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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Os conservantistas não fazem exame de consciência


1) É um erro muito comum do formador de opinião não fazer um exame de consciência antes e depois de escrever. E é por não fazer tal exame que termino cortando laços com todo aquele que insiste em conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade, ainda que eu a tenha chamado à razão, coisa que vem de Deus. Pois a má consciência é também oficina do diabo - quem não crê na fraternidade universal, fundada em Cristo, está necessariamente a pregar a apatria entre nós, que desejamos tomar o país como um lar.

2) Se esta pessoa, este formador de opinião tivesse o cuidado de examinar se o que ela fala é ou não conforme o Todo que vem de Deus, ela jamais declararia coisas fundadas no fato de se conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade. Pois o pecado do conservantismo nos afasta da amizade de Deus nos leva ao caminho da heresia. 

3) Só quem conserva o que convém e dissociado da verdade é capaz de transgredir a sã doutrina e atentar contra a autoridade da Igreja ou relativizar o papel do Papado, ao adotar uma postura sedevacantista ou um "tradicionalismo" falsamente radical, fundado no fato de se conservar aquilo que é conveniente e dissociado da verdade, de modo a descaracterizar a Santa Tradição, em sua essência.

4) Em resumo, o conservantismo é a maior chaga que afeta todos aqueles que têm a pretensão de serem conservadores. Pois não é possível ser conservador se você não souber o que deve e merece ser conservado. 

5) Nós devemos conservar a dor de Cristo, dor essa que edificou uma civilização inteira, fundada no fato de se tomar um país como um lar n'Ele, pois é n'Ele que encontramos o refúgio da vida difícil do dia-a-dia e é n'Ele que aprendemos a tomar o país como um lar e não como se fosse religião totalitária de Estado, coisa que nos afasta da conformidade com o Todo que vem de Deus. E este processo não é fácil, pois a santidade sistemática de um povo se dá no dia-a-dia. Eis aí porque Deus jamais deve ser retirado da esfera pública (dos tribunais, das praças, das políticas públicas, enfim, de tudo o que rege as coisas de modo a que o país seja tomado como um lar).

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