Pesquisar este blog

terça-feira, 24 de junho de 2014

Por que o rei ou o imperador é, por natureza, um juiz?


01) É fato: a democracia, para funcionar, necessita de eterna vigilância.

02) Obviamente, um juiz permanente precisa fiscalizar o bom funcionamento dos poderes do Estado. Esse juiz deve estar acima dos poderes, moderando tudo - isso não quer dizer, entretanto, que esse juiz deve estar acima da lei que é conforme o todo ou arrogar para si o poder de um Deus, agindo tal qual um tirano absolutista.



03) A função desse juiz é proteger o povo dos que mal gerenciam a coisa pública, assim como impedir que se possa praticar rapinagem ou patimonialismo sobre ela, de modo a acarretar dano permanente sobre a coisa, matando o senso de se tomar o país como um lar.


04) Esse juiz faz um trabalho especializado - e você só vai encontrar um bom substituto pra ele, quando este morrer, dentre os membros da família deste juiz, pois os príncipes aprendem essas experiências como vivência de família desde cedo e não haverá outra que ensine isso. Esse tipo de mão-de-obra é escasso e valioso, sobretudo quando se trata de garantir o bom uso da coisa pública.

05) Esse juiz é vitalício e perpétuo, toma seu país como um lar e não o confunde como uma (segunda) religião e deve ser conforme o todo, pois seu serviço de reger o povo, se feito de modo organizado e responsável, faz promover a caridade sistemática, fazendo o povo ser nobre e santo, uma vez que não se esquecerá da pátria do céu, ao tomar a terrena como um lar. 

06) Se você me disser que esse juiz é o Rei ou o Imperador, você está absolutamente certo. 

07) O melhor dos presidentes nunca será um bom substituto para um bom imperador. 

08) Quando se troca um bom presidente por um outro qualquer, a cada quatro anos, nós estamos admitindo que a liderança é sempre improvisada, fora que estamos correndo o risco de pagarmos o pato por conta das nossas más escolhas, enquanto membros povo. 

09) Que a verdade seja dita -  nenhum governo funciona bem com lideranças improvisadas - não é à toa que crises e instabilidades políticas promovem caos e retrocesso. E isso corrói a riqueza da pátria sistematicamente. 

10) E não é à toa também que muitos odiarão o Estado, de uma maneira irresponsavelmente libertária. O administrador (o que conserva e expande a coisa pública) e o juiz (o que rege seu povo, fiscalizando a atuação dos administradores e a boa relação entre os poderes do Estado) estão na mesma pessoa - se houver confusão de funções, ocorre dilapidação do patrimônio público, por conta do patrimonialismo e do populismo.

10) O fenômeno libertário só pode ser perfeitamente compreendido em ambientes onde a chefia do governo e do Estado se concentra nas mãos de uma só pessoa. E mais grave ainda quando se admite a precariedade dessa liderança, que é trocada a cada quatro anos.

11) Sendo o soberano juiz, ele decidirá as coisas tendo por referência a lei de Deus, que é a verdadeira constituição, e a aplicará de tal forma a que a lei constitucional, que rege o Estado e a coisa pública, seja conforme a lei de Deus. 

12) Se não houver uma referência permanente a isso, um rei laico será um proto-ditador, dado que pra ele não existe constituição suprema nenhuma, a não ser a sua pretensa sabedoria humana, que é falha e imperfeita. Exemplo nefasto vemos agora com o rei Felipe VI da Espanha, que é um rei laico, que dá causa à intensificação do comunismo e do anarquismo por que passa a Espanha.

Publicações relacionadas:

O que se pretende, quando se separa a Igreja do Estado? http://adf.ly/ppPTX

Nada que decorra de uma ordem revolucionária pode ser bom. Uma ponderação sobre isso: http://adf.ly/ppPlE

Nenhum comentário:

Postar um comentário