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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Do transplante intercontinental de populações como política de Estado

1) Numa época em que a climatização de plantas não era conhecida,  a melhor política de Estado para fazer frente a essa circunstância difícil era importar população que fosse mais acostumada ao clima, de modo a poder se trabalhar na lavoura e nas minas.

2)  Já se sabia que a longitude de certos territórios africanos e de certos territórios da América portuguesa era a mesma - é por essa razão que a adaptação do negro ao território americano não seria 
difícil, visto que eram mais resistentes a sol forte. A razão para isso se devia a enorme quantidade de melanina na pele - eis a razão pela qual esses braços tão necessários à economia colonial eram negros.

3) Além disso, os negros eram a mão-de-obra ideal por uma outra razão: os índios não eram confiáveis, dado que não faziam o trabalho da forma que os portugueses queriam, justamente por serem muito selvagens, muito arredios. Além disso, conheciam bem o terreno, o que tornava difícil o trabalho de recapturá-los.

4)  A solução de importar mão-de-obra africana resolvia  um outro problema, que nasceu por conta da unificação das coroas ibéricas: o indígena, por conta daquele famoso debate que se deu em 
Cádiz entre Bartolomé de las Casas e Juan de Sepúlveda, passou a ter seus direitos de súditos da coroa espanhola reconhecidos dentro do território português, a tal ponto de que sua escravidão foi banida. 

5) Isso se deve ao fato de que Portugal foi possessão espanhola, entre 1580 a 1640 - a colonização efetiva do território brasileiro mal tinha 50 anos, posto que o sistema de capitanias hereditárias foi implementado em 1530.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2014 (data da postagem original).

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