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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Uma boa ordem privada decorre de uma boa ordem pública


1) Uma das maiores tragédias deste país é que as pessoas não se sentem obrigadas, quando estudam em universidades públicas, a devolver, em trabalho concreto, tudo aquilo que aprenderam nas universidades públicas, que são mantidas por todos nós através dos impostos.

2) Uma das razões para isso é que o marxismo está lá dentro destas instituições pervertendo tudo - ele precisa ser banido, pois é a causa que fomenta a ignorância sistemática da população e, ao mesmo tempo, é a causa para que o Estado seja tomado como religião, a ponto de destruir o sentido da nossa pátria tomada como se fosse um lar.

3) Um dos indícios de se tomar a pátria como um lar está no ensino sério e responsável, que dá causa para que as pessoas se sintam preparadas, de modo a bem servir seus semelhantes, seja em âmbito público e privado.

4) O fato é que o serviço público deve ser encarado como um estágio necessário de modo a se servir seus semelhantes bem no âmbito privado, pois a noção de vida comunitária e de sociedade de confiança necessita ser instaurada e distribuída. Não pode haver boa vida privada sem uma boa vida pública como modelo - pelo menos, é o que vemos na Família Imperial, cuja presença é distribuída à Pátria, através dos funcionários públicos que regem a coisa pública em seu nome. É assim que a nobreza se distribui entre nós, pois todos temos a chance de servir à pátria, quando optamos por estudar nas universidades públicas.

5) Uma reforma do Estado certamente passará necessariamente pela reforma do ensino nas universidades públicas.

6) Como historicamente as universidades públicas sempre foram usadas para se formar membros que pudessem compor os quadros da administração pública nacional, então seria muito sensato que os alunos, uma vez formados, ficassem sob servidão contratual por quatro a 7 anos, de modo a devolver tudo aquilo que de bom aprenderam nas universidades públicas.

7) Na minha época de estudante, o custo médio de um aluno universitário na universidade federal era orçado em 13 mil reais mensais => como cursei 7 anos, a minha dívida seria de 1 milhão e 92 mil reais - e o pagamento disso podia ser feito através de 7 anos como procurador do Estado, atuando em causas públicas, até o pagamento de todas as dívidas. E se fizesse bem o meu papel, eu poderia ser tornado procurador efetivo. Ao pagar a minha dívida trabalhando, o meu trabalho é avaliado e devidamente reconhecido - e isso é bem melhor que um concurso público da vida, pois estou fazendo o que realmente interessa: estou metendo a mão na massa.

8) Se os servos prestarem bem seu serviço, merecem bem o sustento. Findo o prazo, eles podem ficar, se tornando trabalhadores livres e profissionais, ou podem ir para a iniciativa privada para explorar outras áreas, munidas de todas as experiências profissionais necessárias. Isso sem contar os contatos pessoais e profissionais que são adquiridos ao longo da vida de servidão. Pois a servidão, no sentido medieval e cristão, é pedagógica: ela te prepara para a vida livre e responsável. A servidão mata a impessoalidade e a indiferença deste mundo moderno, que são cânceres. Uma pessoa necessita de vínculos de modo a tomar seu país como um lar.

9) Além de preencher o quadro deficitário, resolve o problema do inchamento público, pois não será mais a companheirada que exercerá os quadros de confiança, mas sim quem mete mesmo a mão na massa.

10) Além disso, resolve o problema da crise de vocações, pois não será mais necessário ter que se corromper para poder ser funcionário público. E nem será necessário buscar a vida no serviço público como um fim em si mesmo, de modo a ter um bom padrão de vida.

11) Quando o problema da impessoalidade e da indiferença, decorrentes da cultura do diploma, forem resolvidos, porque dão causa à vadiagem sistemática, aí o funcionalismo público será buscado como uma opção de vida como outra qualquer e nunca como uma necessidade fundada numa crise de vocações, onde tudo se resume a carreirismo público como sendo o único meio de subsistência e sobrevivência legítimo, justamente por termos uma ordem privada ruim.

12) Se o serviço público for tomado como um estágio para se aprender a bem servir aos seus semelhantes na ordem privada, a longo prazo teremos uma boa ordem privada e conforme o todo.

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