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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Saudades do e-mail

1) Já perdi muita gente, por conta de estas não estarem prontas para este cenário em que atuo.

2) Um dos maiores erros que podemos cometer é misturar pessoas de contextos diferentes em um mesmo perfil. Pois a vida virtual não é como a vida real, em que podemos mudar de faceta facilmente, sem deixarmos de ser o que somos.

3) Eu poderia, se quisesse, adicionar gente que gosta de baseball e futebol americano por aqui - até mesmo gente com quem colaborei, quando estudava para concurso público. Mas acho que não seria uma boa idéia adicionar a todos num mesmo perfil - para essas pessoas, eu geralmente dou meu e-mail, mas ninguém hoje em dia usa isso. Acham que estou no tempo do bit lascado, quando na verdade eu estou prezando a privacidade do sujeito - assim como a sua segurança.

4) Se a vida online é onde se encontra a vida pública, então eu não posso adicionar à vida pública gente que não tenha interesse naquilo que é essencial, de modo a se tomar o país como se fosse um lar em Cristo. Como futebol americano e baseball são supérfluos, perto do essencial, então eu não posso adicionar essas pessoas no meu perfil de rede social. Eu devo dar a elas um ambiente privado, de modo a que possam conversar comigo, enquanto estou na linha de frente contra o PT. E no intervalo da luta, eu respondo a todos.

5) Eu aprendi a importância disso, por conta dos erros dos outros - muitos misturaram pessoas de diferentes contextos em um mesmo perfil. Pois a afinidade de interesses não significa necessariamente que as pessoas amem e rejeitem as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento - dentro do futebol americano e do baseball, podemos encontrar gente de direita e de esquerda praticando o mesmo esporte - às vezes, atuando dentro de um mesmo time. É ilusão pensar que o esporte resolve diferenças dessa natureza - na verdade, o esporte mascara, pois criou um falso ambiente de neutralidade. E quando adicionamos pessoas dessa natureza à rede social, por conta dessa afinidade de interesses, a máscara da hipocrisia cai - e o que era, então, amigo revela-se um verdadeiro mau-caráter que apóia esses regimes totalitários, que matam pessoas sistematicamente, como se fossem insetos a serem esmagados. 

6) Por isso que olho para aquilo que não pode ser perdido e se a pessoa pode me ajudar naquilo de que estou precisando. Se a pessoa está preocupada em viajar, trabalhar, curtir a vida, então ela não me será de muita valia para o momento por que estou passando, enquanto soldado nesta luta contra o PT e o Foro de São Paulo. Se ela ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, então vou ter de colocar essa pessoa para conversar comigo num ambiente mais privado - eis aí porque o e-mail me é tão importante, mas ninguém dá mais valor.

Comentários de Róger Badalum:

1) As colocações de José Octavio Dettmann fazem todo o sentido diante do contexto de ditadura corrupta com amplo apoio popular em que nos encontramos.

2) Como bem diz, o quadro de otimismo pode passar para um quadro de pessimismo num piscar de olhos - e isso está em consonância com o que Alexis de Tocqueville já nos alertava: “A República sobreviverá até o Congresso descobrir que pode subornar o povo com seu próprio dinheiro."

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