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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Continuação da minha crítica contra a Sola Scriptura

1) Como já falei, a obra salvífica de Cristo é tão extensa que não pode ser condensada em um único livro. Como a Igreja está presente em todos os lugares do mundo, a experiência da Igreja em cada lugar em particular é apanhada e condensada em vários livros de História, que completam e estendem aquilo que foi escrito na Bíblia, cujo fundamento está na Santa Tradição Apostólica.

2) Como a obra salvífica produz efeitos maravilhosos em cada indivíduo em particular, então a biografia dessa pessoa, vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, é outro meio que completa a História da Pátria.

3) E quando esta pessoa toma outros países como se fossem um lar em Cristo, um enxerto da História luso-brasileira estabelecida em Ourique é implementado em outras terras, como a Polônia - e isso vai atualizando a tradição católica dos dois países, pois a virtude da atualização entrou por um só homem e se distribui a todos os outros através da sua santidade, da sua capacidade de trabalhar e da sua capacidade de ensinar e de aprender. 

4) Por isso que é insensatez fazer tábula rasa, através da Sola Scriptura. O tripé do cristianismo é dinâmico e não estático, pois se adapta às circunstâncias do mundo sem ser do mundo. 

5) E a morte de uma tradição começa a partir do momento em que as pessoas, fundadas nisso, são incapazes de responderem bem à mudança das circunstâncias - e passam a conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade. O próprio desdobramento da Santa Tradição em novas frentes de saber é a maior prova de que ela responde sim a Cristo, quando responde sim à mudança dos tempos e das circunstâncias, sem deixar contaminar pelos erros fundados nessas circunstâncias. Isso leva ao aperfeiçoamento do dogma, sem revogar aquilo que é verdadeiro, eterno e consagrado, decorrente do fato de se conhecer bem a alma humana.

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