Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Como a economia virtual leva ao distributivismo


1) A economia presencial é uma economia de escassez - estando a pessoa num lugar, ela não pode estar presente em outro. Sendo escassa, faz muito sentido o comércio entre moedas, o câmbio - e com o câmbio, a usura, fundada na negação da fraternidade universal.

2) Na era virtual, o que digo é distribuído a todos os lugares do mundo - e se sou sincero no que falo, a minha presença é distribuída a todos os lugares do mundo e ao mesmo tempo, como se estivesse falando para um ouvinte na França, na Itália, em Portugal e na China, gerando uma verdadeira multiplicação das impressões. Se meu texto é traduzido, eu falo para o chinês tudo o que penso, de modo a que ele possa entender, pois tradução implica converter as nuances em português para as nuances de uma língua estrangeira, de modo a que tenham um sentido equivalente ou idêntico àquilo que estou pretendendo dizer, ampliando ainda mais a minha presença no mundo. Se na era virtual ocorre o distributivismo da minha presença, então a doação, que é o pagamento pelos meus seviços prestados, será feita nas mais diferentes moedas locais e se dará de maneira generosa e liberal - e isso acaba gerando uma economia de abundância, fundada na gratidão. E isso mata o câmbio - e, por conseguinte, a usura.

3) O pai da internet era Cristão. E sendo Cristão, ele aplicou os fundamentos do distributivismo, ainda que não tenha atentado quanto a isso. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário