado e de “liberação sexual”, de drogas, etc.)

7) Cada um desses liberalismos aproveita-se, às vezes, da lingüagem de alguns dos outros, criando uma confusão dos demônios. Entendem por que digo que não existem cientistas políticos no Brasil?

8) Os cultores da "unidade" não parecem ter percebido o que está acontecendo: o fenômeno MAIS SIGNIFICATIVO na política brasileira de hoje é o surgimento, dentro do quadro geral da "direita", de uma facção que pretende representar o melhor do direitismo, a sua versão mais linda e civilizada, e que já entra em cena, desde seus primeiros momentos, fazendo uso maciço dos mesmos procedimentos de ASSASSINATO DE REPUTAÇÕES característicos do comunopetismo. Isso, por si -- sem contar o esforço dessa facção para desviar o movimento popular de seus objetivos originários e transformá-lo em servidor da mesma classe política que ele abomina -- já não prenuncia nada de bom.

Olavo de Carvalho 

Facebook, 29 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Kim Kitaguiri x Lech Walesa

Um verdadeiro líder popular age diretamente junto à população, longe das câmeras e dos sorrisos paternais da grande mídia. Um fantoche age sobretudo diante dos holofotes, só se comunicando com a população pela telinha.

O Lech Walesa passou décadas organizando a militância popular - ele só apareceu na mídia quando já era um quarentão. Se, depois de protestos que levaram dois milhões de pessoas às ruas, em vez de passar a organizar a militância no seio da sociedade -- nas escolas, nas igrejas, nas sociedades de bairro --, uma mente iluminada prefere andar a pé até Brasília para pedir que Suas Incelenças votem um "impeachment", só um cego, surdo, mudo e mentecapto não percebe que a referida criatura está boicotando o movimento popular em vez de fomentá-lo. A simples teimosia de continuar discutindo uma coisa tão óbvia já denota alto grau de analfabetismo político praticamente incurável. 

Olavo de Carvalho

Da importância da censura, de modo a nos proteger das heresias políticas

1) Há quem diga que imprensa se combate com imprensa

2) Num mundo libertário, onde todos têm o direito de dizer a sua própria verdade, o simples fato de não haver censura fomenta o relativismo moral, a ponto de se alimentar uma alta traição.

3) O maior erro de nosso Imperador foi não ter exercido sua autoridade, de modo a defender a aliança do altar com o trono, edificada desde Ourique. A imprensa deve ser livre para falar tudo aquilo que decorre de Cristo e que é conforme o Todo que vem de Deus; se ela pregar liberdade fora da liberdade de Cristo, ela estará edificando liberdade para o nada, o que nos tornará cativos da tirania e do totalitarismo.

4) Não opor-se ao erro é aprová-lo - e não censurar artigos de jornal de modo a edificar heresia política entre nós constitui causa de apatria sistemática a longo prazo.

5) Infelizmente, neste ponto, nosso Imperador foi omisso, pois não nos protegeu de um mundo cada vez mais contaminado pela mentalidade revolucionária decorrente da Revolução Francesa. Os republicanos tiveram liberdade para pregar sua heresia política, derrubaram o Imperador e agora estamos nessa desgraça há 127 anos. Eis a lição política que não pode ser esquecida.

A cultura do diploma é um acessório da cultura do corpo tomado como se fosse propriedade

1) A cultura do diploma está intimamente relacionada à cultura de que o corpo é propriedade: se sou dono do meu corpo, então eu sou dono de todos os poderes que me forem atribuídos, por força do título que me vier a ser conferido pelo diploma.

2) Se sou portador do meu diploma e dono do meu corpo, então eu sou um Deus. E por isso, posso fazer o que eu quiser. Eis aí a República.

3) Os parlamentares recebem diploma desde que são eleitos. Como esse é um diploma, eles se acham mais deuses ainda - e usarão e abusarão do poder, pois pensarão que o mandato é de sua propriedade.

4) Se vocês querem acabar com a corrupção, então vocês devem acabar com a cultura do diploma, assim como a nefasta cultura libertária que gera a noção de que eu sou dono do meu corpo, idéia essa nefasta, própria dos que pregam a liberdade fora da liberdade de Cristo.

5) Se sou livre em Cristo e conforme o Todo que vem de Deus, então eu sou escravo do verdadeiro Deus - e devo servir a Ele de modo que o pais viva na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se sou escravo de Deus, então ninguém pode me tratar mal, pois Deus é bom e o homem é criatura, pois não pode saber de tudo e nem pode fazer o que é impossível, muito menos estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, seja no passado, no presente ou no futuro, pois tudo isso a Deus pertence. É por esse fundamento, como servo de Deus, que sou livre. 

6) Combater o republicanismo cultural implica combater o libertarismo, que prepara o caminho para o comunismo.

Notas sobre a natureza da corrupção e sobre importância do Poder Moderador

1) A decisão do parlamentar deve ser vista sob duas perspectivas: uma como agente político exercente do Poder Legislativo, que aprova ou rejeita propostas de lei de tal modo a que sejam normas jurídicas de observação obrigatória perante toda a população; e outra, que o parlamentar é eleitor, quando decide confirmar ou não a escolha de algum agente para ocupar um posto-chave, seja como Supremo Tribunal Federal, seja a colocação de alguém na qualidade de Embaixador do Brasil perante alguma potência estrangeira.

2) Quando ele age como parlamentar, suas opiniões são abertas - e é por serem abertas que ele deve ter a responsabilidade de dizer as coisas de modo sensato e conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso, seu exercício deve ser inviolável - e neste ponto, o foro privilegiado é essencial para o trabalho missionário do parlamentar, pois política é o exercício da prudência e da nobreza em prol do país, que deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo.

3) Quando ele age na condição de eleitor, ele tem o respaldo de que está agindo de maneira independente, livre de pressão do partido ou dos grupos de pressão que tendem a corrompê-lo. Ele está levando em consideração o que é bom para o país e para as futuras gerações - e por isso, ele escolhe este e não aquele candidato para a ocupação de postos-chave que constituem a administração pública nacional. Do mesmo modo como o eleitor comum não pode ser constrangido a votar neste ou naquele candidato, o parlamentar, quando está na qualidade de eleitor, não deve ser constrangido a votar neste ou naquele candidato indicado pelo Executivo.

4) A corrupção afeta justamente este ponto 3, o parlamentar que age como eleitor. Se o eleitor é comprado, então as eleições se tornam um acessório do executivo, um órgão de consulta e não de eleição.  

5) Se o parlamentar, na qualidade de eleitor é comprado, então haverá hipertrofia de fato do Executivo, que tende se tornar hipertrofia de Direito, de modo a se tornar uma ditadura.

6) Para que esses mesmos vendidos sejam sempre eleitos, eles precisam comprar os eleitores comuns. E eles o fazem com bolsas-esmolas e outras medidas populistas.

7) Por isso, é essencial a existência de um Poder Moderador, que deve ser exercido por alguém neutro e de reputação moral ilibada, que sirva à pátria de modo a que os eleitores comuns não sejam corrompidos e nem os parlamentares-eleitores também o sejam. O Poder Moderador protege o povo dos maus governos: como a chave do cofre está na mão do Executivo, basta que haja alguém mal-intencionado cuidando do Erário que a corrupção se torna a norma do dia. A ausência do Poder Moderador leva necessariamente à República, ao governo do arbítrio, fundado em sabedoria humana dissociada da divina.

Da necessidade de se converter terras distantes em terras próximas

1) Em postagens anteriores, eu falei da importância de se tomar vários lugares como se fossem parte de um mesmo lar.

2) Se os aviões supersônicos se tornarem uma realidade, então o nacionismo se tornará mais fácil de ser praticado. Viajar do Rio para Lisboa em até 20 minutos será algo extremamente gratificante e civilizador. Isso não só favorece o trabalho como também a tarefa de servir a Cristo em terras distantes.

3) Tornar estas terras distantes próximas a você, de modo a que possam amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é crucial para se tomar vários países como um só lar em Cristo. 

4) O que favorece o senso de se tomar o país como se fosse religião de Estado é o fato de não quererem a fraternidade universal - e a distância geográfica de certo modo favorece isso, pois favorece o isolamento. 

5) Quando a viagem deixa de ser um inferno e se torna um prazer, ela se torna um meio de santificação. Há muito o que se aprender sobre as diferentes circunstâncias próprias dos lugares do mundo. Integrá-las, de modo a que nos universalizemos e passemos a compreender melhor as razões de ser de nossa pátria, esse deve ser nosso papel principal, caso queiramos descobrir a razão de ser de nossa terra. E esse processo deve ser repetido e atualizado a cada geração, de modo a se tornar uma sólida tradição, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Do potencial da viagem supersônica para o turismo

1) Uma vez eu conversei com a noiva do meu irmão sobre o tempo que levaram para se deslocarem do Rio para Orlando, na Flórida. A resposta: umas 12 horas de viagem.

2) A não ser que eu corra risco de morte, por conta do comunismo aqui, eu prefiro esperar pelo surgimento de um avião supersônico que me leve do Rio para outros lugares do mundo com a mesma rapidez com a qual eu fui do Rio para São Paulo, para o batismo do meu irmão. Gosto de voar, mas ficar muito tempo no avião é muito cansativo e tedioso.

3) 1 hora ou duas no avião é tolerável, suportável. Passar o dia inteiro sentado num assento, lidando com muita gente estranha, isso não bom é pra mim. 

4) Se houver vôo algum dia do Rio para Orlando em até uma hora, eu vou ficar muito contente. Se houver alguma companhia aérea que ofereça essa comodidade a um preço justo, melhor ainda.

Fundamento para o artigo foi esta matéria aqui: http://adf.ly/1W4j7K

Fundamentos da investigação filosófica

''Eu não sou especialista na obra de Eric Voegelin. A única filosofia na qual eu sou especialista é a minha própria. Eu nunca me dediquei a ser um expositor fidedigno da filosofia de ninguém. Eu posso ter escrito uma ou outra coisa a respeito, mas eu nunca fiz uma exposição sistemática da filosofia de ninguém. Por quê? Porque não há tempo. Eu estou lidando com os meus próprios problemas para os quais não há vasta bibliografia. (…) No entanto, é claro que existem algumas filosofias que me ajudam a resolver os meus problemas. Mas eu não estou interessado na filosofia de Eric Voegelin ou de Aristóteles, mas nos problemas em si mesmos. E isso é uma sorte, porque me preserva do academicismo. Se você diz que quer estudar a filosofia de Eric Voegelin, eu te pergunto: Por quê? Qual o motivo? Por que simplesmente faz parte do currículo e por que ele é um homem importante? Ou por que ele pode te ajudar a resolver algum problema que você precisa desesperadamente resolver?

A força da investigação filosófica vem da sua raiz existencial. Até que ponto você está interessado num problema e por que você se interessa por ele? A resposta deve ser a seguinte: 'Eu preciso solucionar esse problema porque, caso contrário, eu ficarei louco! Ele é um problema sério, humano, um problema meu!' Então, se a investigação não está partindo dessa raiz existencial, ela será de segunda mão; não estará partindo de um interesse sério, mas de interesses meramente acadêmicos, como o brilho profissional e editorial. Não que escrever livros seja algo ruim. Mas buscar o conhecimento é muito mais importante do que escrever livros''. (Olavo de Carvalho – Introdução à filosofia de Eric Voegelin)

Comentários:

1) Quando decidi estudar Borneman, eu senti a mesma coisa: queria compreender por que devemos tomar o nosso país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado totalitário. O fato de ele ser considerado um autor secundário é irrelevante - o que me interessou é o subsídio que ele poderia me proporcionar de modo a resolver esse problema.

2) Compreender a razão pela qual devo tomar meu país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta República totalitária me levou a ser um brasileiro mais consciente e me preparou para entender que o Brasil nasceu em Ourique e não no ano de 1500. Neste dia, compreendi que o descobrimento é, na verdade, desdobramento de uma tradição muito linda, razão pela qual somos o que somos. Servir a Cristo em terras distantes é nosso destino e nossa razão de ser - qualquer coisa divorciada disso nos levará à desgraça.

3) Posso me interessar por outros problemas ao longo da vida, mas este em particular me foi mais urgente para a minha formação, enquanto homem nascido num país cada vez mais vazio de sentido. E me vejo na missão de restaurar essa consciência junto aos que me ouvem. Se isto é causa de santidade, então isto vai me levar à santidade. E trabalharei duro para isso.

4) Quando escrevo meus pensamentos, eu o faço por três motivos:

4.1) O primeiro é que tenho mais ou menos a mesma relação que os poetas portugueses têm com a palavra: uma relação quase física. Eu amo meu idioma como se amasse a minha esposa, se eu fosse casado.

4.2) Como parte da evangelização, escrever é parte do meu trabalho. Tenho necessidade de escrever da mesma forma que eu tenho as minhas necessidades fisiológicas.

4.3) Pela minha experiência, gosto de ter um registro de todas as coisas que meditei, pois as coisas vêm e vão. E escrever é como fotografar um evento. Esse evento é único e não volta nunca mais.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Notas sobre o velho Código Civil

1) Quando entrei pra faculdade, pintaram um 22 nas minhas costas (artigo 22 do Código Civil de 1916: os loucos de todo o gênero são absolutamente incapazes)

2) Os que me pintaram 2 patinhos na lagoa nas costas me acusaram de ser o que eles, na verdade, são. 

3) Se esse artigo fosse aplicado, boa parte dos advogados, juízes e promotores seriam considerados absolutamente incapazes, por serem considerados loucos de todo o gênero.

4) Agora entendo porque o Lula revogou o Velho Código Civil.

A falsa direita precisa ser processada

1) Nos bastidores (nas conversas com os meus pais, por trás do facebook e do computador), eles costumam me dizer que sou um dos poucos que sustento posição equilibrada e racional. Eles disseram que, se eu fizesse isso de forma mais aberta, eu iria ter muito mais apoio. 

2) Eu discordo deles em apenas um ponto: fazer uma defesa mais aberta do ponto de vista que defendo. Não disponho de contingente suficiente para me defender quando essa legião de revolucionários, de loucos todo o gênero, vier bater a minha porta (petistas, republicanos, liberais, protestantes e conservantistas).

3) Continuarei atuando nas catacumbas, mas não por covardia - na verdade, foi a maneira mais segura que encontrei de me expandir sem ser dinamitado pelos criminosos. Se eu tivesse algum poder, eu iria processar o Kim, o Azevedo e o Constantino - e os deixaria falidos. Essa turma só preza o dinheiro, mas não a verdade - então, devemos deixá-los sem dinheiro, sem emprego, sem nada. A constituição é inconstitucional, quando prega dignidade da pessoa humana para canalhas de todo o gênero. O lugar dessa gente é ir morar lá debaixo da ponte - da merda vieram e à merda irão.

4) Enfim, toda essa turma que se diz falsamente de Direita deve ser processada. Se tivesse poderes para isso, eu os deixaria falidos. Não iria sobrar um pra contar história.

Como identificar um verdadeiro líder conservador

1) O verdadeiro líder não só define de maneira correta o que é direita e o que é esquerda como também vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus e conserva em seu coração a dor de Cristo, pois sabe que Ele é a verdade, a liberdade por excelência.

2) Quem dá aos conservantistas e libertários - os que se dizem de direita de maneira falsa - a mesma honra e dignidade que se deve dar aos verdadeiros conservadores está se condenando ao fogo eterno. Essa gente que faz isso é um inimigo muito mais perigoso do que uma legião de esquerdistas em porta de sindicato. Essa gente oculta a ação dos criminosos da mesma forma que os banqueiros, quando lavam dinheiro sujo: eles promovem o favorecimento real da ação revolucionária, através dessa esquerda que se diz falsamente de direita.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Notas sobre ação dos consertadores no poder

1) Todo conservador que é chamado de modo a reger seu povo, no tocante a boa conservação ou promoção do bem comum, é chamado de consertador, pois conserta (restaura) aquilo que foi jogado fora, por conta de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Além disso, ele conserta concertando (regendo, governando, fazendo acordos de modo a que o país se desenvolva e progrida tanto economicamente quanto espiritualmente).

2) Se tudo na vida tem jeito, então o que se funda na eternidade tem jeito, pois Cristo veio para nos dar vida - e vida em abundância. 

3) Se a destruição leva à morte, então todas as coisas fundadas na eternidade serão restauradas. Se Cristo venceu a morte, então o acessório segue a sorte do principal.

Dos fundamentos da imaginação literária

1) Na relação do homem com as coisas, toda coisa nova pode ser descoberta ou inventada. Se o homem tiver o conhecimento técnico necessário, essa coisa nova pode ser aprimorada e reproduzida, fabricada.

2.1) Quanto à questão da imaginação, o homem não tem ainda o contato físico com as coisas, mas um dia pode vir a ter. 

2.2) Se alguma coisa imaginada se funda naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, então essa coisa, fundada na verdade, é descoberta e revelada, mas não inventada. O homem não tem o condão de fabricar coisas que o próprio Deus criou, já que ele não é Deus - além disso, o próprio Deus está falando através de fatos, palavras e coisas e devemos falar as coisas da formas como elas são - eis aí a própria noção de realidade. A própria noção de fabricar algo imaginado revela uma invenção, um tipo de sabedoria humana dissociada da divina que tem a intenção de perverte a própria realidade, pois esta vai ficar mais conforme a sabedoria humana dissociada da divina.

2.3) Se nós temos imaginação, a questão é que não só podemos antever a dor dos outros e tomá-la como se nos fosse própria - o que nos tornaria mais humanos e mais próximos de Deus - como também antever todas as outras coisas que poderiam decorrer de algo sobre o qual ainda não se pensou, mas que já é conhecido. 

3) Antever as conseqüências de algo que não foi pensado é um ato de empreendimento. E a literatura, enquanto empreendimento voltado a nos deixar em conformidade com o Todo que vem de Deus, deve ser encarada neste fundamento. Uma boa literatura necessita de muito senso de se conservar a dor de Cristo e de muito senso para se tomar a dor dos outros como se fosse própria daquele que a escreve - e isso é um tipo de distributivismo.

4) Só em lugares onde Deus deixou de ser o centro de todas as coisas é que temos uma literatura vazia e que não reproduz a realidade espiritual de um povo, de modo a tomar o país como se fosse um lar, em Cristo.

A carta de 1988 é inconstitucional

1) Nunca confie numa constituição que invoca a proteção de Deus e que ao mesmo tempo concede isenção tributária a templos de "qualquer natureza".

2) Invocar a proteção de Deus pede necessariamente Aliança do Altar com o Trono. E isso pede Aliança com aquilo que funda no Deus verdadeiro e em tudo aquilo que foi edificado em Sã Doutrina.

3) Dar isenção tributária a templos de "qualquer natureza" é incentivar o relativismo moral. É violação do princípio da não-traição à verdade revelada - e o Regime Republicano é especialista nisso, por ser revolucionário.

4) Não é à toa que a atual Constituição da República, a de 1988, é tão inconstitucional quanto todas as outras constituições: a de 1891, a de 1937, a de 1946, a de 1967 e a de 1969.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre o princípio da simetria

1) Aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus obedece o princípio da simetria. Se a ordem que vem de Deus é uma monarquia, então aquilo que liga a Terra ao Céu nos pede um soberano que sirva a Cristo regendo o seu próprio povo tanto em seu próprio domínio quanto em terras distantes, tal como se dá com os portugueses, desde Ourique. Esse soberano rege esse povo pensando nas próximas gerações e toma o seu país como se fosse um lar, em Cristo - e o seu povo é a sua família, seu maior tesouro que foi posto sob sua proteção, tal como um patriarca.

2) Se o Direito Natural é o direito constitucional por excelência, então esse princípio da simetria é de reprodução obrigatória, pois decorre da realeza de Cristo: se Ele é a verdade, então Ele é necessariamente a liberdade. 

3) Qualquer princípio de simetria fundado em sabedoria humana dissociada da divina só vai levar ao centralismo e ao senso de se tomar o país como se fosse religião. E isso leva ao totalitarismo.

A monarquia celestial precisou vencer o republicanismo celestial primeiro

1) Para a verdade se impor, aquela de que Deus é um só e rege todas as coisas, ela primeiro precisou vencer uma guerra que se travou no Céu primeiro, tal como há no Apocalipse de São João.

2.1) O inferno no Céu está no fato de que todos os deuses, os falsos, têm sua própria verdade.

2.2) Se todos têm a sua própria verdade, então o panteão é a república que se dá no céu.

2.3) Se há anarquia no Céu, então ela vai se ligar à Terra, gerando uma verdadeira anarquia sobre ela, e isso é um abuso do poder das chaves. Isso explica o quanto o Império Romano, fora do Cristianismo, foi uma das piores sociedades humanas da História.

2.4) O Deus verdadeiro expulsou os falsos deuses do Céu e os colocou no seu devido lugar: debaixo da Terra. E a ligação da Terra com o seu subterrâneo está na personificação de seres rastejantes e peçonhentos, que ficam a tentar aos homens de modo a que possam desobedecer a Deus, tal como vemos no Éden.

2,5) É por conta desse grave perigo que Deus mandou seu filho único muito amado para nos salvar, de modo a que tomemos o nosso país como se fosse um lar em Cristo.

2.6) O restabelecimento do paganismo, do republicanismo celestial como justificativa cosmológica do republicanismo na Terra, levou à promoção do libertarismo de todo o gênero (protestantismo, iluminismo, comunismo e globalismo). E foi esse libertarismo que sedimentou o caminho para o totalitarismo, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

3) É com base nesse neopaganismo que o Estado - o ponto culminante das realizações humanas, no dizer de Hegel - se torna uma "Igreja", uma Embaixada do Panteão na Terra - e seu  presidente, ou Imperador tomado como se fosse um Deus vivo, um "papa" fundado neste republicanismo celestial, que nada mais é do que obra do anjo decaído.

4) Não é à toa que a Aliança do Altar com o Trono, fundada naquilo que é conforme o Todo que vem do Deus verdadeiro, é necessária para a sobrevivência do próprio Estado, enquanto instituição humana criada de modo a que possa servir aos homens, de modo a que se mantenham próximos uns aos outros e na conformidade com o Todo que vem de Deus.

Como o libertarismo mata a união trabalhista

1) Em algumas classes profissionais, a chaga do libertarismo foi altamente destrutiva. Exemplo disso são os médicos.

2) Por conta do cientificismo e do ateísmo militantes, cada médico se tornou um Deus que tem a sua própria verdade. Num panteão de deuses que agem desse modo, jamais haverá fraternidade universal - logo, o colega de profissão é um rival, um inimigo que deve ser destruído.

3) Como pode haver união trabalhista, se nenhum médico enxerga ao outro como se fosse um irmão em Cristo? Se não há fundamento para um sindicato de médicos, muito menos uma sociedade empresária será capaz de formar uma guilda, de modo a servir a sociedade como um todo.

4) Logo, uma cooperativa médica será impossível. 

Das condições que formam uma sociedade economicamente organizada

1) Se amigo é quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então dois são os fundamentos para se aprender a amar e a rejeitar as mesmas coisas.

1.1) O primeiro fundamento é tomando a dor do outro como se fosse sua própria. Como já falei antes, é mais fácil você aprender a tomar a dor do outro como se fosse a sua própria quando se convive com o seu semelhante, seja no âmbito familiar, seja no âmbito profissional. Quando as pessoas se importam umas com as outras, elas se associam de modo a defender os interesses de sua classe profissional, seja na forma de guilda, quando se é um trabalho autônomo, seja na forma de sindicato, quando se é um trabalho fundado numa economia subordinada, servil.

1.2) O segundo fundamento é investindo numa pessoa em especial porque você admira o seu trabalho - a atividade profissional organizada ou em vias de ser organizada é uma projeção da alma, pois esta pessoa diz sim a Deus servindo ao próximo naquilo em que ela é capaz de fazer. E este serviço pode ser levado a terras distantes, como se fosse uma espécie de evangelização.

2) Quando você investe num trabalhador em especial, você está transformando-o em sócio - e isso é fato gerador de uma sociedade empresária, uma vez que a questão da affectio societatis está presente nessa relação.

3) Se você investe em seu corpo profissional, de modo a que todos sejam sócios da mesma empresa, então todos se tornam donos dos meios de produção da empresa. Logo, os poderes de usar, gozar e dispor são distribuídos a todos os interessados, o que implica distributivismo dos poderes inerentes da propriedade, o que acaba criando um ambiente de trabalho mais familiar, pois todos conhecem a todos - e os conflitos de natureza profissional terminam sendo resolvidos dentro do âmbito da própria empresa, o que leva a uma menor intervenção do Estado e de seu direito totalitário, positivado de modo a ficar fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) A cooperativa não só resgata os elementos da guilda como também reafirma a tendência natural de os indivíduos se associarem por conta de amarem e rejeitarem as mesmas coisas, por conta de viverem juntos ou trabalharem juntos. Se isso tem fundamento em Cristo, o sindicato é o primeiro passo para se converter a economia subordinada, fundada no amor ao dinheiro, em economia livre, fundada no fato de a empresa ser uma comunidade econômica, formada de modo a servir a cidade como um todo.

5) Enfim, do particular para o geral, começa-se a natural expansão da economia cristã, fundada na justiça e na fraternidade universal, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo - e não como se fosse religião de Estado da República.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Todo escritor deve ter o seu diário

1) O professor Rodrigo Gurgel​ costuma aconselhar a todo aquele que deseja ser um escritor profissional a ter sempre um diário, pois  o mesmo pode te servir de base de modo a que você desenvolva suas reflexões. Além disso, no diário você tem um registro para a coleta de dados, tão necessária para a construção do romance e de todo o enredo que vai girar em torno do livro.

2) Pela minha experiência, eu aconselho que você separe os registros do diário por temas. Você começa desenvolvendo por partes e depois vai juntando tudo, de modo a que fique um sistema completo. 

3.1) Se você escrever da forma como escrevo, dividindo os argumentos em tópicos, cada tópico de um artigo A pode ser aproveitado num C, que é o casamento de um artigo A com o B. 

3.2) Dependendo das circunstâncias e dos dados coletados, o teu ponto pode ser desenvolvido de uma maneira diferente - e isso te dá uma outra faceta do mesmo objeto analisado, sem que aquilo que é verdadeiro e conforme o Todo que vem de Deus termine sendo relativizado. 

4) Com esta ferramenta, o trabalho do escritor será que nem o do jardineiro. Seu jardim só estará completo a partir do momento em que tudo o que é essencial está dentro dele; quanto ao dispensável, essa parte deve estar do lado de fora. Só depois é que acrescentamos o resto, quando houver uma demanda por mais detalhes sobre isso.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Sentir a dor dos outros é um modo de sentir a dor de Cristo

1) Se a pessoa sábia aprende com os erros dos outros, então é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus sentir a dor dos outros como se fosse sua própria. 

2) Se o outro é escritor como você, então você toma a dor dele como se fosse sua. Se por conta da lei de usura os bancos tupiniquins mordem quase metade dos direitos autorais, então a dor dele é também sua, pois você poderá algum dia estar na mesma situação que a dele.

3) Às vezes, para melhor conservar a dor de Cristo, você precisa ser da mesma classe profissional do seu semelhante, de modo a compreender a cruz que o outro carrega, por força da profissão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2016.

Como os bancos tupiniquins conspiram contra a cultura brasileira

1) Em alguns sites de e-books, alguns escritores recebem direitos autorais em dólar. Quando eles são jogados nos bancos tupiniquins, os bancos mordem 40% dos rendimentos, na hora de converter dólar pra real, já que eles têm um preço de câmbio próprio, por força da lei de usura (já que eles têm o direito de arbitrar um preço paralelo ao oficial).

2) Os bancos acabam se tornando sócios incômodos, pois mordem 40% por cento do meu rendimento e não participam da minha atividade, sugerindo temas sobre os quais eu possa escrever. Além disso, eles financiam a atividade cultural esquerdopata, tal como fazem os Setúbal, do grupo Itaú. Por conta disso, acabam trabalhando contra mim.

3) Por isso que prefiro depositar meu dinheiro no paypal, de modo a que eu possa comprar alguma coisa, caso esteja precisando.

4) Bem que estou certo em fazer o que faço agora: escrever em troca de doação.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A lei da oferta e da demanda é uma falácia

1) Praticar os mesmos preços - de modo a conquistar o gosto do consumidor e, consequentemente, a sua confiança - é uma questão de costume.

2) Se o costume, no âmbito da prestação de serviço, é um indício de que os preços são justos e em conformidade com o Todo que vem de Deus, como podemos tomar este acessório a lei e o principal, a Lei de Deus, não? Isso não faz sentido. Trata-se de um non sequitur.

Notas sobre o contexto cultural em que foi enunciada a lei da oferta e da demanda

1) A questão da lei da oferta e da demanda surge num contexto de tecnicismo - algo muito comum aos tempos do século XIX. E foi nessa mesma época que surgiu o positvismo, onde a lei tende a prevalecer sobre o costume.

2) Só num ambiente em que se dá muita primazia às ciências naturais é que vemos as coisas se reduzirem a lei tal como são as leis da física. Trata-se de um tipo de gnose, pois ignora a questão da fraternidade universal e da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Embora a troca seja um fenômeno regular e constante, ela deve ser olhada com os olhos voltados para a Lei Eterna - o homem é criatura e está sujeito à Lei Eterna de Deus. Se o fenômeno da troca for tomado como se fosse coisa, então ela será reduzia a uma lei e isso vira um mecanicismo. E a economia se torna uma técnica de manipulação - e isso favorece a uma intervenção maior no Estado na economia, justificando o argumento de que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

O libertarismo não gera vida gregária

1) Nenhuma sociedade fundada com base no amor ao dinheiro edificou vida gregária. O amor ao dinheiro leva ao individualismo metodológico - se todos os indivíduos têm a sua verdade, então a vida seria um conflito permanente de todos contra todos. E isso é promover a cultura da morte, pois nega a fraternidade universal. Seria a desgraça completa.

2) Por isso que nenhuma sociedade desenvolveu seu senso de nacionidade amando mais o dinheiro do que a Deus. Pois o amor ao dinheiro leva a se edificar liberdade fora da liberdade de Cristo, base para se edificar um espectro de ordem, fundado numa liberdade para o nada, que na verdade é a nossa prisão.

3) Todas as sociedades que abraçaram a Cristo se tornaram livres, pois Cristo foi liberal, magnânimo, pois veio para que todos tenham vida - e vida em abundância. Quem conserva a dor de Cristo é necessariamente livre em Cristo e o imita em seu liberalismo, em sua magnificência.

4) Adotar praxes capitalistas, fundadas no amor ao dinheiro, tal como os protestantes fazem, é perverter tudo o que é mais sagrado.

Notas sobre a lei da oferta e da demanda

1) A lei da oferta e da demanda tende a ver as coisas de forma automática, pois toma como se fosse coisa a impessoalidade da economia e a praxe dos mercadores, que manipulam o preço de acordo com seus interesses.

2) Os mercados, justamente por serem um ponto de encontro entre o comprador e o vendedor, tendem a praticar os mesmos preços costumeiros, de modo a manterem uma relação justa e de serviço para com o comprador.

3) O que é fundado no costume se funda na justiça, no fato de se tomar o comprador como um irmão, alguém com um igual em Cristo. Tomar o costume como se fosse uma lei é perverter a confiança. Mais grave ainda é positivá-la, sem olhar para as circunstâncias - a lei positiva é abstrata e fria e ela não tem a flexibilidade necessária de modo a se adaptar as circunstância de um mundo que muda constantemente. Só os costumes é que possuem essa flexibilidade.

4) Não é à toa que usura e positivismo tendem a ser sinônimos. Pois o crescimento do Estado, divorciado das leis de Deus, depende do quão subserviente ele é ao interesse dos mercadores.

Notas sobre especulação

Situações de jogo que encontro no Patrician II - Quest for power:

1) Lübeck, sede das minhas atividades, está demandando cerâmica. Na cidade vizinha, que fica a menos de um dia de barco, a cerâmica custa em torno de 250 dinheiros; em Gdansk, o centro produtor de cerâmica por excelência e que fica a um dia de barco de Lübeck, o preço está em 180 dinheiros. Faço a compra e volto para Lübeck.

2) Quando Lübeck não tem esse bem a oferecer, eles costumam pagar 360 dinheiros.

3) Enfim, quando uma pessoa é experiente e conhece as praxes comerciais dos mais variados centros comerciais que compõem a Liga Hanseática, ela tende a manipular o sobe-e-desce dos preços - eis o fundamento da especulação.

4) O sobe-e-desce dos preços depende da oferta e da demanda. A compra dos produtos pelo menor preço possível e a venda pelo maior preço possível é uma questão de oportunidade. Quando  o vendedor troca a circunstância X (compra pelo menor preço possível) pela circunstância Y (venda pelo maior preço possível), ela está fazendo uma troca intertemporal e maximizando o financiamento de sua atividade. Como está a almejar o dinheiro, então essa manipulação do tempo passa à margem da oferta e da demanda - e ao passar à margem da oferta e da demanda e ao manipular o tempo com a especulação, ele está a praticar economia de ordem pública - e com isso, a impessoalidade, base para se edificar liberdade para o nada. Se o comprador tivesse a oportunidade de ver como é a praxe do mercador, ela perceberia que se sentiria lesada - algo que costumamos ver na usura.

5) A economia impessoal tende a ser abstrata, pois ela visa muito a conhecer o que cada cidade produz de bom, a escolher o melhor momento de comprar e o melhor momento de vender. É uma economia de manejo - e ela não olha para o que o povo está precisando, mas para as melhores condições de venda. Trata-se uma economia técnica, fundada em números e não em pessoas. Se os números governam o mundo, então o dinheiro é tomado como se fosse um Deus e o Estado tende a ser tomado como se fosse religião.

6) O germe do Renascimento Comercial levou necessariamente ao ressurgimento da usura e à descristianização da sociedade, no longo prazo.

Da natureza produtiva ou improdutiva de um empréstimo

1) A classificação do empréstimo ser produtivo ou improdutivo leva em conta duas pessoas em três situações:

1.1) O empréstimo é produtivo aos homens, mas não para Deus. Eis a usura, pois o homem quer ser Deus e usa sua sabedoria humana dissociada da divina, de modo a ganhar mais dinheiro - e para isso, ele quer manipular o tempo a seu favor. Eis a ordem privada querendo se sobrepôr à ordem pública fundada na bondade.

1.2) O empréstimo é produtivo aos homens e é produtivo para Deus. Eis o investimento. Quando o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, você investe nas pessoas de modo a que elas possam servir aos seus semelhantes - se elas fazem algo de extraordinário, em conformidade com o Todo que vem de Deus, então o dinheiro que deu fundamento para a atividade produtiva deve ser remunerado com juros.

1.3) O empréstimo é improdutivo aos homens, mas é produtivo para Deus. Eis a caridade. Quando se empresta ao pobre, você está emprestando para Deus. Se o pobre resolve com esse dinheiro tudo o que precisa e passa a ter uma atividade produtiva, ele, que é rico em honra, pagará esse empréstimo não só restituindo a quantia paga, como também dará uma recompensa fundada no quanto este empréstimo lhe foi útil aos seus propósitos. Essa recompensa é fundada na gratidão e Deus faz desse pobre o instrumento dessa generosidade. Ele pode te dar um dinheiro a mais ou ele pode dar algo diverso de dinheiro e que tende a valer mais do que o próprio dinheiro - e isso se chama lealdade, base para se amar e rejeitar as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento.

2) Para Deus nada é impossível, pois só Ele é capaz de converter algo improdutivo em algo produtivo. E a verdadeira riqueza está nisso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2015/04/notas-sobre-o-conceito-de-emprestimo.html

Notas sobre risco e incerteza

1) A questão do risco e da incerteza na economia está fortemente relacionada à impessoalidade.

2) Quando você está servindo de maneira impessoal, o risco tende a ser maior, pois haverá mais chance de haver conflito de interesse qualificado pela pretensão resistida. Logo, o Estado terá de intervir a partir do momento em que a economia impessoal passa a ser a base da vida humana. E é assim que começa a publicização do Direito Privado.

3) Se o risco maior leva a lucros maiores, isso implica necessariamente custos maiores - pois o Estado tenderá a ser maior, justamente porque o Deus do dinheiro vive necessariamente da negação da fraternidade entre nós.

4) Numa ordem onde a verdade, aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, é conhecida e obedecida, o risco é zero, pois você confia no seu próximo. Se você serve bem ao seu próximo, a recompensa virá, dentro do tempo de Deus, que é generosidade.

5) Mesmo numa ordem de conhecidos, o único risco que há se dá por força das circunstâncias - pode haver mal desempenho das colheitas, um desastre marítimo e outras coisas que não dependem da ação humana - e isso é força maior. Contra a força maior, a única solução possível é seguro, de modo a mitigar os prejuízos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

O homem não é Deus e não pode manipular o tempo - logo, a taxa de juros

1) Se Deus é a verdade e é a liberdade, então Ele é o senhor do tempo e da História.

2) Se juros são a remuneração do dinheiro que é investido em alguém ou em alguma coisa, em função do tempo, então quando você empresta para o pobre, você está necessariamente emprestando para Deus. Se Deus é a verdade, então o juro será livre, pois está relacionado à generosidade e à bondade de Deus.

3) Juro contratual fundado em sabedoria humana dissociada da divina tem natureza pragmática e materialista. O homem não é Deus e não pode manipular o tempo. Logo, o juro estipulado no contrato nunca será livre, mas arbitrado, com base na praxe comercial, que é subjetiva. E o que é arbitrário é limitativo - e isso não tem fins bons.

4) Além do mais, o juro arbitrado no contrato tende a ser impessoal e pode ser cobrado em questões de natureza improdutiva, quando não se envolve produção de riqueza. Eis aí o fundamento do relativismo moral, pois o deus do dinheiro será mais amado do que o Deus verdadeiro. 

5) O que torna a usura uma prática nefasta é o fato de o homem querer ser Deus, ao querer manipular o tempo a seu favor - e com isso, a taxa de juros.

Notas sobre a relação entre empréstimo e caridade.

1) A questão do empréstimo tem uma forte relação com a caridade - sempre que eu um irmão te pede alguma coisa de que necessita, de maneira provisória, ele te pagará com juros.

2) Não estipule por força de sabedoria humana o juro do empréstimo. Deus é o autor do tempo e é no tempo d'Ele que você receberá a recompensa pelo empréstimo que você fará ao pobre. A recompensa pode vir em duas vezes ou até 100 vezes mais - é o próprio Deus, em sua infinita bondade, quem arbitra.

3) A maior riqueza do pobre é a honra - ele honrará o seu compromisso. Quando chegar a hora de pagar, ele não só restitui a quantidade pedida como também te dá algo a mais, como prêmio pelo serviço prestado - às vezes, essa coisa pode ser diversa de dinheiro e pode valer muito mais do que a moeda, pois se funda na bondade de Deus.

4) Mesmo que a sabedoria humana dissociada da divina arbitre juros baixos, ela está desincentivando a caridade. Pois o empréstimo ao pobre é um empréstimo a Deus - e como o tempo é prerrogativa d'Ele, então Ele é quem arbitrará a recompensa, pois o juro é livre, fundado na verdade. O que resta a fazer é sentar e esperar - e a coisa virá.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Conselhos para quem quer ser professor

1) Uma das coisas que sempre quis ser era professor. Quando meus pais souberam da minha decisão, eles me deram este conselho: não dê aulas em sala de aula - a clientela não está boa, no momento.

2) Desde que descobri que a vida online é infinitamente melhor do que a vida presencial, onde me sinto ilhado por medíocres, por força das circunstâncias, eu decidi tomar a iniciativa de ensinar o pouco que sei. No momento, não o faço por vídeo, mas escrevendo. E depois de algum tempo, comecei a receber doações por conta do meu trabalho, ensinando as coisas a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Na vida online, principalmente na rede social, você não é obrigado a ter de suportar gente que não está nem aí para o aprendizado, pois o ensino é uma forma de apostolado. Desde que passei a bloquear os sacanas sem dó nem piedade, eu adquiri um poder muito grande de controlar quem entra e quem sai no meu perfil.

4) O Olavo manda essa gente ir tomar no cu; eu, que fui educado para não falar palavrão, faço algo tão agressivo quanto um palavrão: tudo que faço é bloquear o sujeito sem dó nem piedade, por conta do fato de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade. Quando percebem que são bloqueados, eles ficam falando palavrão para o nada - e eu fico todo satisfeito, pois não ouço e não vejo nada, já que matei a presença do demônio.

5) Na vida online, professor e aluno se encontram - não há sujeição do aluno ao professor, por conta da ficha de chamada, e nem sujeição do professor ao aluno, por causa do dinheiro do pai de aluno e da indisciplina.

Os falsos monarquistas são o último bastião do quinhentismo

1) Daqui a poucos anos, por conta do fato de defender a aliança do Altar com o Trono com base na missão que herdamos no Cristo Crucificado de Ourique, eu receberei a mesma alcunha que o professor Olavo de Carvalho recebeu de seus detratores: a de guru de seita (algo que parece ser sinônimo de chefe de quadrilha). Isso sem contar que serei acusado de "colonialista", por defender a restauração do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

2) Se eu fosse guru de seita, se eu fosse um herege mesmo, eu falaria coisas terríveis de Cristo e da Virgem Maria - até mesmo atacaria o Papado e suas prerrogativas. Por acaso, eu faço isso? É claro que não!

3) Por acaso tomo meu Imperador como se fosse um Deus vivo? Por acaso advogo uma Igreja Brasílica, nos mesmos moldes da Igreja Anglicana, em que tomo o Estado como se fosse religião?

4) Esses que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, que estão infiltrados no meio monárquico, são tão rasteiros quanto são os republicanos. Eles são o último bastião do quinhentismo - e até onde sei, eles são extremamente pérfidos e sorrateiros.

Efeitos do conservantismo na pregação monárquica

1) Mesmo a causa mais verdadeira, sendo sustentada por uma pessoa falsa, acaba perdendo o seu crédito, pois o acessório, a mentira, segue a sorte de seu principal, o mentiroso.

2) De nada adianta ser monarquista se você for uma pessoa falsa, fingida, que só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Cristo morreu e foi crucificado, sob a alegação de que ele era rei dos judeus, quando, na verdade, sabemos que seu Reino não é deste mundo - se a Igreja é a esposa de Cristo e nós conservamos a dor de Cristo em memória do fato de que Ele é a verdade e a liberdade, então é crucial para o monarquista ser conforme o Todo que vem de Deus ou correrá o risco de ser um fingido, junto com o seu protestantismo. 

3) Quando digo a alguém "vá embora e leve sua causa junto", alguns têm a impressão de que estou sendo antimonarquista. Na verdade, eu estou expulsando o falso e o espectro de causa que ele defende, que abrange tudo, menos a monarquia fundada na Aliança do Altar com o Trono, base para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Digo isso porque já lidei com monarquistas de araque, mais interessados em puxar o saco da realeza e conseguir títulos de nobreza sem fazer o esforço nobre e pessoal de fazer este país ser tomado como se fosse um lar, dentro da missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique. 

5) Governo de intrigas palacianas por excelência, você encontra na República. Se você tem vocação para isso, melhor sumir do meu mural. Monarquistas de araque não são muito diferentes dos Reinaldos, Constantinos e Kims da vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Da importância dos tribunais simbólicos

1) Em uma aula de Direito Romano, eu vi que os romanos tinham tribunais memoriais - uma vez o fato prescrito, ou não sendo mais possível punir criminalmente alguém já falecido, os romanos costumavam julgar simbolicamente um mau imperador - e a pena capital para ele era o esquecimento e a conseqüente destruição de todos os registros relativos à época em que esse tirano mandou e desmandou em Roma.

2) Se condenarmos o mau imperador ao esquecimento, então nós estaremos renovando e repetindo entre nós a tirania - e isso não é uma decisão sensata. No caso dos mártires, uma vez honrada a memória de seu heroísmo na Santa Missa, nós devemos julgar seus algozes com base nas leis eternas. O julgamento será simbólico e sua condenação se dará de modo simbólico. 

3) Nos tempos antigos, quando você derramava sangue inocente, o sangue do agressor deveria ser também derramado. E essa verdade permanece eterna, pois não podemos por forças humanas revogar a lei divina.

4) Quando condenamos um tirano como Diocleciano simbolicamente à pena capital, nós estamos condenando Lula e Dilma ao mesmo destino, ainda que a lei positiva esteja divorciada da Lei Natural. E a morte de sua tirania se dá quando derrubamos o seu regime e desaparelhamos todo o estamento burocrático que poderá levar ao derramamento de sangue inocente.

5) Honrar a memória de São Sebastião, condenar todos os anos e simbolicamente a Diocleciano, e tomar medidas práticas que exterminem de vez a tirania petista são um bom meio de honrarmos os nossos santos mártires e os que morreram nesta estatística vergonhosa de 70 mil homicídios ao ano.

Da importância de julgar e condenar simbolicamente os algozes de nossos santos

1) Quando temos um mártir, que morreu nas mãos de um tirano por causa de Cristo, a cidade que tiver esse mártir por padroeiro, em memória, deve julgar e condenar simbolicamente o tirano que matou esse ser inocente.

2) Quando o sangue de alguém inocente é derramado, o sangue do agressor deve ser também derramado.

3) Para os mártires, a lembrança permanente deve ser feita sempre na missa - e o dia da sua morte tornado feriado. Neste dia, honraremos a memória de nossos santos padroeiros julgando e condenando simbolicamente seus algozes à pena capital. 

4) Se as pessoas lembrassem sempre disso, não haveria nunca a repetição das tiranias passadas, uma vez que estaríamos sempre honrado nossos mártires ao fazer um julgamento e uma condenação simbólica de todo o mal que foi feito, por força da Lei Natural, que está acima da Lei Positiva.

Das conseqüências de se estabelecer a tradição de julgar e condenar à morte simbolicamente o Imperador Diocleciano

1) Em vez de Carnaval, que nada de bom edifica, o julgamento simbólico de Diocleciano, por ter matado a São Sebastião, tem e terá um profundo significado político e espiritual não só para o meu Rio de Janeiro, como também para o resto do Brasil, já que esta é a capital de fato. Condenar simbolicamente um tirano à morte é também condenar à morte, simbolicamente, todos os outros tiranos, atuais e futuros. 

2) Atirar o boneco simbolicamente da pedra da Gávea deve representar a queda do PT, da República e do Foro de São Paulo. E a queda representa a morte política dos tiranos.

3) A cidade servirá a Cristo em terras distantes e ao seu Santo Padroeiro se fizer o julgamento simbólico deste tirano. Todos os que se encontram no Rio de Janeiro devem convidados a assistir ao julgamento, que deve ser transmitido pela TV, na íntegra.

4) O julgamento acontecerá todos os anos, sempre no dia 20 de janeiro.

Nota sobre uma tradição que queria implementar no Rio de Janeiro

1) Se eu fosse prefeito de minha cidade, eu estabeleceria o julgamento simbólico do Imperador Diocleciano, o tirano que matou a São Sebastião, santo padroeiro de minha cidade, São Sebastião do Rio de Janeiro. 

2) O boneco que representa Diocleciano pode representar a Lula, a Dilma, a Floriano, a Vargas e outros tantos tiranos que mandaram e desmandaram neste país, sempre atentando contras as fundações lógicas de nossa pátria.

3) O boneco será condenado simbolicamente e atirado da pedra da Gávea, pois o sangue dos tiranos precisa ser derramado, de modo a que não haja gente inocente morrendo por conta dessa canalhice.

4) Derrubemos a versão moderna de Diocleciano chamada PT e Foro de São Paulo - e honremos a memória de São Sebastião, que morreu por causa de Cristo. É assim que a cidade poderia servir bem ao país, por se lembrar sempre deste fato.

O Brasil não tem arquitetura

1) Toda civilização é conhecida pela sua arquitetura.

2) E o que temos em Brasília não é arquitetura, mas uma autêntica "Ai, que tortura!".

O populismo é a expressão perfeita e acabada do processo de proletarização na política

1) Se proletário é aquele que não se importa com ninguém a não ser com a sua própria prole, eis aí a razão pela qual a política no Brasil está morta: nossos políticos são todos uns proletários, a exemplo da família Lula da Silva.

2) O populismo é a expressão perfeita e acabada dessa proletarização na politica - todos vão praticar fisiologia e pensarão tão-somente nas próximas eleições e não nas futuras gerações. Jamais pensarão no Cristo Crucificado de Ourique, na missão de servir a Cristo em terras distantes.

3) Se a proletarização do meio político mata a política, então a República está morta desde o momento em que Vargas começou a praticar o mais puro populismo, durante o Estado Novo. 

4) Se a política está morta, então ela precisa de um novo tipo de homem, de modo a que a sua nobreza seja restaurada. Ela precisa do homem do Novo Testamento, daquele que é conforme o Todo que vem de Deus - e isso na política se constrói através da Aliança do Altar com o Trono, coisa que vem de Ourique.

5) Esse tipo de homem se forja na fé católica e numa rica formação histórica - as pessoas precisam aprender desde cedo que o Brasil nasceu em 25 de julho de 1139, na Batalha de Ourique, e não no descobrimento do Brasil. O descobrimento é, na verdade, desdobramento em terras americanas daquilo que se edificou desde Ourique.

6) Enquanto não tivermos consciência de que o país se constrói a partir do momento em que se serve ao próximo em terras distantes, de modo a que estejamos dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, nós nunca sairemos desse círculo vicioso, próprio desta república. Se Deus não for o centro de tudo nesta terra, seremos apátridas permanentes - pois a República é o regime dos apátridas, coisa que devemos rejeitar.

O fundamento da Aristocracia se dá no serviço

1) A cultura de servir precisa entrar por um só homem de modo a que família inteira esteja sempre pronta para servir ao próximo, ao longo das gerações. Este é o fundamento da aristocracia.

2) Se começo dentro da minha família a tradição de servir ao próximo através do ofício de escritor, então meus filhos e meus sobrinhos, quando nascerem, estarão se preparando desde cedo para seguirem meu exemplo. Se eu, nesta vida, for chamado a servir à comunidade como vereador na minha cidade, então eles precisam aprender desde cedo a seguirem o meu exemplo.

3) Como já falei, o poder, que se encontra distribuído a toda a população, busca você e não você que busca o poder. Se o poder te busca, você não deve recusá-lo - isso é um atestado de que você é um bom servidor e que deve estar à frente dos trabalhos, de modo a servir a Cristo em terras distantes.

4) Se você buscar o poder, você não passará de um mero parasita. Seguirá o exemplo de Lula e sua família. Eles são o que há de pior na sociedade brasileira - o clã Lula da Silva é a negação da aliança do Altar e o Trono edificada desde Ourique, uma vez que o próprio Cristo Crucificado fez de D. Afonso Henriques e seus sucessores reis de Portugal e de todas as terras por onde Portugal fosse chamado de modo a servir a Cristo em terras distantes. Por isso, escolha sempre Jesus a Barrabás - ou seja, prefira os Braganças aos Lulas da Silva.

5) Se Portugal fez dos portos um chamado (ports of call), então sirva a sua comunidade se houver um chamado. Se a voz do povo é a voz de Deus, então sirva a Cristo em terras distantes - sejam elas distantes de seu bairro, ou até mesmo de seu país, esteja sempre pronto para isso. É assim que se faz política - tenha sempre em mente que o tempo se mede na eternidade, com o passar das gerações. Nunca meça seu tempo com base nas eleições, com base em sabedoria humana dissociada da divina. É assim que se restaura a monarquia - e para isso, você precisa ter atitudes de nobre e não de proletário.

Como identificar um bom político?

1) Lincoln dizia: "Para conhecer a natureza de seu próximo dê-lhe poder"

2) Seu Madruga dizia: "dar leva as pessoas à vadiagem - é preciso merecer o que se deseja"

3) Se uma pessoa deseja o poder, com o intuito de servir a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ela não medirá esforços em servir ao próximo de modo a conseguir aquilo que deseja: ser chamado para servir à comunidade na política.

4) Se o verdadeiro líder é um líder-servidor, pois o último é sempre o primeiro a entrar no Reino dos Céus, então dê ao seu próximo aquilo que ele deseja, pois ele está dando o exemplo.

5) Eleições, no mundo moderno, se medem mais pela publicidade, pela aparência do que pela sinceridade e o desejo ardente de servir ao próximo, naquilo em que mais se precisa. Por isso, só vá para a política se a comunidade sentir que você pode ser muito útil servindo a ela no que precisar. Se a voz da comunidade é a voz de Deus, esteja sempre pronto a dizer sim a esse chamado. Não busque o poder - deixe que o poder te busque; se a base do poder está distribuída a toda a população, por conta do senso de se tomar o país como se fosse um lar, então construa confiança - e logo surgirá um abaixo-assinado pedindo para que você seja vereador, deputado. Por isso, faça as coisas dentro daquilo que esteja dentro da sua capacidade. 

6) No momento, o povo tende a tomar o país como se fosse religião. Então, recuse o cargo de presidente da República, pois o soberano de verdade são os nossos príncipes e eles é que precisam ser chamados a assumirem seu lugar de direito. Por isso, sirva o povo nessa consciência - e não se deixe levar pela ambição, própria do presidencialismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre a nacionalidade

1) Se nacionalidade é o vínculo com o governo que rege o país em que você nasceu, então por conta do nascimento nesse país você deve tomá-lo como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento - e não como se fosse religião totalitária de Estado, própria desta República.

2) É mais fácil você aprender a tomar o país como se fosse um lar tendo pais nascidos nesta mesma terra que você e com experiência de vida necessária de modo a fazê-lo tomar este país como se fosse um lar em Cristo mais facilmente. Estes são, pois, os primeiros amigos.

3) Para você tomar melhor este país como se fosse um lar em Cristo, o príncipe deve dizer sim a Cristo, através da aliança do Altar com o Trono. E para você conhecer a natureza do Príncipe, você precisa ser parte desse povo. Do mesmo modo, para o Príncipe ser um bom regente, um bom servidor em Cristo, ele precisa conhecer a natureza de seu povo.

4) Enfim, numa monarquia a pessoalidade é crucial para a estabilidade do regime das instituições democráticas. Pois o Príncipe rege a todos tal como um pai de família - e é por essa razão que a conciliação e a colaboração são os fundamentos que norteiam a política no Reino ou no Império, base para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo.

Como o casamento diplomático atualiza constantemente o senso de nacionidade

1) Se Cristo quis ser nosso irmão e a nós todos salvar, então Ele quis ser nosso compatriota.

2) Se você vir no seu próximo a figura de Cristo, então o senso de tomar o país como se fosse um lar se distribui através do serviço que você presta a esse próximo. Pois o virtuoso, o forte, veio para servir e não para ser servido.

3) Se outra nação toma Cristo como fosse compatriota, da mesma forma que a sua, então a amizade dessas duas nações é uma amizade sistemática - de tal modo que a pátria se amplia e as duas nações serão uma coisa só, por conta do casamento diplomático entre os soberanos dos dois países. 

4) Se o casamento indica a ligação entre Cristo e Sua Igreja, então o casamento diplomático indica que as duas nações estão unidas pelo laço de tomarem seus países como se fossem um lar em Cristo e que compartilharão seus recursos de modo a que sejam uma coisa só, pois tomar a nova aliança como se fosse um lar só é renovar esse senso de nacionidade, através do casamento diplomático.