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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Debate rápido sobre algo inportante

Tiago Barreira:

1) A ordem constitucional inglesa é compatível com a subsidiariedade católica.

2) Eu prefiro chamá-la ordem constitucional inglesa a chamá-la de ordem constitucional anglo-saxã, pois "anglo-saxão" é um termo étnico. E seria polilogismo usar esse termo, pois reduziria todos os pressupostos de direitos individuais à expressão coletiva de um grupo, o que levaria a Inglaterra, ou mesmo os EUA, a serem tomados como se fossem religião. Os termos "liberalismo" e "anglo-saxão" expressam, portanto, idéias completamente deturpadas da realidade.

3) A ordem constitucional inglesa, se for entendida como sinônimo de separação de poderes, descentralização política, common law, governo limitado e parlamento autônomo, é conforme o todo que vem de Deus e é liberdade em Cristo, pois reforça a noção de fraternidade universal. Logo, sou liberal nesse sentido.

4) A ordem constitucional inglesa já existia na Idade Média - e ela foi preservada. E por ter sido preservada, ela foi a que menos sofreu com os problemas decorrentes do absolutismo monárquico.

José Octavio Dettmann:

1) Da forma como o Tiago apontou, isso deve ser retomado e conjugado com a missão constitucional que foi estabelecida em Ourique.

2) O grande erro que se pratica é importar essas idéias ainda sob os efeitos do quinhentismo. O quinhentismo precisa ser retirado antes, de modo a que isso não se perverta.

3) A maior prova de que o pensamento inglês pode ser perigoso, se isso for tomado como se fosse religião, está no fato de que os ingleses estudam algo chamado Teoria do Governo - e eles, nas aulas, tendem a lamentar a "infelicidade" de todos os que não nasceram na Inglaterra - e esse tipo de atitude mata a universalidade.

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