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domingo, 29 de março de 2015

Renato Janine Ribeiro é um subginasiano

Estava ouvindo a íntegra dessa palestra do Renato Janine Ribeiro. Não agüentei nem 5 minutos. Como é que pode haver tantos merdas ocupando cargos importantes no Brasil? O lugar deles é varrendo rua ou lidando com lixo, pois é só lixo o que produzem.

Se a geração do Olavo (da qual se incluem Dirceu, Dilma etc) tivesse essa consciência que ele está despertando na minha geração - que é também a do Felipe Moura Brasil​, já que temos a mesma idade -, talvez eu não estivesse à margem, apesar de ter estudado e levado a sério os estudos, ao longo da minha vida de estudante. 

Enfim, aqui na Internet, estou seguindo os passos do mestre e fazendo do meu mural do facebook minha academia - e sendo remunerado por isso, por meio de algumas almas caridosas.

Logo, logo - quando os merdas forem expulsos -, serei chamado para ocupar o meu lugar de direito: a cátedra universitária. Essa é a minha vocação.

Enquanto vou ensinando, os espaços universitários vão sendo saneados e logo serei chamado para assumir o lugar que me é mais apropriado. Para isso, continuarei servindo aqui até ser convidado a assumir um posto, por mérito, em razão do trabalho.

Melhor isso do que fazer concurso público e ser um merda concursado, como o Renato Janine Ribeiro, um bundão de gabinete que só fala asneiras.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,  29 de março de 2015 (data da postagem original).

Debate sobre o fim do desvio antropológico que reina na Ciências Sociais


1) Quando se toma o fato social como se fosse coisa, você tende a reduzir a sociologia a um método de catalogação das estruturas sociais, sejam elas humanas ou anti-humanas. 

2) O homem é criatura e seu destino é viver em conformidade com o todo que vem de Deus - quando se nega que a história da humanidade é uma luta constante de modo a que Deus nos salve do pecado original e dos vícios da desobediência, a história torna-se apenas uma mera catalogação, pois o materialismo histórico esvazia todos os fundamentos metafísicos sobre os quais se versa a vida humana, desvinculando a história de seu agente principal, assim como de toda a verdade que decorre de Cristo Jesus, que é o juiz de todos nós, por todos os séculos e séculos.

3) E é por conta desse materialismo, desse determinismo e do fato de a história se reduzir a um método que vise a mera catalogação das estruturas que Claude Lévi-Strauss disse que a história pode levar a qualquer caminho - a tal ponto que história deixa de ser narrada ou investigada e passa a ser justificada ideologicamente.

4) Eis aí porque não levo a antropologia de Claude Lévi-Strauss a sério, muito menos a sociologia de Dürkheim. Mas tem muita gente que se diz de direita, sobretudo liberal, que adora o pensamento desses dois.

Haroldo Monteiro:

1) Eu acho que o grande problema hoje é a tendência à adoção de metodologias cada vez mais mecanicistas ou behavioristas nas ciências sociais, que visam a meramente catalogar as coisas e a tentar definir se elas são humanas ou anti-humanas a partir daí, como se tivessem sua própria verdade. Tudo isso decorre de um fato que eu estou começando a perceber agora: do fato de que o homem, desde o inicio do quinhentismo, já não está mais ancorado nem na igreja e nem na idéia de império, assim como também não está sob o abrigo de um cosmos que nos leva à conformidade com o todo que vem de Deus.

2) Desde aquela época começou-se a difundir a crença de que o homem, com o advento dos estados nacionais, encontrava-se só, em um estado de natureza - e essa suposta solidão, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, levou a humanidade a descrer nas sagradas escrituras, fundando no meio dela todo um viés gnóstico, como se estivessem afirmando o seguinte: "Bem, agora estamos sós e ninguém mais nos dá um sentido para a vida. Vamos começar tudo do zero!" 

3) Eis aí que surge um Descartes: ao formular o seu princípio, "penso logo existo", nesta época crucial, a humanidade acabou por perder a cognição crescente que vinha adquirindo sobre todas as coisas, enquanto vivia a vida em conformidade com o Todo que vinha de Deus. E esse vazio deu lugar à modernidade, gerando toda uma neurose que se agravou e que deu causa a uma era em que as ideologias passaram a ditar toda a nossa razão de ser.

4) Esse desvio antropológico só será sanado quando as ideologias perderem o momento, a sua razão de ser, abrindo aí a possibilidade de um retorno à substância dos símbolos que expressam a experiência humana universal e real. Enquanto isso não ocorre, a humanidade estará envolta em uma atmosfera conceitual que, em si mesma, é uma deturpação de tudo o que esses símbolos expressam; ao mesmo tempo, trata-se também de um reflexo inconsciente de que esse retorno clama aos céus, de modo a que isso realmente aconteça. 

5) A premissa básica tripartida do monge calabrês tem que ser demolida, pois só assim poderemos voltar a idéia de uma evolução que não é nem progressivista ou cronocêntrica - enfim, uma evolução que nos leva a uma perspectiva mais abrangente e mais consciente acerca da eternidade.

6) Confesso estar muito otimista quanto a estas novas gerações - elas estão encarando de frente tudo aquilo que decorre da neurose moderna. Logo, logo a consciência da humanidade estará tão aberta a tanta experiência histórica que até o menor dentre todos nós vai ser tomado como se fosse um gênio, para os nossos padrões - e isso será assombroso! No fim das contas, o imaulado coração triunfará!

José Octavio Dettmann: 

1) Não é à toa que percebi um ponto de contato entre a análise do Olavo sobre a teoria do Estado e o senso de se tomar o país como um lar, tal como se edificou em Ourique. Essa concepção, que nasce da nossa circunstância, vai restaurar esse entendimento. E aí o Brasil será uma importante civilização neste aspecto, se retomar esses fundamentos. 

2) O Brasil, desde a independência, abraçou tudo esse mal que nasceu da revolução francesa e da revolução liberal do Porto. E desde então o progresso aqui foi feito a base de se decair moralmente - e isso vem sendo feito de modo a descer ladeira abaixo.

Haroldo Monteiro:

1) Acho que o Brasil terá um papel crucial nesta guerra mundial contra as idoelogias O Mário Ferreira dos Santos já havia previsto isso - e o Olavo, mesmo dizendo que é pouco provável, muitas vezes deixa transparecer isso! 

2) O sincretismo que hoje corre nos subterrâneos da mente progressivista está todo sintetizado e resumido nas filosofias de Lavelle, Voegelin, Zubiri, Lonergan, Mário etc. Já existe todo um aparato conceitual para essa virada antropológica e o retorno à matriz cognitiva que fundou o ocidente. As monarquias começaram a voltar - e isso é incontornável!

3) A democracia foi apenas um arranjo intermediário e também ruirá, junto com a ruína do iluminismo que a plasmou!

José Octavio Dettmann:

1) Em meio a esse contexto, aquilo que se perdeu por volta do primeiro império vai ser restaurado: o permanente debate entre o partido português e o partido brasileiro, e isso se dará não no fundamento de país tomado como se fosse religião, mas no fundamento de que o país deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo, dando marca a toda uma verdadeira natureza colaborativa que marca o governo parlamentar e constiucional. 

2) Não haverá duas ideologias antagônicas, fundadas em uma guerra entre facções, mas dois caminhos a seguir, onde a escolha de um implica a renúncia do outro até certo ponto: esses caminhos são o do Império independente, que será defendido pelo partido brasileiro, ou o do Reino Unido, tal como D. João VI havia criado, que será defendido pelo partido português.

3) O parlamento dá chance para o diálogo e para a escolha mais adequada de um caminho a seguir, de modo a Cristo seja bem servido nestas terras distantes. Pelo menos, esse é o verdadeiro o sentido de pátria que precisamos ser, de modo a renovar aquilo que se edificou em Ourique. 

4) Eu tenho analisado a vocação do Brasil, porque este é o caminho o que posso seguir, pois foi o que me sobrou. Quanto aos demais casos, eu não tenho como falar, pois não estudei. Enfim, meu forte é a História do Brasil e tento entender sua verdadeira vocação.

Haroldo Monteiro:

1) Sim, é verdade. E eu estou focado no problema espiritual mais geral da nossa civilização! O seu trabalho completa o meu.

Haroldo Monteiro: 

1) Essa restauração das coisas não somente ocorrerá no Brasil, mas também em o todo mundo! 

2) Estas rupturas abruptas um dia serão sanadas: 

2.1) Os franceses ao negarem a escolástica, afirmaram descartes; 

2.2) Os ingleses, negando o catolicismo, afirmaram Bacon;

2.3) Os alemães, deixando cair a evocação de império que eles geraram, apegaram-se a Kant. 

3) Enfim, esse mal das ideologias só veio apenas para ensinar a humanidade de que não há salvação fora da Igreja, muito menos caminho alternativo a ela, fundado em sabedoria humana dissociada da divina!

4) Hayek esta certo: grande o problema do ocidente foi que ele se afastou demais do cristianismo. Gasset também está certo quando diz que a Igreja Católica está perdendo o mando, o que desorientou os povos. A Igreja tem que voltar a mandar no mundo! Só assim a consciência de eternidade voltará!

sábado, 28 de março de 2015

Balanço de uma conversa que tive com o Professor Olavo de Carvalho

1) Eu levei muito a sério o que professor Olavo de Carvalho​ fala sobre dominar a linguagem.

2) Levei tão a sério o que mestre falou e cheguei à conclusão de aquele negócio de "pagador de impostos" que o Constantino tanto fala não pode ser levado a sério. 

3) Em primeiro lugar, o Constantino é conservantista, se contarmos os liberais como uma das facetas do movimento revolucionário, já que eles edificam liberdade para o nada. 

4) Em verdade, chamar gente com o Rodrigo Constantino de "liberal" é até atentatório contra a conformidade com o Todo que se dá em Deus - para gente como ele, o termo correto é "libertário", dado que eles conservam o conveniente e dissociado da verdade, já que eles buscam se libertar da liberdade em Cristo, uma liberdade com responsabilidade fundada na lei natural, que se dá na carne.

5) É por essas razões que eu prefiro o termo liberal usado por Leddihn, aquele que entende que liberal defende a liberdade em Cristo conservando a aquilo que decorre de Sua dor e morte de cruz, causa de uma civilização inteira. Liberdade fora disso, sem Cristo, é liberdade para o nada - e nesse ponto, Constantino é conservantista, como já falei.

6) A palavra "payer" em português tem três contextos: pagador, pagante e prestador.

7)  Se eu prezo a liberdade em Cristo e a aliança entre o altar e o trono que se edificou desde Ourique, por força da missão que Cristo Crucificado nos deu através de D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei, então ser um pagador, me sacrificar pelo bem de minha nação, que deve ser tomada como se um lar, é um sacrifício que vale muito a pena, pois nela encontro a liberdade em Cristo.

8) Se sou pagador, sou também pagante, pois pago para que em troca o governo, que jurou servir a mim e a meu povo em Cristo, honre o compromisso assumido em Ourique, que é servir a Cristo nestas terras distantes.

9) O Janine Ribeiro fala que o povo tem o dever de respeitar as leis e o governo não. Para isso, temos prestadores impostos, os que pagam impostos por força de lei e não sabem a razão das coisas.

10) Tudo isso leva a país tomado como se fosse religião. E nacionalidade é o produto decorrente disso. Pasquale Mancini dizia que a nação é a mônada racional da ciência e que ela deve ser tomada como se fosse uma segunda religião (a ponto de esmagar a primeira). 

11) Enfim, não quero nação nenhuma tomada como se fosse religião, nem como primeira, tal como se dá no comunismo, e nem como segunda, tal como se dá no nacionalismo desse zé povinho que vive a pedir intervenção militar e a puxar o saco dos militares.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2015 (data da postagem original).

quarta-feira, 25 de março de 2015

Nacionismo é uma luta que se faz no campo da alma, da eternidade


1) Há gente que fica a contar carneirinho antes de dormir, mas eu não faço isso. Eu tento me manter o mais conforme o todo da realidade, que decorre de Deus, da melhor forma possível - eu medito o máximo que posso sobre os problemas teóricos envolvendo a teoria da nacionidade, assim como as circunstâncias pelas quais este país deve e merece ser tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião, tal como se tem feito desde 15/11/1889. Trata-se de uma preocupação permanente, pois ela se funda no campo da eternidade. E neste campo, a responsabilidade me é maior, pois estou sendo pioneiro, nas minhas circunstâncias.

2) Essas meditações são verdadeiros exames de consciência - é como prestar contas a Deus no confessionário. Como os problemas teóricos não nascem de uma angústia, de um difícil parto da alma, mas do estado de graça que decorre do fato de se estar em permanente contato e amizade com Deus, então eu não levo isso ao confessionário, pois esse pensamento nasceu da virtude e não do pecado. No entanto, a partir do momento em que o livro ficar pronto, eu vou submetê-lo à prova, à leitura e apreciação do meu pároco e dos meus catequistas, de modo a que me mantenha no caminho reto da melhor forma possível. Mais do que escrever, é preciso estar sempre lutando contra o pecado, contra a heresia, contra tudo aquilo que faz com que a sabedoria humana fique dissociada da divina. Eu sou apenas uma amostra de algo que é maior do que eu - por isso, a amizade com Deus me é crucial, pois é assim que serei contado na eternidade, por conta desse trabalho importante que faço.

3) Submeter meu livro à justa apreciação de meu pároco e de meus catequistas é o primeiro caminho para que esta escola de pensamento por mim fundada, de modo a estudar a realidade, comece a prosperar. Se tudo der certo, haverá uma longa avenida pela frente a se percorrer, de modo a estabelecer no Brasil uma tradição intelectual séria e fundada no serviço de estudar a realidade em Cristo, a partir destas terras distantes. Enfim, meus estudos renovam aquele histórico compromisso entre o nosso primeiro Rei, D. Afonso Henriques, e Cristo Jesus Crucificado, tal como se deu em Ourique, em 1139 e essa é a minha intenção. O compromisso estabelecido em Ourique é algo que sempre foi negligenciado nestas terras, por conta do nacionalismo e do quinhentismo, coisas que há muito abomino.

4) O pensamento que elaboro é, pois, meu sim a tudo isso. Trata-se de resposta corajosa e pontual, feita num tempo em que muitos conservam, e insistem em conservar, esse quinhentismo por conveniência, ainda que isso seja dissociado da verdade. E é isso que leva o país a ser tomado como se fosse religião - é exatamente por conta de fé metastática que muitos perdem a consciência e se corrompem, a ponto de renegar a lei divina. Não é à toa que falo que meus estudos são uma batalha no campo da eternidade - e quem começar a estudar as coisas dessas forma abraçará essa luta, fundada na eternidade, contra o conservantismo e a ignorância.

5) Se a pessoa não pedir constantes intervenções ao Espírito Santo no campo desta investigação, não saberá o que está fazendo, muito menos o que está dizendo. Ficará preso ao academicismo e fará um tremendo desserviço à pátria. Eis a advertência que eu faço.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Meditação sobre a sociologia de Dürkheim e a antropologia de Claude Lévi-Strauss seguida de um debate

1) Quando se toma o fato social como se fosse coisa, você tende a reduzir a sociologia a um método de catalogação das estruturas sociais, sejam elas humanas ou anti-humanas. 

2) O homem é criatura e seu destino é viver em conformidade com o todo que vem de Deus - quando se nega que a história da humanidade é uma luta constante de modo a que Deus nos salve do pecado original e dos vícios da desobediência, a história torna-se apenas uma mera catalogação, pois o materialismo histórico esvazia todos os fundamentos metafísicos sobre os quais se versa a vida humana, desvinculando a história de seu agente principal, assim como de toda a verdade que decorre de Cristo Jesus, que é o juiz de todos nós, por todos os séculos e séculos.

3) E é por conta desse materialismo, desse determinismo e do fato de a história se reduzir a um método que vise a mera catalogação das estruturas que Claude Lévi-Strauss disse que a história pode levar a qualquer caminho - a tal ponto que história deixa de ser narrada ou investigada e passa a ser justificada ideologicamente.

4) Eis aí porque não levo a antropologia de Claude Lévi-Strauss a sério, muito menos a sociologia de Dürkheim. Mas tem muita gente que se diz de direita, sobretudo liberal, que adora o pensamento desses dois.

Debate que decorreu, após a publicação deste artigo:

Tiago Barreira:

1) O único a acertar nas ciências sociais, ao longo do século XX, foi Voegelin. A história da humanidade está inerentemente ligada a busca da ordem e a de um destino cósmico para o homem em geral, de modo a estar em conformidade com o Todo que vem de Deus. Isso foi o que  ele apontou, na sua História das Idéias Políticas.

2)  Isso é o mesmo que afirmar que a história humana é a história da queda e ressurreição da humanidade, sob a intervenção de Cristo. Ele pode não ter chegado ao cerne da questão, já que ele era agnóstico - no entanto, do ponto de vista da ciência em geral, trata-se de uma dedução lógica do pressuposto do plano divino da salvação, com o qual se harmoniza perfeitamente este entendimento.

3) Enfim, do mesmo modo que a escola austríaca se harmoniza com a doutrina social da Igreja, o pensamento de Voegelin se harmoniza com a doutrina histórica católica.

José Octavio Dettmann:

1) É por via deste fundamento que se pode tomar o país como um lar e não como se fosse religião, pois a concepção de se tomar o país como se fosse religião leva a uma falsa fé, que sempre entrará em metástase.

2) Autores do século XX e mesmo do Século XIX estão todos errados, com base nesta concepção.

2.1) Pasquale Mancini está errado, ao tomar a nação como um dado irredutível, a mônada racional de toda a ciência - quando isto é tomado como se fosse coisa, a nação passa a ser tomada como se fosse uma segunda religião;

2.2) Lévi-Strauss está errado, quando diz que a história não está atrelada ao agente humano e nem a algum objeto em particular, além de estar totalmente errado quando diz que a história se reduz a um mero catálogo de coisas e que pode nos levar a qualquer lugar, uma vez você podendo justificar esse fundamento, ao tomar o fato social como se fosse coisa, como se isso tivesse sua própria lógica, sua própria verdade;

2.3) Dürkheim está igualmente errado, ao dar causa ao fato de que devemos tomar os fatos sociais como se coisa e que essas têm sua própria verdade, a ponto de que não podemos emitir nenhum juízo de valor sobre eles.

2.4) Enfim, ao examinarmos o que esses três pensadores têm em comum, eles estão completamente errados. É o que pude analisar, até agora.

3.1) De Hegel, temos o fato de que o Estado é o ápice de todas as realizações humanas e que ele deve ser tomado como se fosse coisa. Eis aí a Teoria Geral do Estado - se o Estado for tomado como se fosse religião, pode-se concluir que tudo está no Estado e nada pode ser afastado dele.

3.2) Do positivismo de Comte, temos a ciência política, em que o fenômeno do poder é analisado como se fosse coisa. E sobre essa coisa não podemos fazer juízos de valor, de tal modo a que o processo de se tomar o país como se fosse religião leve as coisas de modo a que o Estado seja o ápice de todas as realizações humanas - e é assim que se constrói o caminho de modo a estarmos fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3) Já a teoria do governo constitucional anglo-saxão tende a tomar esta realidade estatuída pela experiência inglesa e norte-americana como se fosse coisa perfeita e acabada, virtuosa por si mesma, a tal ponto de lamentarem a experiência dos outros povos que não nasceram no contexto anglo-saxão. Além de isso ser tomado como se fosse coisa, tendem a tomar esta experiência como se fosse religião, ignorando as experiências de outros lugares, de modo a que tomemos o lugar como um lar e assim estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus. De certo modo, lembra muito a teoria do Estado alemã, pois nasceu de uma cultura em que o Rei rompeu com Roma.

4) A concepção de país tomado como se fosse um lar e a noção de que a teoria deve se radicar no próprio país, de Ortega y Gasset, são os caminhos pelos quais podemos desenvolver uma teoria geral pela qual podemos aprender e coletar o maior número possível de experiências, de modo a que o exemplo de um possa ser bem aplicado, se ele for conforme o Todo que vem de Deus, ou rejeitado, se essa experiência nos afastar de Deus, observadas as circunstâncias particulares pelas quais tomamos o país como um lar. E para se tomar o país como um lar, devemos nos universalizar primeiro, de modo a servir a Cristo nestas terras e em terras distantes.

5) Sem se tomar o país como um lar, não é possível avaliar os problemas da alma de um povo e suas dificuldades, neste processo difícil de se tomar o território que ocupa como um lar, a ponto de não cair no pecado de se tomar o país como se fosse religião. Pois não é possível fazer uma sociologia ou uma antropologia decente se a noção de país tomado como se fosse um lar não for levada a cabo, em seu extremo - e essa experiência só pode ser sentida e vivida como se fosse um cidadão daquela terra.

6) Se essa ciência visa a aperfeiçoar a cidadania da pátria, então é preciso revestir-se com as circunstâncias daquela terra, pois a visão do insider é muito mais precisa do que a outsider, que toma o fato social como se fosse coisa. Pois só quem sofre, quem vive, conhece a origem, a causa desses problemas, já que é dever de quem toma o país como um lar conhecer a origem da pátria e para onde ela deve ir, de modo a que o país se conserve no rumo de ser tomado como se fosse um lar, em Jesus Cristo.

7) Como cientista social, devemos sentir a dor do outro, de modo a compreendê-la em toda a sua inteireza.  Se não houver essa aproximação, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, não se pode chegar a verdade, que decorre de Deus.  Sem cruz, não há sociologia ou antropologia, muito menos psicologia.

Tiago Barreira:

1) Toda ciência social tem esse problema de isolar um fato de qualquer sentido moral, por conta da neutralidade axiológica. Tomar o fato social como coisa dá sempre esse problema.

José Octavio Dettmann:

1) Quando se troca a concepção de país tomado como se fosse religião pela concepção de país tomado como se um lar, o direito perde sua faceta materialista e territorialista e passa a se preocupar mais é com a lealdade e com a integridade das pessoas, de modo a que possam a tomar o país como se fosse um lar, assumindo caráter universalista. O direito, enfim, passa a ser mais natural, pois se preocupa com os problemas da alma, das coisas que se dão na carne. O cerne do direito deixa de ser a coerção e passa a ser a adesão, de modo a se estar em conformidade com o Todo que se dá em Deus.

2) Se olharmos bem, este é o verdadeiro caráter constitucional das coisas, pois Deus ordenou e constituiu as coisas de modo a que ficassem em conformidade com o Todo que decorre D'Ele, já que as coisas foram criadas por inspiração e amor.  Enfim, o foco do Direito volta a ser preocupação da aliança do altar com o trono, de modo a que a lei de Deus não seja traída.

3) Isso vai levar cabalmente ao retorno do jusnaturalismo - mas um jusnaturalismo mais fundado ao concreto, voltado para a realidade, e não aquele jusnaturalismo do século XVIII todo abstrato, do qual os liberais são herdeiros.

Notas Finais:

1) Para o debate, a fonte que pode ser tomada como referência é o Curso de Teoria Geral do Estado, do Professor Olavo de Carvalho​

2) Para o artigo, as fontes são o Belonging in the Two Berlins, de John Borneman; Do Pensamento Selvagem, de Claude Lévi-Strauss; A conferência Da nacionalidade como fundamento do direito das gentes, de Pasquale Mancini, constante nas preleções dele de Direito Internacional; As Regras do Método Sociológico, de Émile Dürkheim, além do artigo Para onde vão as nações e o nacionalismo, de Katherine Verdery, da coletânea Um Mapa da Questão Nacional, publicada pela Contraponto, em 2000.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2015 (data da postagem original).

Fazer contra-revolução tomando o país como se fosse religião é solução ineficaz

1) Fazer contra-revolução tomando o país como se fosse religião não é remédio eficaz contra a mentalidade revolucionária. Como a mentalidade revolucionária se alimentou da omissão (e até dos incentivos!) de todos aqueles que tomam o país como se fosse religião, então alimentá-la com esse remédio só vai fortalecer a superbactéria nazi-petista.

2) A única solução é fazer o contrário da revolução: como essa mentalidade revolucionária se desdobrou e evoluiu da cultura de país tomado como se fosse religião, então tomemos o país como se fosse um lar, de modo a estarmos em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) E ao tomarmos o país como um lar, nós aceitamos a aliança entre o altar e o trono  - e a mudança do regime é necessária para a mudança de mentalidade. Isso é um point of no return - é um caminho sem volta. Ou se faz isso ou o país está condenado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de março de 2015 (data da postagem original).

Comentários sobre a nefasta prática dos sebos de vender livro a metro


1) Os sebos agora estão adotando uma nova técnica comercial: livro a metro.

2) Se uma estante tem quatro prateleiras, eles organizam os livros nas prateleiras, sem se importar com o conteúdo - e o preço se faz por prateleira. Os mais sacanas podem misturar no meio da obra completa do Mário Ferreira dos Santos os três volumes do Capital, de Marx. Se você pagar 150 reais por essa prateleira, isso é comprar merda perfumada. Trata-se de um tipo de venda casada, coisa ilegal no Brasil.

3) O objetivo é vender livros para decoração de escritórios.

4) Como aqui no Brasil as pessoas não lêem, mas só sabem fazer pose e afetação de que leram um monte de livros, então muitos aderem a esse negócio, de modo a impressionar o cliente, de modo a mostrar o que não são.

5) Esse é o típico negócio que prejudica a liberdade de escolha do consumidor. E isso é um atentado à cultura, já que os livros estão sendo tratados como se fossem banana na feira. Isso devia ser proibido. Se eu fosse vereador, eu iria propor um projeto de lei, de modo a acabar com essa prática na minha cidade - isso é uma palhaçada sem tamanho. Trata-se de liberdade para o nada, já que o fim é vazio e só alimenta a vaidade alheia.

6) Os únicos que vão conservar este tipo de coisa, por ser conveniente e dissociada da verdade, são os libertários. Afinal, eles não são a nova esquerda? Eles são os maiores defensores da venda casada, prática comercial imoral, que fere a liberdade de escolha do cliente.

Do inverno emerge a primavera - esta não será como as outras

1) As urnas fraudadas elegeram a Dilma - por causa disso, estamos aturando uma longa zima, uma longa sina, um longo inverno.

2) Se com a Dilma e o nazi-petismo aturamos um verdadeiro inferno, então está mais do que na hora de fazer esse cadáver insepulto sair de cima da gente. O contrário de uma revolução, que é tomar o país como um lar e não como se fosse religião, deve estar sempre presente em nossa mente - e este é o ponto de partida para uma restauração.

3) Para que os esquerdismo seja banido, como ocorre na Polônia, vamos para uma birosca tomar uma cerva, uma cerveja. É na birosca que encontramos os amigos, aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por fundamento Jesus Cristo - lá é que devem ocorrer os primeiros planos para a verdadeira primavera (wiosna), de modo a que estejamos em conformidade com o todo que vem de Deus, expulsando de vez essa serva do mal, do capeta, dentre nós.

4) Se você conserva a dor de Cristo entre nós, você é um dos meus. A razão pela qual somos amigos é porque, além de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas, ele está no meio de nós. Por isso, reze para que a mãe de Jesus desate esses nós, que já duram 126 anos. E é porque esse mal dura tanto tempo que esse regime republicano é mau e causa dano.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de março de 2015.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Sobre a questão da OAB e a questão do monopólio do ofício jurídico


01) No caso da OAB, o STJ tem um entendimento meio fajuto de que a licença da OAB é considerada "contribuição associativa civil", em vez de ser uma taxa, um tributo. Só que a OAB é guilda e é parte do governo. Ela tem o monopólio da profissão - e isso leva ao corporativismo.

02) A OAB não é privada. Se fosse privada, haveria outras guildas profissionais de advogados em perfeita concorrência e custando menos do que a OAB. Além disso, poderia ter a carteira profissional que quisesse, desde que mostrasse estar apto a exercer a profissão naquilo que poderia ser exigido, como advogado.

03) A OAB monopoliza a profissão e é esse monopólio que deve ser quebrado. Minha profissão deveria ser considerada juramentada - como todo advogado serve à ordem pública, eu deveria fazer prova todos os anos, de modo a ver se ainda estou apto para desempenhar bem as minhas funções, já que eu não estou na ativa. Se estivesse de serviço, deveria haver uma relatório com toda a minha produtividade profissional. E se fosse considerado um bom profissional para os meus clientes, eu poderia entrar num cadastro de bons prestadores de serviço.

04) A formação de guildas de advogados deve ser livre, pois ninguém é obrigado a se associar ou permanecer associado, tal como se encontra na atual CRFB - no entanto, a profissão é juramentada, tal como são os tradutores juramentados de documentos jurídicos, pois ela é essencial à ordem pública. Sendo considerado juramentado, a diferença é que poderia perceber um aumento substancial nos meus honorários, pois se trata de uma qualificação profissional. O que a guilda pode fazer é aplicar uma prova, de modo a avaliar se estou em condições mínimas para exercer as minhas funções, tal como manda a lei, por se tratar de profissão necessária à ordem jurídica pátria. 

05) Advogado não juramentado poderia ser árbitro, mediador ou parecerista para a iniciativa privada, agindo preventivamente, de modo a que os conflitos não fossem levados ao judiciário. Enfim, mesmo formado em direito e não tendo OAB, eu poderia exercer bem a minha profissão. 

06) Enfim, como a jurisdição se tornou uma espécie de fetiche dos advogados, a finalidade da OAB é a de sustentar o ativismo judicial e a conseqüente destruição dos valores do país, através desse ativismo judicial - e isso precisa ser acabado, pois dá causa a que o país seja tomado como se fosse religião.

07) Se houvesse liberdade para se formar guildas de advogados, elas poderiam mais ou menos ter a estrutura dos planos de saúde, tal como a conhecemos. Se eu fizesse parte de uma guilda, eu poderia atender aos clientes que buscam o serviço da guilda. E esta seria uma sólida alternativa à defensoria pública, pois vai chegar um dia em que precisaremos ter um plano jurídico, da mesma forma como temos um plano de saúde. Em cidades grandes, isso tem se tornado cada vez mais necessário.

Sobre a natureza da tributação regulatória

Tiago Barreira:

01) Como se enquadraria a questão da tributação de bebidas alcóolicas? Ela não é uma atividade prestada pelo governo, mas este detém o direito de tributá-la.

José Octavio Dettmann:

01) Essa taxação é considerada uma taxação especial, de caráter regulatório, já que álcool é considerado droga, tal como o cigarro. E drogas lícitas são consideradas supérfluos, por isso que recebem alta tributação.

02) A taxação sobre o álcool e sobre o cigarro têm relação direta com o puritanismo protestante - e seus efeitos sobre a política dos governos é sentida até hoje, pois favorece o conservantismo do Estado revolucionário, que acha que pode se meter no meu gosto pessoal.

03) Além disso, existe um imposto para impedir o excesso de exportação, de modo a que o mercado interno não sofra desabastecimento. Trata-se do imposto de exportação.

04) Há o imposto de importação, por conta do protecionismo alfandegário. Um dos efeitos do país tomado como se fosse religião, que prega um protecionismo educador, tal como vemos em List.

05) Há o drawback, que é o diferimento de um imposto. Isso é pra permitir o beneficiamento de um produto - como produto acabado tem valor agregado, então é perfeitamente vantajoso cobrar um IVA sobre ele. É por essa razão que há sempre uma Zona de Processamento e Exportação perto de uma alfândega na China. Este é, de fato, o país do drawback. A natureza jurídica do drawback é a de um favor legal, pois é conveniente para o governo diferir a cobrança do imposto de modo a que possa perceber um imposto valor, por força do valor agregado. Trata-se de um incentivo fiscal, uma parceria público-privada, no campo das finanças.

06) Há as chamadas contribuições parafiscais. É o caso dos CREA's e das OAB's da vida.

Do imposto de renda como preparação para o imposto das grandes fortunas

Tiago Barreira:

01) O que é taxar 10% de uma fortuna de 1 bilhão? 100 milhões a menos não fazem falta a um bilionário.

02) Já 10% de 10 mil é uma perda de capital considerável. Os primeiros 1 mil para uma pessoa com pouco patrimônio são muito mais valiosos do que para um bilionário. Eles são mais escassos e mais difíceis de serem conseguidos, enquanto para o bilionário essa quantia é muito fácil de ser conseguida. Enfim, eles não observam a lei de utilidade marginal.

José Octavio Dettmann

01) O que eles estão a criar é um imposto uniforme, em que todos pagarão 10% por cento, independente do tamanho da fortuna adquirida. Esse igualitarismo gera abusos. Não é à toa que cabeças na Revolução Francesa rolaram por isso.

02) O imposto uniforme é a negação da seletividade. Se todos são iguais perante a lei, é preciso que se trate desigualmente os desiguais de modo a que igualdade perante a lei seja atendida. Trata-se, pois, de um critério de Justiça que nos remete à conformidade com Todo que vem de Deus.

Tiago Barreira:

01) Por mim, qualquer imposto sobre a renda ou patrimônio deve ser abolido

José Octavio Dettmann:

01) Imposto sobre renda é como dizer que o trabalho, o empreendimento ou a combinação de ambos são uma exploração abusiva e que o acúmulo dos frutos decorrente desse trabalho são um roubo.

02) A mais justa das formas de se tributar é sobre o serviço. Se eu prestei um serviço que trouxe relevância à ordem pública ou se eu usei algum equipamento mantido pelo governo, então eu devo pagar imposto por isso, pois eu escolhi esse serviço e é justo se pagar por ele.

03) No imposto de renda, a seletividade fica a critério do legislador. Se ele pensa que é um Deus, então os ricos são os que mais sofrem.

04) O imposto de renda foi inventado nos EUA. E foi uma das piores coisas que foram criadas. Estupraram a constituição por causa dele.

Tiago Barreira:

01) Tributar sobre o serviço é tão justo que ele permite proteger as fortunas já constituídas. Ela não só favorece o acúmulo de capital, como também protege as transações anteriores, que é um dos cinco efeitos da propriedade, descritos por Hernando de Soto, em O Mistério do Capital.

02) Tributar sobre a renda também protege as fortunas grandes e antigas já constituídas, mas ela impede a formação de novas fortunas. Ela cria uma concentração de renda e forma uma oligarquia - e esses ricos são selecionados porque é conveniente ao Estado, já que eles tem negócios com o mesmo, ainda que isso seja dissociado da verdade. Enfim, é um tipo de conservantismo.

José Octavio Dettmann

01) Onde não há imposto de renda, as pequenas e grandes fortunas se associam e ficam estocadas, de modo a alavancar o desenvolvimento local e de outros lugares próximos, por conta da geografia. O país que não tem imposto de renda se torna um banco por excelência e pode ser tomado como se fosse um lar, pois nele pode se confiar, já que não vão abusar do seu dinheiro, de modo a causar prejuízo na população local e nos investidores estrangeiros. Enfim, o país se torna, pois, uma espécie de paraíso fiscal, a ponto de integrar todos os outros ao seu redor, o que é uma causa de nacionidade.

02) Se acabassem com o imposto de renda, o país seria um verdadeiro paraíso fiscal e seria tomado como se fosse um lar mais facilmente, por ser próspero.

03) Enfim, tributar a renda decorrente do trabalho, do empreendimento e da combinação de ambos é um sintoma de país tomado como se fosse religião. Trata-se de um dos efeitos malignos do nacionalismo econômico.

Tiago Barreira:

01) Acho um absurdo tributar renda, principalmente renda adquirida e renda poupada.

02) Se o imposto de renda fosse abolido, os fundos de renda fixa teriam excelente remuneração. Seria uma excelente oportunidade de as pessoas de renda média e baixa terem um porto seguro a aplicarem seu patrimônio com uma remuneração estável e garantida. Até mesmo a própria poupança poderia perceber rendimento maior.  O problema é que o imposto de renda sobre o rendimento dessas rendas anula qualquer possibilidade de aplicar sem perda - e aí a pessoa é forçada a aplicar seus recursos na caderneta de poupança a uma remuneração fixa de 0,5% ao mês, que hoje está rendendo menos que a inflação e a SELIC.

03) A única forma de as pessoas ganharem algum dinheiro é aplicando renda em títulos do Tesouro direto, que rendem alguma coisa dentro da SELIC - enfim, a pessoa acaba financiando essa famigerada cultura de país tomado como se fosse religião, decorrente tanto do predatismo fiscal que este governo pratica, como também esse jeito perdulário de se governar - enfim, tudo isso acaba sendo um verdadeiro prejuízo, no longo prazo.

04) Enfim, tudo foi feito de modo a que o governo tenha sempre vantagem. Nada é feito pensando no bem dos que trabalham, empreendem e pagam impostos. Caso o sistema financeiro fosse realmente desregulado - e não parcialmente, como fizeram os EUA -, surgiriam várias opções de renda fixa com juros favoráveis ao poupador, esvaziando a caderneta de poupança e forçando-a a remunerar mais.

Da diferença entre pagador, pagante e prestador

José Octavio Dettmann:

01) Muitos liberais falam em pagador de impostos, quando, na verdade, temos prestadores de impostos. Pois o pagador, por sua natureza, assume sacrificar uma parte de sua renda, visando o bem de sua nação, já que ele foi chamado a servir a pátria, através da prestação de impostos, pois pagar pressupõe dor e sacrifício. Se o governo é fundado numa mentalidade revolucionária, a liberdade será para o nada, assim como o dever de lealdade e sacrifício para com o governo será voltado para o nada.

02) Prestar impostos é pagar, pois decorre de uma obrigação de fazer por força de lei, que é a de dar moeda para o erário. Se a gente paga impostos por força de lei, então somos prestadores de impostos. Como o país é tomado como se fosse religião, o governo tende a nos enxergar como um órgão que apenas confirma suas decisões arbitrárias, depois de um período de 4 anos de mandato.  Como somos vistos como um coletivo, um amontoado de pessoas que não se entendem. então não temos liberdade nenhuma. Eis aí a gênese do conflito entre prestadores e consumidores de impostos, segundo a perspectiva de Calhoun. E essas são as duas facções que brigarão até a morte pelo controle do Estado, tal como vemos em todas repúblicas liberais, das quais os EUA são modelo.

03) Já o pagante se aplica a consumir aquilo que lhe convém. Tem a mesma questão do conservantista - quando ele consome aquilo que é conveniente e dissociado da verdade, ele causa prejuízo a toda a população, dando causa ao consumismo, que é a liberdade sistemática para o nada.

04) Enquanto no inglês só existe a figura do payer, nós temos a figura do pagador, do pagante e do prestador. Por isso que é importante dominarmos a linguagem, antes de falar. Há vários termos sutis e sinônimos no português.

Tiago Barreira​:

01) Interessante. Não tinha pensado nisso: paga + dor.

02) Então, o pagador de impostos se aplica a quem paga imposto de renda, já que ele sofre expropriação de uma parcela de sua propriedade, enquanto o prestador é quem paga imposto sobre consumo ou serviço, já que o governo deu causa para o desenvolvimento de sua atividade?

José Octavio Dettmann:

01) Se você é tributado na renda, você sofre dor, pois é o fruto do seu trabalho acumulado que lhe é tomado. Para se tomar uma parcela do que é seu, de modo a fomentar o desenvolvimento da nação, você vai precisar de um governo sério e confiável, que respeite a cultura de se tomar o país como um lar e que não traia tudo aquilo que é de mais sagrado e que nos leve à conformidade com o Todo que vem de Deus. Só um governo que respeite a Lei Natural é que tem bons motivos determinantes para me chamar a colaborar de modo a que este assegure o bem comum a toda população. E o meio prático para se fazer isso é expropriando uma parcela da minha renda sob uma justa causa. Se não houver um justo motivo determinante que justifique um aumento dos impostos, então o governo está a praticar tirania.

02) Se você presta ou consome um serviço de utilidade pública ou que seja de interesse público, você presta impostos e é pagante, pois você está consumindo e vai ter direito ao que merece. No caso, nós temos taxa. 

03) Imposto destina-se a toda a coletividade e volta-se para abastecer aos cofres públicos; a taxa pode ser individualizada e presta-se a remunerar quem trabalhou pra você.

Facebook, 18 de março de 2015 (data da postagem original).

terça-feira, 17 de março de 2015

Dos conservantismos globalizantes e dos conservantismos locais


1) Os três primeiros tipos de conservantismo, que levam à morte de Cristo na Cruz, levam a uma ordem globalista, com pretensão de ser universalizante - e esta pretensão se funda na sabedoria humana dissociada da divina de que o homem, a criatura, deseja ser Deus, a ponto de derrubar o Criador em suas prerrogativas. Esses tipos são o sionismo, o protestantismo e o laicismo, que decorre do modernismo.

2) Existem conservantismos menores, cuja influência se dá mais a nível local, como a famigerada cultura do diploma, coisa que encontramos no Brasil.

3) O poder destrutivo dos conservantismos menores não pode ser desprezado, embora esses conservantismos menores sejam desprezíveis em essência, tanto quanto os globalizantes: eles dão causa a que o país seja tomado como se fosse religião - e se ele tiver pretensões imperialistas, esse conservantismo menor pode se tornar globalista, pois o país tomado como religião é como o mosquito da dengue: um vetor, que contamina todos os outros com os seus vícios.

4) Um país como o Brasil, como uma base cultural tão nula e que deseja ser uma potência mundial, terá uma influência tão cancerosa quanto a da Rússia. E uma nova consagração ao Sagrado Coração de Jesus precisa ser feita, neste aspecto, de modo a renovar aquilo que se predestinou desde a fundação do Império.

5) Por isso que devemos primeiro sanear a casa para só depois buscarmos o que sempre nos foi nosso, no tempo do império: o de agente internacional influente, enquanto potência mundial. A aliança entre o altar e o trono, que se deu em Ourique, é a base da nossa força, em essência. É do país tomado como se fosse um lar, e não como se fosse religião, que vem a força necessária de modo a restaurar o verdadeiro cosmopolitismo cristão e um verdadeiro direito fundado na universalidade das gentes que estão em conformidade com o Todo que vem de Deus, que decorre da Lei Natural, da Lei Eterna, já que servir a Cristo em terras distantes é a vocação de nossa terra. Sem a orbe christiana, não haverá verdadeira cristandade, assim como o verdadeiro estudo dos diferentes sensos de se tomar um país como um lar, de modo a que possamos crescer melhor a partir de uma experiência alheia sensata e universalizante: o estudo do nacionismo comparado ou internacionismo. E o Brasil precisa ser vetor neste aspecto, tal como são os mosquitos aedes aegypti geneticamente modificados, cuja picada ajuda a vacinar a população contra a dengue.

6) Dos nossos erros, podemos fazer um paralelo entre o que é o Brasil desde 1889, e a Rússia desde 1917 aos dias atuais. Isso mostra a relação da república com esses regimes revolucionários e totalitários. Mesmo que o PT passe, sempre seremos um "anão diplomático", enquanto a república vigorar entre nós. E esse conservantismo não pode ser tolerado.

7) Enfim, são estas coisas que não podem ser esquecidas, pois precisamos e muito resgatar a essência do nosso lar, que se deu em Ourique, e que norteou a nossa fundação, a partir de 1500.

quarta-feira, 11 de março de 2015

Do duplo aborto da república


Lula não é o neto da República Velha, não - é o parto anal da república como um todo. Afinal, o cu de Mariane não é revolucionário? Eis a natureza do duplo aborto: primeiro, a república interrompeu a gestação de uma verdadeira nação, sob a monarquia - e, não contente com isso, promoveu um parto anal, dando origem ao Lula e ao PT. Fica fácil constatar que do cu não sai vida, mas titica, pois o socialismo é merda e morte.
(José Octavio Dettmann, imitando o estilo Olavo de Carvalho de falar)

terça-feira, 10 de março de 2015

Do meu papel junto ao Olavo, no Facebook


1) Eis uma nova função que estou a desempenhar no facebook: ser articulador dos meus contatos perante o Olavo de Cavalho. Estou atuando como se fosse bibliotecário dele: coleto informação relevante junto aos meus contatos, posto no meu mural e remeto para o Olavo, de modo a que mais gente tome conhecimento e comece uma ação mais efetiva no campo online.

2) Minha influência junto ao Olavo começou a ser efetivamente construída. Algumas reflexões estão nascendo por conta do material que ponho lá. Como o Olavo é jornalista, ele checa a verificadade da 
informação e vai falando tudo o que é necessário.

Diário + rede social => Fábrica de bons escritores


1) Uma das minhas maiores dificuldades, como escritor, estava no fato de que os diálogos dos meus personagens eram ruins e sem vida. Até porque a minha vivência no mundo real era limitada, pois só lidava com gente com mentalidade inferior, que fazia do pecado projeto de vida e que vivia a vida fora da conformidade com o todo que vem de Deus, conservando tudo o que era conveniente ainda que dissociado da verdade. Não é à toa que passei boa parte do meu tempo como escritor aprimorando a dissertação e a descrição, já que esse não era o meu projeto de vida.

2) Desde que migrei pra rede social e comecei a interagir com pessoas com cabeça parecida com a minha, comecei a anotar e colocar no mural postagens relevantes, de modo a aprimorar o meu estilo de escrever, de modo a poder escrever uma boa história, de modo a fomentar a imaginação de meu semelhante. É observando e registrando as observações e reflexões de pessoas reais, e trazendo boas reflexões a partir do diário, que comecei a escrever de maneira melhor. Foi na base do control c + control v, com algo aqui e ali, que fui começando a construir uma narração e diálogos melhores, já que criá-los da cabeça não é muito o meu forte. 

3) Foi assim que comecei a melhorar. Sem a rede social, lidando com pessoas de valor, você não melhora - e se você não tiver um bom diário, onde você possa fazer as suas meditações, esse trabalho não é maximizado, de modo a servir à sociedade naquilo que é essencialmente relevante, de modo a nos levar à conformidade com o Todo que vem de Deus.

Torneiras e duplicadores de bitcoin confiáveis que eu conheço

Torneiras confiáveis de bitcoin que eu conheço:

http://moonbit.co.in/?ref=7b41658a1a20

Duplicadores de bitcoin confiáveis que eu conheço:

https://coinsdouble.com/?ref=3qKCy

Quem quiser se aventurar no bitcoin, com base no que sei, sinta-se à vontade pra me perguntar. Tenho feito muitas anotações sobre isso.

Meditação complementar o caso dos bitcoins 2


As cadernetas de poupança já não mais rendem com a variação da SELIC. Quando tal taxa de rendimento era de 0,5% mais a TR, a Selic variava entre 6 a 8,5% a.a. Agora, com a taxa SELIC variando a 12%, eis que o percentual de rendimento da caderneta segue a mesma trajetória de antes gerando perda considerável. Enfim, esse meio de investimento em breve desaparecerá.

(Hodney Fortuna)

Meditação complementar sobre o caso dos bitcoins 1


Eis a melhor maneira de ganhar dinheiro fácil a médio e longo prazo: Mandar U$100 mil para o Brasil agora com o dólar à R$3,05 (=R$305 mil) - se um dia o real subir e ficar a patamares mais próximos ao dólar, é só enviar de volta aqui pros EUA e lucrar com a diferença: se com dois dólares você comprasse um real, você ganharia U$ 200.000,00, isso se o real fosse muito valorizado. Mas ‪duvido muito - é mais fácil plantar 1 dólar no chão, regar e esperar nascer uma árvore de dólar e colher.
(Alex Souza)

Fundamentos a se observar, quando se trabalha com bitcoins


1) Com relação à administração financeira dos bitcoins, eu devo observar 3 coisas: 

2) A primeira delas é o preço do bitcoin, em relação ao dólar. A cada 200 dólares de bitcoin eu ganho 100% do preço do câmbio do dia, se a SELIC estiver acima de 7,5%.

3) A segunda é observar se a SELIC está acima de 7,5% => acima disso, vale a antiga regra de juros da poupança: R$ 5 por mil depositados. Do contrário, ganho 70% da SELIC, o que dá R$ 3,5 para cada mil, enquanto a SELIC for baixa. Ou seja, como poupador, fico refém da política econômica do governo.

4) A terceira é observar a taxa de câmbio do dia - se a taxa for alta, esse é o momento para vender dólares; se for baixa, para reter os dólares.

Técnica de multiplicação da riqueza, usando bitcoin


01) Com uma boa quantidade de bitcoins garantida, uma das coisas que se pode  começar a fazer é engordar a poupança, sempre que precisar. 

02) A taxa de juros no Itaú, por exemplo, é de 5 reais a cada mil depositados. Em termos minimalistas, isso quer dizer que a cada 200 reais depositados eu terei um real a mais de juros no aniversário do depósito.

03) Se eu depositar 200 dólares, terei hoje um pouco mais de 620 reais, pois já sabemos que o dólar está a R$ 3,10.

04) 620 => 200 + 200 + 200 + 20 =>  R$ 3,10 de juros

05) 620 x 28 => R$ 17.360, distribuídos em cada um dos 28 aniversários => 3.10 x 28 => R$ 86,08 de juros

06) 620 x 28 x 12 => R$ 208.320, ao longo do ano (pois cada dia do aniversário só acontece uma vez ao mês) => R$ 1041,60 de juros acumulados, ao longo do ano 

07) Se o bitcoin estivesse valendo 1400 dólares, o auge de seu valor, você receberia R$ 3,10, x 7 de juros.

O verdadeiro valor do Bitcoin se apura da mesma forma como se aprende o valor de 1 dólar


1) O valor mais importante para se começar toda e qualquer operação com bitcoin é 0,001 BTC - esse valor é a base para todas as operações econômicas que se venha a fazer no futuro, com bitcoin. Tal como os americanos aprendem desde cedo o valor de 1 dólar, você deve aprender a conhecer o valor de 0,001 BTC. Para se conseguir isso no moonbit, você vai passar muitas horas trabalhando nesse site - digo isso, por experiência própria. Em uma semana ou duas de trabalho sério, você consegue esse valor

2) 0,001 BTC é o valor mínimo para que o coins double possa fazer o seu trabalho de duplicar bitcoins - você vai precisar esperar 100 horas, só para ver 0,001 BTC ser duplicado para 0,002 e assim sucessivamente. Eu já fiz várias duplicações neste site - ele tem se mostrado confiável, pois me pagou tudo direitinho, até agora.

3) Para se chegar ao primeiro centésimo, você levará 300 horas - a mesma quantidade para o primeiro décimo, a mesma quantidade para a primeira unidade completa e assim sucessivamente.

4) Se dinheiro é fruto de trabalho, então isso que estou a fazer é, de certo modo, um trabalho. Pode não se dar da maneira convencional, mas, pelo menos, eu estou levando a sério à proposta de experimentação, mas a minha maneira.

O conservantismo é movido à babaquice


1) Para se ter uma boa história para contar, de modo a edificar boa consciência no seu semelhante, você deve experimentar as coisas, primeiro em privado, e depois narrar a sua experiência em público.

2) Parece-me que certas pessoas, que se dizem de direita, não aprendem essa lição. Já vão condenando peremptoriamente as pessoas que ousam experimentar as coisas, pois a experimentação é um desafio àquilo que se conserva convenientemente e que é dissociado da verdade. E só o o fato de se condenar veemente a experimentação, sem um justo fundamento, já é um sintoma de conservantismo canceroso. É o que se pode ver em muito libertário, que tenta criar dogmas a partir de uma sabedoria humana dissociada da divina.

3) Veja o caso do bitcoin. Os próprios criadores do sistema dizem que é um experimento social. Se é um experimento, experimentações decorrentes desse experimento podem ser feitas, o que é perfeitamente lógico, se este fato for tomado como se fosse coisa. Só o fato de os retardados condenarem as torneiras e os duplicadores de bitcoins confiáveis já é sintoma de consevantismo canceroso.

4) Se esses tolos acham que devo depositar os reais que adquiro do meu trabalho em algo que parece ser fundado para o nada, saibam eles que eu não vou cair nesse engodo. É o mesmo argumento com relação à chamada aposentadoria complementar dos funcionários públicos, em que o dinheiro fica depositado num fundo de pensão gerido pelo governo - como tem maracutaia, tudo some. 

5) Os primeiros bitcoins que adquiri foram através de torneiras e através de duplicação de bitcoins. Não usei um centavo de real próprio do meu trabalho - pois não troco algo concreto por um risco abstrato. O que é abstrato deve ser feito de modo abstrato - e se isso tem efeito concreto, só o tempo e a experiência poderão me dizer.

6) Às vezes, ver um grande número de pessoas imitando o Sr. Fábio Salgado de Carvalho na babaquice me enoja. Nestes casos, deve-se bloquear primeiro e perguntar depois. Sorte deles, ou minha, de que eles estão dispersos pelo país afora - o bloqueio é o melhor remédio contra a estupidez.

segunda-feira, 9 de março de 2015

São Josemaria Escrivá, sobre o nacionalismo


Forja 879: Tens de rejeitar o nacionalismo, que dificulta a compreensão e a convivência: é uma das barreiras mais perniciosas de muitos momentos históricos. E rejeita-o com mais força - porque seria mais nocivo -, se se pretende levá-lo ao Corpo da Igreja, que é onde mais deve resplandecer a união de tudo e de todos no amor a Jesus Cristo.  
(São Josemaria Escrivá)

domingo, 8 de março de 2015

Por que o esquerdireitista é um inimigo difícil de ser identificado?

1) O esquerdireitista é um inimigo difícil de identificar, pois ele está em meio aos que são bem-intencionados, que rejeitam o mal, mas não sabem lutar contra ele. Ao se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, ele subverte o verdadeiro movimento conservador, deformando-o e desinformando-o, pois já há uma sólida cultura de conservantismo entre nós, pois muitos não tomam o Brasil como um lar e ignoram a aliança entre o altar e o trono, coisa que poderia salvar a pátria desta crise, no sentido efetivo do termo. Além disso, muitos desses que são bem-intencionados não tiveram acesso ao ensino sério de história, como eu tive, de modo a tomar o país como um lar e não como se fosse religião, tal como se dá nesta república. E é por conta desta ignorância que muitos optam por debandar em massa da pátria diante de uma crise como a nossa, caindo em situação de apatria, ou entrar em luto, pois a covardia neles foi induzida, cultivada como se fosse política de Estado, marcadamente revolucionária por si mesma.

2) Como muitos não sabem a diferença entre conservador e conservantista, a infiltração e a conseqüente corrupção do movimento conservador acabam sendo facilitadas, a ponto de ficar muito bem protegida sob o manto da invisibilidade, o que dificulta ainda mais o trabalho de inteligência, de modo a identificar o inimigo. Ao não se reconhecer a diferença entre conservador e conservantista, você acaba dando uma de idiota útil - a língua, esta importante ferramenta que deveria ser usada de modo a desmascarar e descrever a artimanha revolucionária, acaba não sendo usada de maneira apropriada, conservando assim o disfarce do inimigo. Eis aí porque tanto falava o Olavo da necessidade de se dominar a linguagem e não se deixar dominar por ela, já que ela está sendo ditada pelos engenheiros da novilíngua marxista.

3) Quando não se sabe o que se deve conservar, muitos acabam assumindo os riscos dessa confusão e acabam confessando colaborar com o inimigo em vez de combatê-lo, dando causa ao fenômeno da esquerdireita.

Novas notas sobre a esquerdireita

1) A neo-direita não é direita - é esquerda que se diz de direita. Esquerdireitista. E como tal, em relação à República, é conservantista.

2) A hipocrisia é a marca da ação da esquerdireita: declara-se nominalmente conforme o Todo que vem de Deus esquecendo, de maneira conveniente e dissociada da verdade, o mais básico: amar a Deus sobre todas as coisas e a teu próximo como a ti mesmo. Quanto ao segundo mandamento de Jesus, eles seriam capazes de acusar Cristo de ser socialista e a crucificá-lo por isso. Eis aí a ascensão da quarta crucificação de Cristo entre nós, o que os torna pecadores mais gravosos do que São Pedro, que negou Jesus por três vezes.

3) A neo-direita (o esquerdireitismo) tem muitos elementos da esquerda e tem estudado Gramsci para combater o comunismo, mas se deixou contaminar por Gramsci de modo a promover o conservantismo no capitalismo, que é contrário ao ensinamento da Doutrina Social da Igreja, de modo a impedir que a verdade, que decorre daquilo que se encontra realmente à direita do pai, se imponha por si mesma.

4) A esquerdireita, como o comunismo, faz do pecado projeto de vida, e atacará pela via do gramscismo os fundamentos da direita verdadeira e conforme o todo, mantendo os elementos decorrentes das três primeiras negações que levaram Cristo a Cruz, ao longo de nossa história: o conservantismo original, que deu origem ao sionismo; o conservantismo na fé reformada, que nega a autoridade da Igreja Católica, e o desdobramento disso, que é a negação da aliança do altar com o trono, que se dá nesta república. Ao atacarem a doutrina social da Igreja, eles preservam estes três elementos e acrescentam um quarto, extrapolando de maneira grave os ensinamentos do evangelho.

5) Além de conservantistas, são essencialmente libertários, pois acham que todas as religiões são boas, e tendem ao ateísmo militante, ainda que não o digam de maneira aberta que o são.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de março de 2015 (data da postagem original).

Colonização portuguesa x colonização francesa


1) Quando uma terra é ocupada, de modo a servir à glória de outra nação, tal como ocorreu com os franceses, essa terra é explorada e descartada. Não é à toa que a França sempre foi um país que colonizou muito mal os outros territórios do planeta. 

2) Quando uma terra é ocupada, partindo-se do pressuposto de que devemos servir a Cristo em terras distantes, a terra no primeiro momento serve para a grandeza de Portugal e é servida, de modo a que possa se tornar uma grande nação no futuro por direito próprio, enquanto recebe os verdadeiros fundamentos do cristianismo e da aliança do altar com o trono que se deu em Ourique. 

3) Quando nascemos numa terra que foi colonizada sob esta fundação, nós não podemos partir do fato de que a herdamos dos nossos antepassados - na verdade, devemos pedi-la emprestada aos nossos filhos, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar melhor. Nestes 126 anos de república, nós tivemos o imaginário colonizado por franceses - está na hora de voltarmos a ter o imaginário repovoado com os valores de Ourique, que vieram através das caravelas.

sábado, 7 de março de 2015

Rezem por mim na luta contra o conservantismo

1) Se há algo em que eu sou muito falho como homem é que ainda tenho dificuldade de rezar pelos meus inimigos. 

2) Muitos dos meus inimigos conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. A insensatez deles serve aos maus - o que é uma revolta contra a razão e a sensatez, que nos levam à conformidade com o Todo que se dá em Deus. 

3) É por isso que os odeio com mais gravidade do que os maus em essência, pois se fingem verdadeiros cordeiros quando necessários, mas são verdadeiras serpentes, verdadeiros lobos em pele de cordeiro, sempre prontos a destruir o país quando menos se espera.

4) O conservantismo é dissimulado - é o reino do diabo que ri do reino de Deus e rói todas as fundações pelas quais o país deve ser tomado como se um lar, em Cristo.

5) Rezar pelos meus inimigos e trazer a espada contra eles são duas atividades muito importantes, mas a natureza do combate é tão complexa que só homens muito mais completos do que eu conseguem vencer esse mal. Como sou um homem incompleto neste aspecto da oração, peço que orem por mim, enquanto meto a espada nessa gente, que é o que posso fazer aqui e que é necessário, muito necessário agora.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de março de 2015 (data da postagem original).

O determinismo das fronteiras naturais do nacionalismo é falso

1) Se o nacionalismo fixa as suas fronteiras com base nos limites naturais, no determinismo geográfico, no materialismo físico e econômico, a verdade é que esse determinismo é falso. A literatura nacionalista, que se consiste em tomar o país produtor de alta cultura como se fosse religião, será o equivalente do marxismo cultural, pois os erros decorrentes de se tomar o país como se fosse religião serão distribuídos e universalizados através das traduções das obras para outros idiomas. Enfim, a fé metastática decorrente de se tomar o país como fosse religião se espalhará pelo mundo e infectará o tecido universal quando o falso for tomado como se fosse coisa, como se fosse verdade, já que as demais células sadias serão infectadas por uma célula doente, originalmente infectada pela mentalidade revolucionária, decorrente da Revolução Francesa.

2) O nacionismo, ao tomar o país como um lar, não se contenta só com as fronteiras físicas, mas com as fronteiras espirituais, que se limitam até o ponto em que Cristo pode ser ouvido e compreendido muito bem. 

3) O espaço geográfico que serve a um povo pode servir a outro povo, no processo de se tomar a terra como um lar, já que a minha casa também é casa do meu irmão. Através da prestação do serviço, povos serão aproximados e as culturas se dialogarão até surgir um patrimônio comum, onde as diferenças serão substituídas pelas semelhanças - e é neste ponto que se dá o verdadeiro caráter da integração dos povos. Esse processo se dá de baixo pra cima e não de cima para baixo, como está se dando na Europa - e esse processo leva muitas gerações e necessita da presença permanente do Filho do Altíssimo, de modo a que esse processo se complete. 

4) A literatura nacionista, por se universal, pede relatos de histórias de permanente serviço a Cristo e de experiências que nos levem à conformidade com o todo que vem de Deus. Quanto mais universal for a literatura de um país, mais nacionista e influente o país será, pois o exemplo de uma nação fortalecerá o exemplo de outra nação, se as circunstâncias locais forem levadas em conta, o que se permite aprimorar e fortalecer a experiência a uma teoria geral, pois virtude chama virtude, dando causa a um poderoso processo de capitalização moral.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de março de 2015 (data da postagem original)

Conservantistas como um modelo a não ser seguido - Parte 2 - o caso dos Brodbeck


1) É muito bonito catequizar os filhos em casa, de modo a que o país, em sua unidade, seja tomado como se fosse um lar, em Cristo.

2) No entanto, quando se tem uma pessoa que tem como projeto de vida o pecado de tomar uma região particular do país como se fosse religião, a ponto de inculcar valores separatistas nos filhos em meio à catequese em casa, há que se pôr em dúvida a catolicidade desse sujeito. Mais grave ainda é conservar esse pecado de maneira conveniente, ainda que isso seja dissociado da verdade. E é nesse conservantismo que o casal Brodbeck é uma ameaça ao país, que deve ser tomado como um lar, em Cristo, em toda a sua unidade, a apesar dos vícios republicanos que espalham esse mal do qual eles tomam como se fosse coisa.

3) Não quero que me mandem nada relacionado ao projeto de catequese do Sr. e da Sra. Brodbeck. Separatismo é pôr o pecado como se fosse projeto de vida - é liberdade para o nada, em oposição à missão nacional e universal de servir a Cristo em terras distantes, como se deu em Ourique, a gênese do Grande Império Português, do qual o Império do Brasil é herdeiro. Quem acha bonito ver os filhos pensarem que o resto do Brasil é um país diferente do Rio Grande do Sul tem mais é que arder no inferno.

4) Não recomendo o Domestica Ecclesia para ninguém, a não ser que ele renuncie a essa mentalidade diabólica. Eu bloqueei ele e sua esposa - e não me venham defendê-lo, pois vou defenestrar mais gente ainda do mural.

5) Não é uma atitude inteligente misturar cristianismo, que prega a unidade e o nacionismo, com apatria e a cultura de se tomar uma província como se fosse religião, de tal modo a que a naturalidade se converta em nacionalidade. Esse projeto dos Brodbeck não é conforme o todo e vou combater à base de espada quem apoiar tal nefasta iniciativa.

Conservantistas como um modelo a não ser seguido - Parte 1 - O caso de Fábio Salgado de Carvalho

1) O que posso dizer de todos aqueles que usam seu vasto conhecimento em leituras para ralhar os outros, que nem o famigerado Sr. Fábio Salgado de Carvalho costuma fazer para com os seus semelhantes? Nada, a não ser agir - o que ele faz me fez bloqueá-lo para todo o sempre, até o dia em que este se arrependa - o que acho pouco provável, se levarmos os ranços de conservantismo protestante que ele tem. Esta atitude é inimiga do Brasil e é tão nefasta quanto o esquerdismo - e esse tipo de coisa conheço de cor e salteado.

2) Na língua de meu padrinho e de São João Paulo II, eis o que costuma se dizer desta nefasta atitude de usar o conhecimento adquirido para se ralhar os outros, em vez de falar coisas na Caridade e na Constância de Cristo: bardzo brzydka postawa. O que é feito por ele decorre de uma atitude muito feia e nem um pouco elegante, coisa incompatível para quem é bem versado no estudo da verdade, dado que o conhecimento nos gera responsabilidades pessoais e morais para com o próximo - e repudio quem age dessa forma, posto que é desserviço a Cristo e à inteligência. 

3) Se eu tivesse a mesma carga de leitura como tenho de empiria, eu faria o oposto: diria as coisas de modo a edificar os meus semelhantes. Estou fazendo isso com o nacionismo, no senso de tomar meu país como um lar.

4) Como estou aprendendo a tomar a terra de meu padrinho e do papa João Paulo II, que o ordenou como sacerdote, como um lar, vou ensinando o que estou aprendendo de polonês. Só tive uma aula, mas tenho muito o que aprender.

5) Quem puder me ajudar contribuindo com a vaquinha, de modo a continuar meus estudos, eu agradeço desde já.

6) Quem sabe um dia eu não converse com os amigos aqui na língua de São João Paulo II, coisa que estou aprendendo na paróquia e ensinando aqui no face?

7) Eis o endereço da vaquinha:

Nacionismo como um esquema universal de ordem pública, fundada em Cristo Jesus


1) Encontrar e servir a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento, é como juntar tesouros. Você deve servi-los de modo a que bem te sirvam, sempre que você precisar. É a partir da comunhão desses valores que Cristo será ouvido - ao se ouvir permanentemente o que Cristo tem a dizer, haverá uma verdadeira ordem pública entre nós, fundada na conformidade com o todo que vem de Deus.

2) Para uma expansão sustentada nesta sólida e perene verdade, é preciso que se saiba construir relações de longo prazo, fundadas na eternidade, e que continuem sólidas mesmo quando uma nova geração for suceder a anterior, ao morrer de velhice. É das relações de serviço a longo prazo que nascem as lealdades, em que o servido se torna seu servidor, em retribuição ao bom trabalho que você fez, como Cristão.

3) Quando a nova geração sucede a anterior e conserva aquilo que é bom e conveniente, fundado na memória da dor de Cristo, que morreu por todos nós na Cruz, o processo de se tomar o país como um lar se fortalece e pode ultrapassar as fronteiras naturais de um país, a ponto de fixar fronteiras morais em outros lugares, de modo a que esses novos lugares sejam tomados também como um lar - e esse é o primeiro passo para uma expansão sem a necessidade de se declarar guerra. É preciso povoar o imaginário de outros povos a partir de constantes e sólidas memórias de serviço à causa de Deus, de modo a que o país que serve seja também tomado como se fosse um lar também por quem é servido. Esse processo de capitalização moral tende a ser constante e precisa de almas virtuosas bem formadas, capazes de combater o mal sem dó, nem piedade. Enfim, não existe capitalização moral sem se povoar o imaginário dos outros povos com virtudes - e esse imaginário precisa ser colonizado através do amor ao próximo e sob constante necessidade de bem servir aos semelhantes por meio da verdade em Cristo.

4) O nacionismo, em que a pátria terrena é tomada como se fosse um lar, com base em Cristo e na pátria do Céu, é um esquema universal - ele é mais do que globalista. Ao contrário dos demais esquemas globalistas, fundados na sabedoria humana dissociada da divina, o nacionismo é e sempre será católico, pois decorre da sabedoria divina e da constante necessidade de fazer os homens se ajustarem à vontade de Deus, de modo a que estejam na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Ao se tomar o país como um lar, você serve a todos os outros de modo a que também possam tomar seus lugares como um lar, de modo a servir a Cristo, em suas circunstâncias.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Ensaio sobre a natureza da apatria


1) A situação de apatria não se caracteriza só pela perda dos direitos políticos. Apatria é algo muito sério: é a perda dos direitos civis, por força de alta traição à vida e à vocação da nação, que deve ser tomada como se fosse um lar em Cristo.

2) O apátrida deve ser expulso do país e não pode usufruir de nenhum direito legal, por conta da nacionalidade, por conta do vínculo com o país, pois se mostrou indigno de ser brasileiro. Não pode trabalhar, não pode casar, não pode ter residência permanente no país e não pode nem mesmo freqüentar alguma instituição pública, como museus ou mesmo universidades.

3) Se os petistas e os membros dos partidos que fazem parte do Foro de São Paulo forem declarados apátridas, todos os esquerdistas devem ser evacuados dos recintos públicos que ocupam sob força policial.

4) O problema é que a constituição não prevê tal pena. Cassação permanente dos direitos políticos é pouco - eles ainda terão direitos civis e ainda agirão pela via cultural - e isso deve ser cortado. Apátrida é um inimigo da pátria - e deve ser tratado como um inimigo, pois ele é inimigo - e como tal, a dignidade da pessoa humana desses bandidos não se cabe, a não ser que confessem seus pecados - o que acho pouco provável, se levarmos em consideração seu líder máximo, o Lula, que está incitando a violência. 

5) Pois a situação é de guerra mesmo: ou se toma o país como um lar ou o país é tomado como se fosse religião totalitária de Estado, onde o seu líder máximo será tratado como se fosse um Deus, a partir de ostensivo e sistemático culto à personalidade, tal como se deu na União Soviética. Não existe terceira via.

O mundo não sabe lidar com os empíricos - Parte 2


1) Eu vejo é que o pessoal tende a exagerar muito nas impressões quando aprecia o trabalho de quem sabe mais as coisas por empiria do por leitura direta da fonte. 

2) Muita coisa eu sei mais por empiria do que por leitura direta da fonte. Do pouco que li dos clássicos, eu já produzi mais de mil artigos sobre o que li. É que não consigo ler um livro se eu não puder meditar detidamente sobre todas as coisas que li desse material. Por isso que demoro tanto na leitura de 1 livro, mais que o normal. É que quero realmente compreender as coisas da forma como são e suas implicações.

3) Uma coisa que aprendi, nesta vida, foi a conservar uma certa ignorância, uma ignorância conveniente e conforme o todo que vem de Deus (um conservantismo sensato, fundado na dor de Cristo). Se há algo que não me compete, então eu não me manifesto e nem me meto nisso. A pior coisa que pode acontecer é falar uma bobagem grave e edificar má consciência no irmão, que pode ser insanável. Esse é um tipo de erro que muitos cometem: não cultivar uma certa ignorância, de modo a permanecer humilde. A verdade é que a riqueza cultivada depende da pobreza, causa da humildade.

O mundo não sabe lidar com os empíricos - Parte 1


1.1) Quando lidam com uma pessoa que tem muito saber empírico - como o meu caso, pois passei mais de 20 anos estudando História, sobretudo História do Brasil, mas não sei nem um décimo do que o Olavo sabe -, as pessoas acham que li certos autores, dos quais sequer ouvir falar - se não fosse pelo fato de a pessoa me perguntar, jamais conheceria esses autores. 

1.2) Um exemplo disso foi na época da faculdade me perguntarem se li o autor de O Mundo de Sofia. Nunca ouvi falar, na época (isso foi por volta de 2001, quando entrei pra faculdade de Direito). E até hoje não li e não me será necessário, pois tenho o Olavo como professor - e isso me basta.

2) Essas coisas costumam acontecer comigo desde os 14 anos, de tempos em tempos. E no facebook isso já me aconteceu algumas vezes.

3) Isso é uma coisa que sempre me intrigou, mas nunca compreendi isso direito. O que poderia ser isso? Acredito que deve ser alguma sina que me persegue ou algum tipo de destino, mas nunca realmente compreendi isso bem.

4) Antes de ter acessos aos livros universitários e sebos do Centro do Rio, eu lia os manuais de história que eram usados no colégio - lia e meditava sobre o assunto. Só muito, muito tempo depois é que tive acesso aos clássicos - e mesmo assim, não li muita coisa ainda. 

5) O que mais tenho tentado, aqui no face, é assimilar por osmose, visto que 80 livros por ano é algo irrealizável para mim. Ler 1 livro, para mim, pede que eu medite constantemente sobre ele - e de um livro já escrevi vários artigos, com base no que aprendi do livro ou a partir de algumas outras coisas que já observei,  em outros livros, criando um arranjo de coisas das quais sou um mero intermediário.

6) Do pouco que li, eu já escrevi mais de mil artigos em 3 anos. Esse pouco que li dos clássicos é que posso falar com segurança

7) Dos que lêem muito, eu vejo muitos a cuspir arrogância e uma insolência enojante. E isso não quero para mim. Prefiro ler pouco, mas meditar muito - deixando que o Espírito Santo me guie, de modo a apreciar retamente todas as coisas, de modo a estar na conformidade com o Todo que vem de Deus. Pelo menos, é como tenho tentado. 

Era isso que me passava pela cabeça agora!