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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

O melhor necrológio se dá no diário e no confessionário

1) Olavo fala muito no necrológio, na necessidade constante de planejar a vida, no esforço de você ver a sua vida a partir de um outsider, descrevendo o que você faz e edifica, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Ou seja, você precisa ver a sua própria vida a partir de um contorno fechado, pois este é o único Evangelho que muitos levarão em conta, tal como diz São Francisco de Assis.

2) A vida em conformidade com o Todo que vem de Deus não precisa de muito planejamento - se planejar é uma forma de estudar, então estudar demais te emburrece. E mais: planejar demais te faz uma pessoa neurótica. E o que é a gnose senão uma neurose, um câncer que se dá na alma?

3) A melhor forma de necrológio que você pode fazer é fazendo um bom exame de consciência e fazendo constantes confissões e comunhões freqüentes. E a melhor forma de se fazer se dá no diário e no confessionário. Pois é no diário que você está frente a frente com Deus e sua consciência - e o confessionário, que é onde encontramos Jesus presente, é o lugar onde você manda os relatórios e a prestação de contas, de modo a que o mal não te domine, enquanto você exerce esse duro trabalho que é escrever. 

4) O bom escritor precisa estar sempre fazendo exames de consciência e fazendo bastantes confissões, de modo a que todo o seu trabalho esteja sempre em conformidade com o Todo que vem de Deus. Pois escrever sob a influência do Espírito Santo é edificar a fraternidade universal entre nós - trata-se de Cristo Crucificado distribuído ao longo das gerações e ao longo do tempo, pois a verdade é permanente e eterna.

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