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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A cultura de cortar o semelhante vai gerar um monstro

1) O colega Caio Ramon Aquino falou de algo bem irritante nos brasileiros, em geral: enquanto você está falando algo importante, o sujeito corta o teu raciocínio e conversa com um sujeito de outra ponta - e quando você está cara a cara com alguém, isso é muito comum, ele te corta quando ele discorda de você, sobretudo quando isso fere as conveniências dele, que são dissociadas da verdade. 

2) Isso aí é um indício de falta de Cristo, de não se crer na fraternidade universal - é falta de caridade para com o seu semelhante, no sentido de ouvir o que ele tem a dizer, além de ser puro egoísmo não emprestar o ouvido a quem necessita te contar algo importante, por conta do fato de você ser amigo dele. Tudo isso edifica uma alma apátrida, rica em má consciência.

3) Se já considero esse comportamento descrito acima um ato de agressão, certas coisas que vejo nos designs dos computadores e na rede social em geral - quando te botam uma janela bem no meio da tua cara, enquanto você está trabalhando e raciocinando - são verdadeiros atos de agressão. Outro dia estava escrevendo um artigo e, de repente, alguém me mandou uma mensagem inbox -  e ela me apareceu bem diante dos meus olhos, enquanto escrevia. Se jogar isso no plano da realidade, é como se estive escrevendo no meu caderno algo importante e de repente um caboclo do nada aparece mostrando, bem diante dos meus olhos e sem aviso, um texto para eu ler. Além de ser falta de educação, isso é um ato de agressão.

3) Qualquer dia desses, o facebook e a microsoft, a fabricante do windows, são ser responsabilizadas civilmente por conta da teoria da perda de uma chance. 

4) Imagine que a maior oportunidade da sua vida depende de algo que você esteja fazendo agora, neste momento - e de repente aparece um texto do nada e te tira todo o raciocínio, de modo a comprometer todo o teu trabalho ou toda a tua conversa. Às vezes, isso pode te custar o emprego, o dinheiro e a perda de alguém muito especial. 

5) Se levarmos em conta que vivemos numa sociedade cada vez mais protestantizada, que não crê na fraternidade universal, a teoria da perda de uma chance se torna cada mais importante, de modo a afastar a alegação de caso fortuito ou força maior, já que neste ambiente social não existe uma segunda chance, pois se perdeu a noção de fé, esperança e caridade. E com o ativismo judicial cada mais forte, isso está acontecendo de maneira cada vez mais freqüente - e essas empresas terminarão indo à falência, pois todos os dias vemos isso acontecer sempre e sempre. 

6) O que elas vão pagar de seguro de responsabilidade civil por conta disso não será brincadeira.

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