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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Notas sobre a indústria cultural

1) Numa sociedade acostumada à miséria cultural, consumir essa lavagem disfarçada de música é natural; por conta da lei de preferência temporal, as pessoas preferirão ouvir pagode a ouvir música clássica, uma vez que preferirão bens presentes a bens futuros. E segundo os comunistas, o pagodeiro é um trabalhador mais socialmente necessário do que os músicos de uma orquestra sinfônica. Trata-se de teoria da seleção natural em âmbito social - ou darwinismo social.

2) O empreendedor capitalista toma o fato como se fosse coisa, ainda que isso esteja dissociado da verdade. Então, ele vai se organizar e vai servir mais lavagem para os porquinhos, de modo a que todos fiquem felizes, e ele ganhe o seu rico dinheiro, explorando a ignorância alheia.

3) Agora, quando você faz um trabalho intelectual sério - fundado numa fé reta, numa razão reta, numa vida reta -, você vai atraindo indivíduos, e não hordas de pessoas. Indivíduos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Deus vê que seu trabalho é bom e fala ao mundo através de fatos, palavras e coisas - e naturalmente vai apresentando uma ou outra alma caridosa de modo a apreciar o seu trabalho e a te manter fazendo esse bom trabalho. E ao longo da vida, esse trabalho vai crescendo - e uma comunidade vai se formando por conta disso. Dessa comunidade, surgem discípulos que continuarão esse trabalho, após a sua morte e novas comunidades vão se formando - até o dia em que a nação inteira passe a ser tomada como se fosse um lar por conta da alta cultura.

4) O processo de capitalização moral se dá na carne - e ele vai ganhando as almas dos indvíduos, uma a uma. Pois o verdadeiro talento não se vende - ele se distribui de maneira graciosa - e é sustentado de maneira graciosa.

5) O distributivismo, fundado na generosidade e na graciosidade, precisa de indivíduos que saibam reconhecer a obra de Deus naquilo que o artista sabe fazer de melhor, seja pintando, escrevendo ou tocando música. Ele precisa de gente que saiba conservar a dor de Cristo. Já o capitalismo precisa do modernismo para prosperar - o modernismo relativiza a fé cristã e só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Ele precisa de hordas consumindo - e para trazer as hordas para o seu produto, fazem publicidade, vendendo ilusões., algo que nem sempre é verdadeiro.

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