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domingo, 19 de maio de 2013

Comentários sobre alguns dos efeitos que Hernando destacou sobre os benefício da propriedade junto à população

1) Em O Mistério do Capital, Hernando de Soto destacou que a propriedade produz 5 aspectos extremamente vantajosos sobre a sociedade, mas eu destaco particularmente dois, para efeito de comentário: a integração entre as pessoas e a responsabilização moral, legal e patrimonial das pessoas em sociedade.

2) Com relação à questão da capitalização moral, à medida que você vai acumulando capital, em razão do seu trabalho ao longo do tempo, enquanto você serve aos seus semelhantes, a tendência é você investir naquilo que lhe é mais precioso e caro. Se você tiver Deus no coração, é de muita caridade ensinar as pessoas a usar o dinheiro sabiamente, de modo a que possam se tornar independentes, de modo a que possam crescer de maneira livre e responsável, ao servir seus semelhantes na sociedade. Se necessário, empreste o dinheiro - a remuneração desse empréstimo através dos juros fica facultativa, pois não é parte da natureza da capitalização moral ficar rico a todo e qualquer preço, uma vez que a integração social está muito relacionada ao fato de que você conhece seus irmãos e você se importa com eles, já que estes, seus irmãos, são fundamentais à sua vida. Se os juros forem convencionados, que sejam baixos e que sejam decorrentes da gratidão que essa pessoa terá por você ao ajudar a financiar os projetos dela, de modo a que esta também possa servir a outros também. Uma pessoa responsável sempre pagará por aquilo que você emprestou e ainda te dará algo a mais, em generosidade.

3) Ao distribuir dinheiro, através do empréstimo generoso, as pessoas começam a se integrar uma a outra no sentido de uns colaborarem com os outros. Sociedades de pessoas vão se formando em razão do trabalho estimulado decorrente do serviço que você prestou. Ao distribuir esse dinheiro, permitindo que outras pessoas possam também ter uma atividade produtiva, de maneira séria e responsável, você está ensinando responsabilidade a essas pessoas - ou seja, você está distribuindo as vantagens decorrentes da riqueza decorrente do trabalho por toda a sociedade. Isso é distributivismo. Por isso, conheça bem os que estão ao seu redor e ajude. Não espere receber algo em troca - deixe que Deus proveja isso pra você. Se os juros se colhem em razão do tempo, deixe que o senhor do tempo, que é Deus, trabalhe pra você, pois ao emprestar ao seu semelhante, você a Ele também empresta. Por isso, confie n'Ele, reze para que o negócio de seu semelhante dê certo e o mais Ele fará.

4) Quando você empresta dinheiro com o propósito de ficar rico através do trabalho alheio, você está sendo ganancioso. A natureza dessa relação se funda no dinheiro e não da confiança, decorrente de uma relação pessoal. Essa relação impessoal leva à indiferença pelo ser humano e sempre exigirá garantias de modo a que o dinheiro seja pago. Essa relação será regida por lei e haverá sanção para quem mal a cumprir a convenção contratual. Inevitavelmente, a relação de consumo decorrerá de uma relação de conflito. Esta é a responsabilidade legal, fundada na ordem no dia de que é o dinheiro, e não os valores morais, que regem a sociedade. Esta é a ordem do dia dos que defendem a liberdade para todo e qualquer fim e uma ordem sem Deus.

5) É preciso dizer que os valores morais, fundados no fato de que somos cidadãos do Céu, estão acima de toda e qualquer responsabilidade fundada nas leis dos homens, se elas estiverem divorciadas de Deus. Onde as leis dos homens falham, a lei de Deus está ali para garantir que existe uma ordem justa - e que a injustiça tem que ser corrigida, através de um governo que observe esses preceitos. Se você crê em Deus, você agirá de modo a que a Ordem e Justiça prosperem, de modo a que o mal não reine em sua sociedade. Assim, seu país será tomado como se um lar fosse (nacionidade).


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