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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O abuso começa quando se concentra muitos bens em poucas mãos


1) Esse povinho liberal sem-vergonha vive criticando o distrbutivismo, afirmando que eles defendem o intervencionismo, coisa que é pecado mortal pra eles. Se não houver uma intervenção de modo a se coibir a injustiça, os abusos de direito que se dão por conta de concentrar os poderes de usar, gozar e dispor, por conta da posse de muitos bens, corpóreos ou não, móveis ou imóveis, haverá anarquia.

2) Da mesma forma que no macro, limitar a concentração de bens em poucas mãos é uma forma de evitar a concentração de poder que se dá pelo abuso dos poderes inerentes da propriedade (uso que não está em consonância com a lei natural e a justa destinação das coisas). É preciso frear a ambição estúpida, decorrente da ganância, e prevenir o abuso - como é matéria de ordem pública, tal freio se dá com a lei. Limitar a concentração de poder dessa forma, fazendo com que esses poderes sejam distribuídos para o maior número de pessoas possível, gera uma forma de república natural, de modo a que uns não abusem dos direitos dos outros. É uma forma de evitar a assimetria de poder, realidade que existe no direito do trabalho e nas relações de consumo. A assimetria de poder uma justiça que não é equânime, que pode ser corrompida.

3) Uma coisa que chama atenção é este paradoxo: como o liberal pode defender a limitação do Estado, o excesso de concentração de poder do Estado, se ele não condena o excesso de concentração de poderes, através da posse de muitos bens em seu poder, de modo a se praticar abuso de direito?  O macro é reflexo do micro.

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